Desenvolvedora de plataforma para e-commerce muda de patamar em 2020, com crescimento de 500% e previsão de dobrar equipe no ano que vem, diz o CEO Bruno Possidonio (foto).
[FLORIANÓPOLIS, 10.12.2020]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br
Os efeitos da digitalização no comportamento do consumidor – do uso de serviços às compras online – impactaram diretamente as empresas que atuam com soluções web, especialmente no e-commerce. Para a startup catarinense Beon, que desenvolve personalização de ofertas para lojas virtuais, o 2020 da pandemia foi o ano de crescimento em escala.
“Em 2020 vamos ampliar o faturamento em 500% na comparação com 2019. E a previsão é dobrar o valor de faturamento (não divulgado) em 2021″, conta Bruno Possidonio, CEO e cofundador da Beon, startup fundada em Florianópolis em 2018 e sediada no LinkLab Acate, espaço de inovação aberta que une novos negócios e empresas de médio e grande porte. Atualmente são sete colaboradores, além de time externo de marketing, e a perspectiva é também dobrar a equipe no próximo ano.
A Beon é uma plataforma para a personalização web da experiência do usuário dentro de um e-commerce, controlando vitrines, banners, notificações e cronômetros, com base em diversos critérios de personalização que o gestor da loja mesmo escolhe. O sistema entende informações como “De onde veio o cliente”, “que páginas visitou” e “o que botou ou tirou do carrinho” e gera combinações para a jornada de compra.
Na Black Friday deste ano (entre os dias 26 e 30 de novembro), a plataforma gerou 50 milhões de interações únicas e personalizadas nas 40 lojas virtuais que atende. No total, os clientes somaram R$ 2,3 milhões de receita transacionada, com mais de 5,1 mil pedidos e 67 mil pessoas impactadas com as interações.
No início da pandemia, contudo, o impacto negativo nos negócios levou a Beon a uma mudança no foco do desenvolvimento de serviços. “Observamos uma retração de negócios pelas incertezas que ela trouxe, principalmente nas operações de clientes que também possuem lojas físicas”, lembra Bruno.
“Esse movimento nos levou a focar em alguns componentes diferenciados que já tínhamos, como os gatilhos mentais e a segmentação em tempo real, que mostrassem para as operações uma forma nova de obter resultados. Apresentando soluções para os clientes acessarem um ‘dinheiro novo’ a nossa demanda começou a aumentar e chegamos na Black Friday com 40 clientes obtendo em média um retorno de 40 vezes sobre o valor investido”, explica.
Em 2018, a empresa recebeu, por meio do Laboratório de Inovação da Flex (xLab), atual grupo Connvert, um investimento anjo que foi essencial para a evolução do negócio. “Estamos olhando também para outros pontos de contato com o consumidor. E-commerces, sites e blogs já estão no roadmap, mas podemos atuar depois disso, articulando outros canais de contato como SMS, WhatsApp, bots de ajuda/venda e até completando o circuito da jornada em pontos de contato offline, como PDVs e Totens”, antecipa o CEO.
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