Transfeera, startup “open banking” de Joinville, inicia expansão para América Latina

Especializada em automação para pagamentos e validação bancária – que tem como clientes Rappi, iFood e Unilever – empresa cresce 15% ao mês e encerra o ano buscando soluções para o mercado do México, Colômbia e Argentina. / Foto: Divulgação

A Transfeera, startup open banking especializada em automação para pagamentos e validação bancária, está ampliando sua área de atuação e expandindo para América Latina. Segundo o CEO Guilherme Verdasca, a prioridade é avançar no mercado de países como México, Colômbia e Argentina.  Há menos de três anos no mercado de fintechs, a empresa cresce 15% ao mês e já movimenta mais de R$ 55 milhões em sua plataforma – entre os clientes, estão grandes e tradicionais companhias como Unilever e Kimberly-Clark, além de “unicórnios” como Rappi, iFood e Ebanx. 

Open banking é a criação de modelos de negócio digitais por meio de APIs disponibilizadas por uma instituição financeira, o que permite a empresas e aplicativos de terceiros proverem serviços integrados.

A internacionalização da Transfeera vem como um movimento natural para empresa, que decidiu dar os primeiros passos durante um processo de capacitação. “Nós estamos participando da segunda turma do programa de aceleração da Visa e durante a aceleração tivemos uma imersão no Vale do Silício. Com o constante contato com empresas globais, que ultrapassaram o mercado local, nós percebemos que esse deveria ser o próximo passo para nossa equipe”,  explica Guilherme. 

O objetivo, ele conta, é avançar principalmente na solução de validação de dados bancários, e deve contar com o apoio de alguns clientes que já demandam esse serviço para outros países. A solução checa os estabelecimentos e evita fraudes nas suas transações. “Em termos de pessoas, vamos crescer sim com essa estratégia. Precisamos de uma equipe local nos novos países que vamos atender com conhecimento para fazer os negócios avançarem”, conta o CEO. 

A validação bancária da Transfeera utiliza uma API para verificar de maneira automatizada os dados dos estabelecimentos que recebem dinheiro de clientes como a Rappi e iFood. No processo é checado o histórico dos empreendedores do local, se a empresa existe mesmo, ou se é apenas uma fachada, se possui alguma pendência na Justiça, se a conta é verdadeira e está vinculada a uma CNPJ e não a um laranja. 

Desde a sua fundação, a empresa já movimentou mais de R$ 1 bilhão, sendo cerca de R$ 40 milhões por mês em novos pagamentos e possui mais de 150 clientes. Ao longo da trajetória, já captou um total de  R$ 570 mil em investimentos – o primeiro foi em uma rodada da startup curitibana EBANX com o Curitiba Angels – e passou por diversos programas, como o de capacitação Startup SC, a aceleradora InovAtiva Brasil, a incubadora Softville e atualmente participam da segunda edição do programa de aceleração Visa 2019. A empresa está localizada no Centro de Desenvolvimento de Tecnologia de Joinville (CDTEC) e possui 13 colaboradores.