Solução, com eficácia de 99,9%, ajudou a criar um mercado de prestação de serviço com ozônio – que envolve desde o setor automotivo à rede hoteleira e o agronegócio, diz o CEO e doutor em Química Bruno Mena. / Foto: Divulgação Wier
[FLORIANÓPOLIS, 25.06.2021]
Por Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa
Com utilização exclusiva na descontaminação de ambientes, incluindo o ar e superfícies de objetos, o ozônio virou um importante aliado contra a disseminação da Covid-19. A tecnologia é relativamente nova, mas não surgiu em função da pandemia: há 10 anos, a Wier, com sede em Florianópolis (SC), se tornou pioneira neste mercado a partir de um projeto de TCC do ex-bolsista do CNPq, e hoje doutor em Química, Bruno Mena.
Segundo ele, trata-se de uma solução ambientalmente correta, econômica, sustentável e que não deixa resíduos de sua aplicação: “o ozônio consegue destruir quimicamente a parede celular de micro-organismos, além de seus componentes vitais, causando a morte e inativação até mesmo de vírus como o novo coronavírus (Sars-CoV-2). Bactérias Gram-positivas, Gram-negativas, fungos e vírus de diferentes gêneros e espécies, são destruídos pela ação do ozônio”, destaca Bruno.
Com certificação realizada após testes em laboratório de Biossegurança Nível 3, da USP, os equipamentos da Wier alcançaram a inativação de mais de 99,9% do vírus Sars-CoV-2. “Essa certificação validou a eficiência dos nossos equipamentos e mostrou como podemos apoiar a prevenção e a saúde das pessoas ajudando a diminuir novos casos de contaminação. Por outro lado, contribuiu para a economia, pois vários empreendedores, micro e pequenas empresas passaram a ter esses equipamentos como forma de levar proteção para seus clientes e uma renda extra para o seu negócio”, afirma Bruno.
Somente em 2020, cerca de mil novos negócios foram criados por conta da tecnologia da Wier. O setor automotivo foi um dos mercados que despontou para o uso do ozônio: concessionárias, empresas de aluguel de carros e lavação passaram a oferecer a descontaminação dos veículos, assim como empresas de transporte e carros de aplicativo. A solução também ganhou espaços em outros segmentos, como a rede hoteleira e o agronegócio, que olha com interesse o uso de ozônio para sanitizar água e alimentos.
No ano passado, a Wier foi uma das 12 empresas catarinenses contempladas com subvenção econômica da Finep para desenvolver produtos e serviços para o enfrentamento da pandemia. O projeto do kit de desinfecção avançada de ambientes e utensílios (com uso de plasma frio e ozônio) captou um recurso de R$ 367,2 mil.
“Esse mercado específico da prestação de serviço com ozônio gerou a possibilidade de empreender para pessoas que buscavam uma fonte de renda, conectada aos problemas enfrentados na pandemia. Oferecem proteção para locais que buscam saúde como residências, segurança para os clientes de ambientes comerciais e confiabilidade para escolas, hotéis e vários outros pontos que recebem pessoas”, comenta o CEO.
Atualmente, a Wier tem clientes em todos os estados do Brasil e em outros 20 países e já comercializou mais de 30 mil equipamentos – segundo a empresa, a solução já impactou mais de 5 milhões de pessoas. Em 2020, a Wier cresceu 500% em relação ao ano anterior e, para 2021, a previsão é de dobrar o faturamento – na equipe, são cerca de 50 colaboradores.
Sem investimento externo, a empresa deu seus primeiros passos por meio do programa Sinapse da Inovação, iniciativa do Governo do Estado de Santa Catarina e da Fapesc. Em 2014, foi incubada no Celta e selecionada para aceleração no programa Scale-Up Endeavor.
Até 2019, grande parte do crescimento foi puxado pelos produtos de descontaminação de ambientes e tratamento de água e efluentes. No mesmo ano, lançou uma linha residencial, com produtos de combate ao mofo e microorganismos em alimentos, ambientes e até mesmo na água da piscina, diminuindo os efeitos negativos do cloro.
A empresa recebeu o prêmio Fritz Muller de Sustentabilidade na categoria Tratamento de Efluentes, iniciativa do Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina.
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