Terracotta Ventures amplia portfólio com investimento no InstaCasa

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Terracotta Ventures amplia portfólio com investimento no InstaCasa

Startup que usa tecnologia e arquitetura para venda de lotes no mercado imobilário recebe investimento de R$ 15 milhões

Startup que usa tecnologia e arquitetura para venda de lotes no mercado imobiliário recebe investimento de R$ 15 milhões liderado pela G5 Partners, além de Gerdau Next Ventures e a gestora catarinense. / Foto: divulgação


[FLORIANÓPOLIS, 19.04.2022]

Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa

A InstaCasa, proptech que criou uma solução que disponibiliza projetos arquitetônicos para corretores de loteamentos de todo o Brasil, anuncia um aporte de R$15 milhões, liderado pela G5 Partners e acompanhado pelo fundo catarinense Terracotta Ventures (especializado em proptechs e construtechs) e a Gerdau Next Ventures. 

A startup com sede em São Paulo desenvolveu uma plataforma que é capaz de interpretar as características físicas de cada lote de um empreendimento, como dimensões e declividades, e cruzá-las com restrições legais de ocupação como zoneamento e regulamento construtivo. A experiência é complementada por tecnologias de realidade aumentada e virtual aplicadas a centenas de projetos compatíveis com cada lote individualmente. Como próximo passo, a iniciativa busca agora a conexão dos projetos ao financiamento à construção. 

“O mercado de loteamentos é gigante no Brasil e ainda é pouco explorado por proptechs. A Instacasa tem o potencial de alavancar o negócio de loteadoras no Brasil inteiro e gerar uma experiência melhor para o comprador, criando um negócio de rápido crescimento e resultados econômicos sustentáveis. Identificar a empresa em seus estágio iniciais foi fundamental para participar do deal“, afirma Marcus Anselmo, managing partner da Terracotta Ventures, maior venture capital da América Latina especializada nos mercados imobiliário e de construção civil.

No ano passado, a gestora fundada em Florianópolis por Marcus e Bruno Loreto lançou o Warriors I, seu primeiro fundo, com o qual pretende aportar R$ 100 milhões em até três anos. Até agora, sete startups de várias regiões do país já receberam recursos – para 2022, a perspectiva é ter oito novas empresas no portfólio e, segundo os fundadores, a partir de 2023 devem iniciar os investimentos internacionais. 

Segundo o CEO da InstaCasa, Mauricio F. Carrer, o objetivo desta rodada é escalar a operação e inovar na experiência de imersão da casa tanto do corretor quanto do comprador no momento da aquisição do lote, bem como desenvolver novas ferramentas que tornem a jornada até a casa pronta mais ágil e eficiente. “Queremos transformar a forma como as pessoas adquirem lotes, que é um meio, um insumo para o objetivo final que é a casa que a pessoa sonha em construir ali”, explicou Carrer.

Em 2021, a InstaCasa transacionou, em empreendimentos que possuem sua operação, cerca de R$ 300 milhões em VGV (Valor Geral de Vendas). Após o investimento, a expectativa é de transacionar mais de R$ 900 milhões no ano de 2022 e alcançar mais de R$ 3 bilhões em VGV, no ano de 2023.

A VEZ DAS “REAL ESTATE FINTECHS”

O mercado imobiliário representa a maior classe de ativos no mundo, cerca de US$ 225 trilhões. Só no Brasil, cerca de 190 mil imóveis foram vendidos em 2020, além de R$ 124 bilhões em crédito imobiliário para construção e compra de imóveis.  De acordo com o Mapa de Construtechs e Proptechs de 2021, produzido pela Terracotta Ventures, o Brasil conta com 839 startups nestes dois segmentos. Agora, um novo estudo fez o levantamento de startups que atuam no nicho de Real Estate Fintech. Segundo essa nova pesquisa, já existem 121 empresas voltadas para este segmento e a tendência é que esse número cresça ainda mais.

Entre 2012 e 2020 o número de rodadas de teses de Real Estate Fintech cresceu cerca de 57%, saltando de 3 registradas no primeiro ano da análise para 110 no último ano. Além disso, o tamanho dos cheques em rodadas early-stage praticamente dobrou desde então, de US$580 mil para US$1,07 milhão.

Como explica Marcus Anselmo: “as várias etapas da indústria da construção, em especial as transações de imóveis, passaram por um processo de digitalização nunca visto – das transações realizadas, dos compradores, do valor dos imóveis transacionados. Além disso, as transações, antes completamente dispersas pelas imobiliárias, se concentraram em grandes plataformas e softwares, ou seja, se aglutinaram em menos lugares e com concentração de dados cada vez maior. Isso permite que se tenham muitas informações sobre os ativos imobiliários, permitindo que o aporte de capital seja mais assertivo, além de ser mais atrativo e reduzir o risco”.

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