Smart Cities Week 2023 #05: Juntando as pontas para o desenvolvimento de cidades inteligentes

Voce está em :Home-Cidades Inteligentes, Sociedade-Smart Cities Week 2023 #05: Juntando as pontas para o desenvolvimento de cidades inteligentes

Smart Cities Week 2023 #05: Juntando as pontas para o desenvolvimento de cidades inteligentes

Urbanismo, gestão, tecnologia. Academia, talentos, gastronomia e inovação. Tudo está integrado ao “cardápio” de ações das smart cities.

Urbanismo, gestão, tecnologia. Academia, talentos, gastronomia e inovação. Tudo está integrado ao “cardápio” de ações para transformar nossos ambientes de trabalho, lazer e moradia. / Fotos: Jean Vogel 


[10.11.2023]


Por Jean Vogel, presidente da Câmara de Smart Cities da FIESC, direto de Barcelona (ESP) 
Esta cobertura é um oferecimento da Câmara de Smart Cities FIESC e Bairru PARC / Pista Innovation Hub 

Analisando os elementos que fazem de Barcelona uma cidade inteligente, na teoria e na prática, fica claro qual é a receita de bolo para transformar um território em smart, seja uma cidade, um distrito, bairro ou rua – sejam eles públicos ou privados.

1 – GESTÃO

Não é papel exclusivo do prefeito e secretários. Empresários, sociedade, imprensa… todos devem atuar se quiserem construir uma cidade inteligente. É claro que cabe aos gestores públicos – eleitos para isso – o papel primordial e de liderança, seja na proposição de leis e incentivos, na definição de estratégias e investimentos,  atuando de forma a garantir que cada uma dos processos e ações da prefeitura estejam alinhados e contribuindo para fazer sua cidade mais inteligente e eficiente.

Mais importante ainda, cabe ao gestor público apontar a visão de futuro da cidade, onde e como queremos estar em 10, 20, 30 anos, definindo o tema como missão do município, não para um ou dois mandatos, mas para o futuro além de suas gestões.

2 – URBANISMO: FOCO NAS PESSOAS

Seja qual for o tamanho do território, ele será ocupado por pessoas. Então é óbvio deduzir que toda a infraestrutura, intervenções e equipamentos devem ser pensados a partir de seu uso, e não sob a perspectiva da engenharia, custo, instalação etc. As pessoas precisam querer estar ali e para isso é necessário que se sintam bem e atraídas pelo local, seja para trabalhar, estudar ou se divertir.

A tendência de concentração populacional nas cidades só tende a aumentar (e muito) nas próximas décadas
A tendência de concentração populacional nas cidades só tende a aumentar (e muito) nas próximas décadas,

3 – COMO A TECNOLOGIA PODE AJUDAR A CUIDAR DAS PESSOAS?

O usuário não está preocupado com o tipo de tecnologia, protocolo, fornecedor ou qualquer outro aspecto técnico. Basta que funcione, e bem. A tecnologia deve ser encarada como um meio para proporcionar melhores serviços e gestão. Além disso, deve ter como foco o compartilhamento e a interoperabilidade.

Não há espaço para tecnologias proprietárias que demandam contratos exclusivos com fornecedores, ou que não conversem com outros sistemas. Parece óbvio, não? Mas nossa realidade é esta: os sistemas, bancos de dados e informações não se conversam, mesmo dentro das mesmas estruturas. Lembram da gestão data-driven?

CONHEÇA NOSSO CANAL DE CIDADES INTELIGENTES

4 – AMBIENTES DE INOVAÇÃO + ACADEMIA + TALENTOS + GASTRONOMIA 

Quase todo município do Brasil sonha em ter seu ambiente de inovação. Não apenas porque é cool, mas porque ele tem um efeito de atração dos jovens (de qualquer idade), de talentos, sejam os que já residem ou aqueles que vêm de outros locais. Atrás deles, empresas se aproximam para beber nessa fonte de inovação, trazendo oportunidades, investimentos e provocando a academia no processo de formação alinhado com o mercado. É um círculo virtuoso de desenvolvimento econômico e social. 

Ambientes inovadores (de verdade) são forte fator de atração de talentos e negócios.
Ambientes inovadores (de verdade) são um decisivo fator de atração de talentos e negócios.

O que isso tem a ver com Cidade Inteligente, Jean? Tudo! Na atual economia digital e global, o principal ativo são os talentos e a capacidade de transformar ideias em unicórnios.

E como atrair, formar e reter essa espécie? Além de oferecer infraestrutura em uma cidade bonita, segura, tecnológica e fornecer um cardápio acadêmico capaz de auxiliar em seu desenvolvimento, é preciso irrigar esse território com ótima comida, bebida, cultura e vida social. 

E um ambiente de inovação – seja um Distrito (como o 22@ de Barcelona), um Parque Tecnológico (como o Ágora Tech Park de Joinville), ou um Centro de Inovação (como o CIA ACATE Primavera, em Florianópolis) funciona como um catalisador de diversos elementos que ajuda a cidade a se transformar em inteligente. 

Então é isso, acabou?

Não, seguiremos falando e trabalhando para ajudar nossas cidades e se transformarem em verdadeiras plataformas para pessoas e negócios.

Voltarei em breve, mas deixo um spoiler: na próxima coluna vamos dar uma olhada em cases e iniciativas brasileiras – para além dos rankings.

De Barcelona, este ano, acabamos, mas ano que vem tem mais.
Hasta Luego!

Conteúdo oferecido por

LEIA TAMBÉM: