Smart Cities Week 2023 #04: A cidade mais inteligente do mundo é do Brasil

Curitiba (PR) vence o principal prêmio do World Smart City Awards 2023, conferido pela organização do Smart City World Congress.

[09.11.2023]

Por Jean Vogel, presidente da Câmara de Smart Cities da FIESC, direto de Barcelona (ESP) 
Esta cobertura é um oferecimento da Câmara de Smart Cities FIESC e Bairru PARC / Pista Innovation Hub 

Momento histórico ontem (08.11) em Barcelona. Curitiba ganhou o City Awards, prêmio entregue para as cidades que se destacam em projetos que aplicam os conceitos de Cidades Inteligentes, iniciativa do Smart Cities Expo World Congress. A capital paranaense já havia sido finalista ano passado, mas foi esse ano – e competindo contra Barranquilla (Colômbia), Cascais (Portugal), Izmir (Turquia), Makati (Filipinas) e Sunderland (Reino Unido) – que conquistou a honraria. 

Ao todo, a edição deste ano recebeu inscrições de cidades de 63 países. A premiação leva em conta políticas públicas, ações e programas de planejamento urbano inteligentes da Prefeitura de Curitiba voltados ao crescimento socioeconômico e à sustentabilidade ambiental. 

Rafael Greca, o prefeito de Curitiba, chorou. Beto Marcelino, CEO do iCities (empresa que organiza o Smart City Expo Curitiba), chorou. Daqueles choros que lavam a alma e que transbordam em lágrimas o grito da certeza de que tudo valeu a pena. O investimento, as viagens, as inúmeras vezes que se fala para quem não dá atenção, além das desconfianças e da turma que tenta pegar carona e surfar uma onda que não é sua. 

Curitiba, Greca e sua equipe, o iCities e todo ecossistema da cidade mostram que é possível fazer, e que é possível chamar a atenção e se destacar em um evento mundial com dezenas de países representados. Sei que isso é apenas o começo, mas é daqueles momentos que inspiram e dão a nós, entusiastas do tema, uma esperança renovada de ver nossas cidades trilhando o mesmo caminho, pois mostram que é possível!

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Jean, então Curitiba é a cidade mais inteligente do mundo? Claro que não, mas está trabalhando, se reinventando e avançando, por isso merece o prêmio, pois está fazendo isso no Brasil, onde a maior cidade do país deixa durante 2, 3, 4 dias milhares de pessoas sem energia elétrica – devido a um vendaval, e onde se gasta muito, mas muito mais em fundo eleitoral, do que em projetos de missão nacional – como o tema das Smarts Cities deveria ser.

Ano que vem, entre os dias 20 e 22 de março, Curitiba irá receber a edição brasileira do congresso e o fará como a cidade vencedora do maior prêmio mundial do tema. Será interessante observar o efeito que a conquista irá gerar, seja atraindo empresas, visitantes ou – o que realmente espero, gestores públicos. Não aqueles que visitam a feira apenas em um dia, para fazer a foto e o release e depois curtir a cidade, mas os que querem aprender, sentar para assistir palestra, ouvir cases e conhecer na prática como o tema pode de fato tornar a vida das pessoas melhores.

O Brasil tem todos os elementos para ser líder do tema. Na produção industrial e tecnológica, exportação e aplicação de soluções, só falta querer. 

Um viva às Smart Cities e às oportunidades que elas trazem.
Um Viva ao Brasil e seus líderes que fazem e inspiram.
E um viva à Curitiba!

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