De estagiária a CEO: a trajetória empreendedora de Joana de Jesus à frente da Automatisa Laser Solutions

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De estagiária a CEO: a trajetória empreendedora de Joana de Jesus à frente da Automatisa Laser Solutions

“Eu tive a fortuna de encontrar pessoas que se dispuseram a colaborar na minha formação empreendedora, a mostrar onde eu estava errando, a me dar oportunidades e propor desafios”

“Eu tive a fortuna de encontrar pessoas que se dispuseram a colaborar na minha formação empreendedora, a mostrar onde eu estava errando, a me dar oportunidades e propor desafios”

 

Conteúdo produzido para o canal Jornada do Empreendedor – ACATE

Fundada em Florianópolis no final da década de 1990 pelo atual sócio Marcos Lichtblau e outros quatro engenheiros, a Automatisa Laser Solutions surgiu com o objetivo de trazer tecnologia laser ao Brasil de uma maneira acessível aos empresários locais. Em 2001, veio o primeiro cliente,  quando a empresa desenvolveu uma máquina de corte a laser que enxergasse a imagem de uma etiqueta e tivesse a inteligência de contar com precisão o contorno dessa imagem. Foi a primeira inovação disruptiva da Automatisa, que teve uma enorme aderência no mercado, garantindo os primeiros contratos fora do Brasil.

Dois anos depois – quando ocupava uma sala de 80 metros quadrados na incubadora Celta e já contava com 18 colaboradores – começava uma trajetória pessoal e profissional que mudou os rumos da empresa: a da então estagiária Joana de Jesus, que ganhou a confiança dos sócios fundadores, se tornou representante comercial, gerou resultados impressionantes e chegou à posição de CEO.

“Na época, tínhamos um produto sólido no portfólio e um espírito de laboratório de engenharia. Ao longo dos anos fui sendo desafiada pelos sócios fundadores e respondendo a esses desafios nas mais diversas direções”, conta Joana.

Com formação técnica no Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC) e graduação em Administração na Esag/Udesc, ela se sentiu à vontade para conciliar o aspecto tecnológico com as necessidades do mercado. “Me tornei uma pessoa de negócios na empresa e pude ajudar a elevarmos significativamente os índices de crescimento, além de construir uma diversificação de mercado que hoje culmina em um portfólio de 15 produtos diferentes para cinco verticais de atuação como vestuário, codificação e identificação, gráfico, chapas não metálicas e metal-mecânico”, recorda.

Em 2008, ela foi convidada para ser representante comercial da empresa e em menos de dois anos já respondia por quase 40% das vendas totais da Automatisa. Em 2010, com uma experiência muito sólida de campo e de mercado, os sócios entenderam que a entrada dela na sociedade seria estratégica.

“Durante seis anos, entre 2010 e 2016, fizemos um trabalho de focalização ainda mais intensa em cliente e mercado, fazendo com que os novos produtos alcançassem sucesso mais rapidamente e os esforços em engenharia fossem mais bem aproveitados nos recursos que gerassem valor percebido pelos clientes”.

Mas havia uma crise econômica no caminho a ser enfrentada. “Nos preparamos preventivamente. Enquanto muitos concorrentes faliram ou reduziram suas operações, nós aumentamos nosso desempenho empresarial e abrimos novos mercados fora do Brasil. Hoje estamos em 10 países e celebramos o milésimo equipamento a laser vendido”. Em 2016, ela foi convidada para assumir como CEO da Automatisa, “um desafio muito grande mas ao mesmo tempo muito estimulante”, ressalta Joana de Jesus.

Desafio que ela destaca em três pontos fundamentais:

1 – A IMPORTÂNCIA DO APOIO DOS EXECUTIVOS NA FORMAÇÃO EMPREENDEDORA

“Contando tudo isso, parece que eu fiz tudo sozinha, mas teria sido impossível. Eu tive a fortuna de encontrar nessa trajetória algumas pessoas que se dispuseram a colaborar na minha formação empreendedora, a mostrar onde eu estava errando, a me dar oportunidades, a me propor desafios, a compartilhar esses projetos comigo.

Os fundadores da empresa eram desprovidos de qualquer tipo de preconceito, seja por eu ter sido muito jovem fazendo certas atividades, seja por eu ser mulher. Isso jamais foi um fator impeditivo nessa caminhada, pelo contrário”.

2 – EQUILIBRAR FRIEZA E AMOR, UM DOS DESAFIOS DA LIDERANÇA 

“Um líder precisa amar o que faz, mas ao mesmo tempo ter a frieza necessária para matar o que faz sempre que necessário. Pode ir pra casa à noite chorar, mas não pode deixar de fazer aquilo que tem que ser feito. Um líder precisa buscar o equilíbrio das partes e dar função a todos os envolvidos no negócio. Ao mesmo tempo, se o foco for o reconhecimento público ou a adesão de todos, certamente vai sofrer mais do que o necessário”

3 – COMO MANTER UM ALTO NÍVEL DE PERFORMANCE

“Ser líder implica em ter um estilo de vida que contribua para uma performance superior. A minha rotina é muito simples: eu trabalho de forma intensa para o negócio prosperar quanto e quando for necessário e nas horas vagas eu nutro o meu corpo e meu espírito.Preciso de atividades físicas de descompressão, mas também estudo e leciono temas humanistas que me dão um sentido mais profundo para aquilo que eu sou e faço.  Além disso, hoje eu vivo uma fase muito clara sobre dois movimentos fundamentais: aprender e ensinar – procuro extrair o máximo possível de cada aprendizado e colaborar para devolver aos outros”.

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