Demanda por inovação na indústria expande mercado da aceleradora Spin

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Demanda por inovação na indústria expande mercado da aceleradora Spin

Fundada há um ano em Jaraguá do Sul, uma das pioneiras no país com foco na conexão entre startups e indústria inaugura nesta semana unidades em Joinville e Blumenau

Fundada há um ano em Jaraguá do Sul, uma das pioneiras no país com foco na conexão entre startups e indústria inaugura nesta semana unidades em Joinville e Blumenau

O surgimento das aceleradoras de startups nos últimos anos tem sido um dos fatores de atração e desenvolvimento de empreendedores e novos negócios inovadores a Santa Catarina. Além de ajudar na estruturação dos projetos – e em alguns casos também aportar capital – uma das principais vantagens proporcionadas por este modelo é a conexão com demandas do mercado e grandes empresas.

Mas enquanto vários setores de base tecnológica supriam suas demandas a partir de startups que saiam de processos de aceleração, grandes e tradicionais indústrias em Santa Catarina ainda não participavam diretamente dessa corrida pela inovação. A ideia de conectar as startups ao setor industrial no estado levou à criação, em 2017, da Spin, primeira aceleradora voltada a este segmento que enfrenta um sério desafio de competitividade e produtividade no país. 

Com base em Jaraguá do Sul, sede de alguns dos maiores conglomerados industriais do estado (WEG, Malwee, Marisol, Duas Rodas), a Spin viu sua tese de aceleração se consolidar ao longo do primeiro ano de atividade e inaugura nesta semana duas novas unidades, em regiões estratégicas do estado: Joinville (com lançamento nesta terça, 21.08) e Blumenau (22.08), berços industriais com diferentes vocações mas que compartilham um histórico no desenvolvimento de tecnologia.

“Somos uma das primeiras do país com esta tese de aceleração entre startups e indústria”, explica Benyamin Fard, CEO e um dos fundadores da Spin, ao lado do sócios Reinhard Conrads (Bauco/Duas Rodas), Antonio Cesar da Silva (ex-diretor da WEG), Guido Bretzke (Pip/Bretzke), Anderson de Andreade (A2C) e Ricardo Rodermel (Público Digital/Oodles). Outros investidores locais e family offices compõem o fundo de investimento da aceleradora, que já concluiu duas turmas de aceleração e está com inscrições abertas para novas startups: www.spin.capital/academy.

Segundo Benyamin, que já fundou várias empresas na região e foi secretário de Desenvolvimento Econômico e Planjeamento Urbano em Jaraguá do Sul, “a indústria também pode inovar via startups em sua cadeia de valor e nas diversas áreas internas de back office, se tornando ainda mais produtiva e competitiva”.

“Nosso papel é contribuir para que, por meio da inovação via startups, as indústrias possam se posicionar rapidamente frente aos desafios da nova economia”, explica Benyamin Fard, CEO da Spin

Um exemplo é o da acelerada Bee2Share, que desenvolveu uma plataforma de compartilhamento de máquinas – modelo inovador que leva o conceito Uber/AirBnb à indústria e busca reduzir a ociosidade nas fábricas e gerar mais receita às empresas. Nascida a partir da experiência dos sócios em polos industriais no Brasil e nos Estados Unidos, a startup conta com mais de 300 máquinas cadastradas por 126 empresas de vários países, como Brasil, EUA, China, Portugal e Chile.

Outros exemplos de negócios acelerados pela Spin com demandas inovadoras para a indústria são a Target ID, plataforma IoT para monitoramento de segurança de trabalhadores e a +SoluçõesInteligentes, que atua com o rastreamento da cadeia produtiva de minério.

O programa é voltado para startups de todo o país, com foco em soluções para a indústria. As selecionadas terão 12 semanas orientadas para rápido crescimento, alinhando startups B2B e B2B2C às necessidades de mercado, com foco em gestão e resultados, possibilitando escala e aporte de investimentos. A Spin oferece espaço físico (cocriativo e colaborativo) para a residência de startups, acompanhamento de mentores e especialistas, oportunidades de investimento, consultorias, coaching, treinamentos, plataformas digitais e fortalecimento de networking.

“Nosso papel é contribuir para que, por meio da inovação via startups, as indústrias possam se posicionar rapidamente frente aos desafios da nova economia, implantando na prática iniciativas da indústria 4.0 ao seu core business“, comenta o CEO da Spin.