Da garagem ao mercado nacional em 20 anos: a trajetória da Making Tecnologia, de Florianópolis

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Da garagem ao mercado nacional em 20 anos: a trajetória da Making Tecnologia, de Florianópolis

Fundada em 1999 como desenvolvedora de sistemas, empresa da Capital encontrou um nicho no mercado de saúde e cresce em média 15% ao ano.

Fundada em 1999 como desenvolvedora de sistemas, empresa da Capital encontrou um nicho no mercado de saúde e cresce em média 15% ao ano.


Texto: Fabrício Rodrigues, scinova@scinova.com.br

Conteúdo produzido em parceria com o Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae/SC


O mercado de saúde do Brasil movimenta anualmente mais de US$ 42 milhões em cuidados no setor privado, o que coloca o país na sétima colocação mundial e na liderança na América Latina. Esse potencial, somado à carência de novos produtos e serviços de tecnologia para esse mercado, tem gerado centenas de novas empresas que buscam soluções de TI, as
healthtechs. Segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), são 353 negócios inovadores que atuam na área de saúde no país.

Mas muito antes da explosão das startups dedicadas a este setor, surgia em Florianópolis, há exatos 20 anos, uma empresa que desenvolveu um dos primeiros sistemas de gestão voltados às demandas de instituições como hospitais, clínicas e operadoras de saúde. A Making Tecnologia começou em 1999, na garagem da casa de um de seus fundadores, o cientista da computação Juliano Richter Pires.

Hoje a Making é uma referência para vários players do setor de saúde, atendendo 30 clientes em todo o Brasil e com um total de 20 colaboradores. Nos últimos quatro anos, praticamente dobrou o faturamento, comenta o diretor administrativo-financeiro Gabriel Richter Pires, sócio e irmão do fundador. 

A empresa começou com foco em desenvolvimento de softwares e sistemas diversos, logo após Juliano se formar no curso de Ciências da Computação. O primeiro escritório foi a garagem da casa onde ele morava, no bairro Carvoeira, próximo à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. No ano seguinte, foi aprovada no processo de incubação do Centro Empresarial para a Laboração de Tecnologias Avançadas (CELTA), incubadora da Fundação CERTI, ligada à UFSC e que é o celeiro de algumas das mais importantes empresas de TI de Santa Catarina – com isso, a Making se mudou para o Parque Tecnológico Alfa, onde está até hoje.

Nos últimos cinco anos, a Making Tecnologia tem crescido entre 15% a 20% por ano, comenta o diretor Gabriel Richter Pires. / Foto: Divulgação.

Em 2002, a empresa – que ainda atendia demandas para vários mercados, sem uma segmentação específica – começou a desenvolver um sistema interno para gestão da Irmandade Nosso Senhor do Passos, que administra o Hospital de Caridade. Naquela época, toda a auditoria de contas médicas das operadoras com a instituição e prestadores de serviço (médicos, clínicas etc.) era feita no papel, sem integração digital alguma, o que demandava muito tempo para conferência e era passível de erros diversos. 

Foi a oportunidade para criar um sistema sob medida que pudesse resolver o problema não só do cliente, mas de várias outras empresas que atuam no setor de saúde e que precisavam integrar documentos e rotinas. Em 2005, foi lançado o Making GW, um software de gestão voltado a auditorias de contas médicas para operadoras. O primeiro cliente foi a Unimed da Grande Florianópolis, que validou a primeira versão e que até hoje utiliza o sistema. 

A partir de 2015, ao utilizar por meio de parceria do Sebrae Santa Catarina a solução de vendas complexas fornecida pela startup Exact Sales, o volume de clientes cresceu de 15 para 25 em poucos anos e, agora em 2019, chegou à marca de 30. Como explica Gabriel, “no nosso mercado, o ciclo de venda é longo, pode levar de nove meses a um ano do processo de prospecção até o fechamento de uma venda”. 

Nos últimos cinco anos, a Making Tecnologia tem crescido entre 15% a 20% por ano, uma expansão que hoje se traduz em números como: mais de 15 mil usuários no sistema, mil cidades atendidas e mais de R$ 3 bilhões em valores transacionados pela plataforma.


Confira
o case completo na página do Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae/SC