Que tipo de habilidades e competências precisamos desenvolver em nossas crianças para que elas possam ter oportunidades num mundo globalizado? / Foto: Prostooleh/Freepik
[07.07.2021]
Por Marcelo Fett, secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José (SC)
Como mudar o futuro de uma geração?
Sem dúvida, a educação é o caminho para viabilizarmos um ciclo sustentável de desenvolvimento econômico ao longo dos próximos anos, garantindo um futuro de oportunidades para toda a cidade. A partir desta visão do prefeito de São José [região metropolitana de Florianópolis] Orvino Coelho de Avila, iniciamos um movimento que pretende transformar a realidade de jovens moradores do quarto maior município de Santa Catarina.
Neste sentido, o “Movimento Geração do Futuro” foi concebido em parceria com a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), FIESC por meio do SENAI e a participação de empresas madrinhas que irão auxiliar na identificação e desenvolvimento de competências para uma nova economia global, cujas mudanças foram aceleradas por conta da pandemia.
Nos inspiramos em experiências bem sucedidas de países como Coréia do Sul e Finlândia, por exemplo, mas também em iniciativas locais. Compatibilizamos essas experiências com a realidade do século XXI em que as crianças e os jovens têm acesso diário a enormes quantidades de informação e um dos grandes desafios passa a ser capacitá-los para transformar a informação em conhecimento.
Segundo pesquisa encomendada pela Dell Technologies ao IFTF (Institute For The Future), 85% das profissões de 2030 ainda não existem. Então, que tipo de habilidades e competências precisamos desenvolver em nossas crianças para que estes possam ter oportunidades num mundo globalizado daqui há nove anos?
Vivemos um novo paradigma de desenvolvimento econômico e de atração de empresas. O Google, por exemplo, anunciou que adotará a possibilidade de home office permanente. Muitas outras empresas devem seguir esse modelo. É isso que nos motiva a lançar esse movimento que tem como objetivo não só garantir que empresas intensivas em inovação encontrem solo fértil para se instalar em São José, mas que o cidadão josefense possa trabalhar em qualquer gigante do setor de tecnologia do Brasil e do mundo a partir de São José, gerando oportunidade e renda na cidade.
Diferente de muitos programas recentemente anunciados, o Geração do Futuro irá preparar os jovens desde o ensino fundamental, de modo que cheguem à idade adulta prontos para atuarem nesta nova economia, sem esquecer daqueles profissionais que buscam se reinserir no mercado de trabalho. A ação, pioneira em Santa Catarina e até mesmo no país, atenderá a uma necessidade urgente do Brasil e do mundo. Vagas existem, faltam habilidades e competências para os candidatos preencherem.
Estamos no meio de uma ruptura de gerações. Grande parte das profissões dos próximos cinco anos nem existe ainda e o poder público precisa oportunizar à nova geração uma formação condizente com essa realidade.
A perspectiva é de que as aulas iniciem no segundo semestre deste ano, com turmas desde o primeiro ano do ensino fundamental, aproveitando o contraturno escolar e que o programa atenda, já em 2021, mais de 500 crianças e jovens, com uma estimativa de mais de 2.700 participantes em 4 anos.
O projeto geração do futuro está integralmente conectado com o projeto de educação criativa em rede da Secretaria de Educação que tem como premissa fundamental a oferta de ensino de qualidade, baseado em metodologias ativas e inovadoras, com o uso e apoio da tecnologia como instrumento viabilizador de mudanças efetivas e positivas na formação de nossas crianças e adolescentes.
É como fala o prefeito Orvino: “Nós acreditamos que a educação, aliada à tecnologia, pode sim transformar o futuro de São José. E este será talvez o nosso grande legado”.
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