Construtech de SC cria primeiro marketplace com soluções para o metaverso

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Construtech de SC cria primeiro marketplace com soluções para o metaverso

A startup de Florianópolis Beupse lança no sábado plataforma com conceito de “novo universo virtual” para conectar soluções de empresas tech.

A startup de Florianópolis Beupse lança no sábado (29.01) a Bite.land, plataforma com conceito de “novo universo virtual” para conectar diversas soluções de empresas tech. / Foto: Divulgação


[FLORIANÓPOLIS, 27.01.2022]
Por Lúcio Lambranho, especial para Agência SC Inova

A base tecnológica vem dos sistemas desenvolvidos para o setor corporativo, desde 2019, a partir das plataformas de games. A aceleração do novo negócio, do entusiasmo pessoal de Mark Zuckerberg, do Facebook (atual Meta), com o anúncio em setembro de 2021 de contratar 10 mil profissionais e investir mais de US$ 50 milhões em um novo mundo imersivo e virtual.

E a validação da solução foi concedida pelas construtoras que aprovaram o produto da startup catarinense de atendimento virtual, impulsionada pela restrição de visitas aos imóveis para locação e compra depois do começo da pandemia em 2020. É com essa soma dessas experiências e seguindo a tendência mundial que Beupse lança no próximo sábado, 29, o Bite.Land, plataforma que promete ser o primeiro marketplace do metaverso brasileiro

Incubada no MIDITEC, da Acate, a empresa que criou, como mostrou o SC Inova em dezembro de 2020, um “totem cognitivo” para construtoras, e também naquele momento uma loja virtual 3D para empresas do setor imobiliário. Mas há três anos, o mercado, segundo a startup, ainda não estava preparado para imersão dos seus negócios em ambiente virtual como a plataforma da empresa de e-commerce permitia. 

“Seguimos para o caminho de construtoras com mais chances de monetização e conseguimos, mas não só para a questão da experiência e também de gestão. E aí quando veio este comunicado do Zuckerberg, o que para muitas pessoas não fazia sentido começou a fazer. Ele acabou acelerando essa curva que naturalmente ia acontecer. E logo em seguida outras empresas como a Microsoft e a Nvidia, e outras estão remando nessa direção, como o Google e a Apple. Isso potencializou algumas soluções que a gente já tinha desenvolvido antes com pequenas adaptações. No projeto de metaverso estamos ampliando os nichos de atuação não só de construtoras, mas de lojas, escritórios virtuais e consultórios”, explica Felipe Cunha, CEO da Beupse.

A ideia do projeto é “popularizar rápido, mas sem perder a qualidade na experiência”. Neste sentido, a startup informa que deve usar todos os hardwares existentes de realidade virtual como os óculos, navegadores e celulares. “Dar motivos para as pessoas estarem lá dentro do metaverso e se conectarem, incluindo ações de entretenimento e não só compras, com shows, palestras e outros tipos de eventos. O consumo vai acontecer naturalmente como nas ferramentas que oferecemos para as construtoras”, avalia Cunha.

Para ter investimentos suficientes e gerar aumento acelerado do uso do metaverso, a ideia da empresa é fazer com que a plataforma se monetize, mas também será promovida uma rodada de captação de investidores ainda no primeiro semestre de 2022, além de parcerias locais e de pessoas que podem ser “embaixadores” das cidades virtuais.

De acordo com a Beupse, as empresas já poderão reservar espaços no dia 29, fazer parcerias e se posicionar para entender como vai funcionar o metaverso no mundo dos negócios. O evento de apresentação tem como parceiros vários players do ecossistema de inovação catarinense, como ACATE, Sonica, Brognoli, Bloco, nKey, Lofteria, entre outros.  

A primeira versão oficial da plataforma será lançada, no entanto, entre abril e junho de 2022, com as primeiras empresas que reservaram seus espaços. 

“DOR” DAS CONSTRUTORAS MOTIVOU A INOVAÇÃO

Tudo começou, explica Cunha, que também é ex-sócio de uma construtora, quando ele mapeou uma dor que sentiu por muitos anos e focou em uma solução imersiva e multiplataforma para que construtoras vendam imóveis e personalizações (pisos, móveis, acabamentos).

“Tudo em uma experiência tridimensional, onde o cliente consegue decorar o seu imóvel em 3D e visualizar o orçamento em tempo real, de forma simples e com poucos cliques, sendo que, por trás de toda a interface tridimensional, está conectado um software de gestão para gerir clientes, produtos, fornecedores e contratos”, relembra. 

A solução já foi testada e utilizada por grandes construtoras do Brasil, como Rogga, Cyrela, ADN, MZ3, Apemais, Lofteria, Grupo Zarin, Vibra/Nortis, Aratau, empresa de Casas Flutuantes FloatLiving, além de outras dezenas de construtoras  que estão aderindo. A tecnologia também já foi utilizada pela imobiliária Brognoli, uma das maiores imobiliárias do Sul do país, que desde o começo apoia a startup – o CEO Eduardo Barbosa mentora e acompanha mensalmente o desenvolvimento da startup.

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