Insights: Rede de IoT em Florianópolis / Smart City Expo & Economia Criativa / 10 anos das Verticais de Negócio

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Insights: Rede de IoT em Florianópolis / Smart City Expo & Economia Criativa / 10 anos das Verticais de Negócio

Capital terá cinco gateways para desenvolvimento de soluções de Internet das Coisas.

→ Capital terá cinco áreas para ampliar rede de desenvolvimento de soluções para Internet das Coisas

→ Empresas verticalizadas contrataram 776 pessoas em SC;

→ Os três C para desenvolver uma Economia Criativa em Cidades Inteligentes


Fundada em 2016 com caráter de comunidade, a rede The Things Network (TTN) Florianópolis é uma das responsáveis por estruturar a
infraestrutura de LoRa na capital catarinense, uma tecnologia de comunicação de rede sem fio, longa distância e baixo consumo energético. Nesta semana, a Fundação Certi passou a se integrar ao TTN Florianópolis e com isso a rede passa a contar com cinco pontos (gateways) espalhados pela cidade: CERTI/UFSC, Morro da Cruz, ACATE (Associação Catarinense de Tecnologia), IFSC Mauro Ramos (Instituto Federal de Santa Catarina) e CIASC (Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina). 

“Além de disponibilizarmos uma rede de aberta, segura e de larga escala, pretendemos capacitar a comunidade oferecendo treinamentos no uso da tecnologia LoRa. Na visão da CERTI, esse é também um passo natural para a consolidação da nossa competência em Internet das Coisas”, diz o coordenador de sistemas embarcados da Certi, Gustavo Henrique Nihei. A entidade passa a entrar também no core team da TTN Florianópolis, que conta com empresas como CIASC e Khomp, startups como Aquarela e Byond, além de representantes universitários como professores da UFSC,  IFSC, o grupo PET-MA e a representante da pré-incubadora Living Lab Florianópolis, Thais Nahas.

Florianópolis foi escolhida para integrar a rede devido ao interesse local em IoT e à grande concentração de empresas de tecnologia no local. De acordo com o levantamento da TTN, entre maio de 2018 e março de 2019, o número de desenvolvedores aumentou de 38 mil para mais de 64 mil, enquanto a quantidade de gateways ao redor do mundo cresceu cerca de 80%, saltando de 3,7 mil para mais de 6,7 mil.

EMPRESAS “VERTICALIZADAS” CONTRATARAM 776 PESSOAS EM SC

Reunir e aproximar empresas de tecnologia que atuam em um mesmo segmento de mercado para promover networking e geração de negócios – este foi o objetivo do projeto Verticais de Negócios, que a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) criou há 10 anos e que hoje conta com 13 grupos (Educação, Agricultura, Energia, Conectividade, Varejo, Construtechs, Segurança, Economia Criativa, Governança e Sustentabilidade, Saúde, IoT, Fintech, Manufatura) e 240 empresas participantes, que organizam reuniões regularmente.  

Nesta semana, o grupo das Verticais apresentou um estudo que mostra que 66% das empresas entrevistadas fecharam negócio ou desenvolveram parcerias por meio dos contatos feitos nos encontros das Verticais, e 55% declararam ter gerado negócio diretamente com integrantes do grupo. 

Além da geração de negócios, os indicadores mostram que as empresas integrantes empregaram, em 2018, 774 novos colaboradores e receberam investimentos privados de corporate venturing, seed, anjo e venture capital de série A, além de investimento público tipo fundo perdido para desenvolvimento de tecnologia.

ECONOMIA CRIATIVA PARA CIDADES INTELIGENTES

O desenvolvimento de Economia Criativa como um dos pilares das Cidades Inteligentes foi um dos temas em destaque durante o Smart City Fórum, que Florianópolis recebeu no início de outubro. O encontro, versão enxuta do Smart City Expo (evento e feira sobre cidades inteligentes que rola anualmente em Curitiba), reuniu cerca de 300 pessoas e debateu também desafios da gestão pública e novas tecnologias para as cidades, 

No painel sobre Economia Criativa, o público conheceu cases e visões de especialistas que atuam em Minas Gerais, São Paulo, além de iniciativas catarinenses, como o projeto do Comitê para a Democratização da Informática (CPDI-SC) que já impactou mais de 18 mil pessoas em 18 anos, ajudando na inclusão digital de jovens e no desenvolvimento de ações nas comunidades para formar adolescentes para o mercado de trabalho na área de tecnologia. “Parcerias são fundamentais em um ecossistema”, resumiu o diretor executivo do Comitê, Heitor Blum San Thiago. 

Sobre o cenário em Belo Horizonte, o consultor de Inovação da Raro Labs Leandro Libério apresentou o Movimento da Nova Economia Mineira, que fundiu entidades como a Federação das Indústrias, Câmara de Dirigentes Lojistas a programas de apoio a startups e eventos como o HackTown, que transforma a pequena cidade de Santa Rita do Sapucaí, o Vale da Eletrônica, em um ambiente de inovação e criatividade durante quatro dias. 

O case catarinense, por sua vez, foi a promoção do Floripa Conecta, que reuniu sob o conceito da Economia Criativa, cerca de 60 eventos voltados para os mais diversos públicos: startups, investidores, varejo, hotelaria e serviços, cultura e comportamento, gastronomia, marketing etc. 

Na visão dos especialistas, a promoção de um ambiente de Economia Criativa nas cidades passa por três “C”:

CONEXÃO (OU CONVIVÊNCIA):

Em todos os casos citados pelos painelistas no Smart City Forum, ficou claro que é o poder do relacionamento e da conexão entre pessoas que gera movimentos efetivos que podem fazer a diferença. Um exemplo bem claro em Florianópolis é a necessidade de criar uma via comum de interesses, por exemplo, entre o setor cultural e a turma do setor de tecnologia, que ainda está distante uma da outra. 

COMPARTILHAMENTO (OU COLABORAÇÃO E CONFIANÇA):

Da mesma forma, os grupos distintos precisam compartilhar suas conexões, referências e audiências para construir algo maior, relevante e que faça sentido para a comunidade. Como lembra o diretor técnico do Sebrae/SC, Luc Pinheiro, uma iniciativa como o Floripa Conecta foi possível porque representantes de entidades organizadoras, setor público e privado entenderam que o movimento deveria ser coletivo e que para isso, seria necessário um grau de confiança e responsabilidade conjunto.

CULTURA:

“As cidades precisam desenvolver sua cultura própria”, ressaltou Marcos Batista, diretor de Inovação do Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul, durante o painel, citando o caso de Gramado, na serra gaúcha. A vocação de regiões como Florianópolis para a tecnologia e o turismo, ele aponta, deveriam ser trabalhos como forte arma de branding para a cidade e, assim, reforçar todo o propósito que cerca a Economia Criativa.