Empresa de Florianópolis, recentemente investida pela Bossa Nova, busca nova rodada para fortalecer estratégia de crescimento. Aumento da demanda foi diretamente impulsionado pelo isolamento social de alunos e professores. Na imagem, os sócios Everton Martins, Bruno Cenatti Giani, Felipe Mandawalli e Sérgio Ferreira de Mendonça
[FLORIANÓPOLIS, 20.11.2020]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br
Com a chegada da pandemia e a mudança de formato das aulas, o volume de trabalhos acadêmicos aumentou consideravelmente – e tornou-se a principal forma de avaliação dos alunos. Um cenário que beneficiou o modelo de negócio da edutech catarinense Mettzer, uma plataforma que ajuda na escrita, orientação e publicação de trabalhos acadêmicos.
Só neste ano a plataforma teve mais de 5 milhões de acessos, por estudantes e pesquisadores de 1,6 mil instituições de ensino, no Brasil e em outros 16 países. Até dezembro, este número deve chegar a 7,5 milhões. Em Santa Catarina, a edutech atendeu mais de 36 mil estudantes e pesquisadores em 2020.
“Com a pandemia, as avaliações por provas estão dando espaço para outros modelos como a aprendizagem por projetos, que é mais interessante em termos pedagógicos e resultam em avaliações por meio de trabalhos acadêmicos como resenhas críticas, projetos integrados, relatórios e artigos”, comenta Felipe Mandawalli, CEO da Mettzer, com sede em Florianópolis.
O aumento na demanda levou a startup a dobrar a receita (não divulgada) no segundo semestre de 2020. Neste mesmo período, recebeu um aporte de seed capital liderado pela Bossa Nova e com outros quatro investidores anjo e também foram aprovados no edital Tecnova II da Fundação de Amparo à Pesquisa de Santa Catarina (Fapesc). “E estamos com outra rodada para captação de investimento seed aberta neste momento”, comenta Felipe.
A equipe conta com 11 colaboradores mas espera chegar a 20 ao longo do ano que vem.
“Quando as aulas eram presenciais, os universitários contavam com a ajuda dos colegas e tinham fácil acesso aos professores e à biblioteca, no entanto, a pandemia isolou estes estudantes e tirou deles o suporte do qual já estavam acostumados”, diz o CEO. “A alternativa foi buscar na internet orientações, conteúdos e soluções que ajudassem na elaboração de trabalhos, principalmente nas partes de metodologia da pesquisa e formatação nas normas técnicas”.
Uma das principais funcionalidades da plataforma é a formatação automática dos trabalhos acadêmicos nas Normas ABNT, que pode reduzir em até 80% o tempo dedicado a esta tarefa. O sistema também reduz em até 40% do tempo de orientação de trabalhos acadêmicos e oferece ferramentas para acompanhamento do cronograma de atividades, atribuição de notas e avaliação dos trabalhos, que ficam na nuvem, com backup e criptografia.
No início da pandemia, porém, “muitos estudantes perderam seus empregos e trancaram seus cursos, por isso tivemos muitos cancelamentos de assinaturas. Porém, a demanda aumentou para aqueles que continuaram estudando e estão se virando com as aulas e orientações online. Para esse público, nossa plataforma se tornou ainda mais relevante”.
O modelo de negócio é por assinatura e recentemente a Mettzer começou a trabalhar com o modelo B2B, em que as instituições assinam a plataforma e disponibilizam para a sua base de alunos e professores.
“Com a demora e a incerteza do retorno das aulas presenciais, fica evidente a necessidade de soluções mais digitais, eficientes e integradas à rotina dos estudantes universitários”, conclui Felipe.
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