Teste de coronavírus em três minutos? Tecnologia inédita no país é aplicada em 56 mil pessoas em Santa Catarina

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Teste de coronavírus em três minutos? Tecnologia inédita no país é aplicada em 56 mil pessoas em Santa Catarina

Sistema desenvolvido pela Fundação Certi registra até 5 mil exames em um dia e foi usado em testagens feitas pela Biomehub no Projeto Iniciativa Covid-19.

Sistema desenvolvido pela Fundação Certi registra até 5 mil exames em um dia e foi usado em testagens feitas pela startup Biomehub dentro do Projeto Iniciativa Covid-19. / Foto: Divulgação Certi  


[FLORIANÓPOLIS, 29.09.2020]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa

A Fundação CERTI desenvolveu um sistema inédito no Brasil capaz de coletar dados de testes de coronavírus em até três minutos e registrar informações de 5 mil exames em um só dia. Todos os 56 mil testes moleculares realizados pela startup Biomehub em pessoas assintomáticas em Santa Catarina, dentro do Projeto Iniciativa Covid-19, foram cadastrados por meio da plataforma da CERTI. Uma dessas ações de testagem em massa foi realizada em parceria com a prefeitura de Florianópolis, em 6,5 mil profissionais do setor produtivo, entre trabalhadores do comércio e de Educação Física de academias da capital. 

Os aplicativos integrados ao sistema desenvolvido pela CERTI dispensam o uso de planilhas de preenchimento pelos profissionais que coletam as amostras, agilizando o processo. Ele também pode ser usado pelo paciente que será examinado. A pessoa testada pode baixar o aplicativo, que terá um QR Code para ser escaneado pelo agente de saúde que realiza a coleta. Dessa forma, poderá acessar o resultado de seu exame assim que ficar pronto. Além da agilidade, outra vantagem é a rastreabilidade, que ajuda a reduzir contaminações. Por meio do aplicativo é possível, por exemplo, rastrear a geolocalização e identificar quem teve contato com pessoas contaminadas pela Covid-19, para que também sejam testadas. 

“Com esta solução, o paciente tem a garantia de que receberá o resultado do exame de forma rápida, segura e digital, ao contrário de processos manuais que são passíveis de erros e atrasos. Atualmente, a coleta de dados de Covid-19 num laboratório ou em campo leva cerca de 20 minutos. Com o app, é possível fazer a coleta e liberar o paciente em até 3 minutos”, explica Maurício Dobes, diretor de Convergência Digital da CERTI. 

Sistema permite que prefeituras e laboratórios criem processos próprios para vacinas e exames epidemiológicos em larga escala

De acordo com a organização, o sistema oferece segurança no diagnóstico e mantém em sigilo as informações sensíveis dos pacientes, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que já está em vigor. O software também armazena um histórico de exames e pode ser integrado aos bancos de dados do laboratório, podendo ser usado para coleta de outras amostras de materiais biológicos, além de detectar Covid-19. 

“Um sistema como esse facilita ações da saúde pública, pois permite que prefeituras e laboratórios criem processos próprios para vacinas e exames epidemiológicos em larga escala, já que qualquer cidadão poderá ter seu próprio QR code. O governo, por exemplo, poderá usufruir do legado desse software para futuras campanhas de saúde“, diz Dobes. 

Luis Felipe, CEO da BiomeHub: protocolos de segurança e testagem recorrente em massa é que vão permitir isolamento dos infectados. / Foto: Biomehub

Os testes realizados pela BiomeHub, por meio do Projeto Iniciativa Covid-19, são uma parceria entre CERTI, SESI e Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), para apoiar a retomada da economia de forma segura e monitorar a evolução das contaminações pelo vírus. Para isso, foram realizadas testagens moleculares tipo RT-PCR – os mais precisos para detectar o vírus ativo num indivíduo – em grande escala e com baixo custo de aplicação – entre 20 a 25% do custo do mercado. 

“Nesta etapa de retomada, é a realização dos protocolos de segurança, juntamente com a testagem em massa recorrente, que vai fazer com que consigamos isolar mais rapidamente os indivíduos infectados. Neste contexto, chamo a atenção para os infectados assintomáticos, pois apesar de não terem sintomas, possuem carga viral semelhante aos sintomáticos e, logo, o mesmo potencial de transmissão”, observa o doutor em Genética e Biologia molecular Luiz Felipe Valter de Oliveira, CEO da BiomeHub.

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