Payface, startup de pagamento por reconhecimento facial, recebe investimento de R$ 3 milhões

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Payface, startup de pagamento por reconhecimento facial, recebe investimento de R$ 3 milhões

Payface, fundada em Florianópolis, já intermediou mais de 100 mil transações com uso da biometria facial.

Com um pouco mais de um ano de atuação, empresa fundada em Florianópolis por Eládio Isoppo e Ricardo Fritsche (foto) já intermediou mais de 100 mil transações com uso da biometria facial e agora pretende transformar a experiência de compra e auxiliar na prevenção ao Covid-19.


[15.06.2020]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa

A Payface, startup com sede em Florianópolis que desenvolve tecnologia própria de reconhecimento facial para pagamentos, anunciou nesta segunda-feira (15.06) um aporte de R$ 3 milhões em rodada que conta com diversos investidores: a empresa de TI BRQ Digital Solutions, o fundo Next A&M da consultoria Alvarez & Marsal, a aceleradora Darwin Startups, além de grupos de investidores apoiados pela Harvard Angels e Nikkey Empreendedores do Brasil (NEB), e individuais como o Conrado Engel, ex-presidente do HSBC no Brasil.

A ferramenta conecta por biometria facial o rosto de cada usuário com os mais diferentes meios de pagamento utilizados pelos varejistas —  de cartões de crédito, private labels (cartões de varejistas), wallets (carteiras virtuais), adquirentes, subadquirentes e gateways de pagamento. Sem precisar mostrar o cartão no momento da compra, o consumidor passa a fazer suas compras usando apenas o rosto, diminuindo filas e evitando contato físico.

Do outro lado da operação, a solução oferece vantagens ao varejista que vão além da otimização do tempo de atendimento nos caixas, possibilitando que os estabelecimentos integrem a tecnologia com seus programas de fidelidade e sistemas de relacionamento com o cliente. “O nosso foco prioritário são os supermercados e farmácias, serviços essenciais que precisam se adaptar ainda mais às regras sanitárias em voga”, comenta Eládio Isoppo, cofundador e CEO da startup. Segundo ele, agregar um pagamento completamente sem contato físico é uma das principais formas de ajudar o varejo físico neste período.

A startup, que recebeu seu primeiro aporte pré-seed em 2019, tinha iniciado contato com investidores antes da pandemia chegar – e conseguiu manter as negociações mesmo com o novo cenário. “A tecnologia aliada à usabilidade fez com que a entrega do serviço atingisse um número incrível (de transações) ainda em fase de teste, então tivemos a certeza que era ideal para seguir com investimento e toda mentoria que o Hub disponibiliza”, comenta Antonio Rodrigues, diretor do Innovation Hub BRQ, braço de inovação da BRQ Digital Solutions, que é uma das principais investidoras da rodada.

Com o capital, a startup planeja expandir a sua operação, que é viabilizada pelos varejistas, e iniciar novas contratações. Neste momento da Covid-19, está adaptando a tecnologia para permitir que o reconhecimento facial seja feito até com o uso de máscaras de proteção e que todo o procedimento possa ser feito sem o toque no dispositivo localizado no comércio, evitando o contágio com o vírus. 

Tecnologia começa a ser utilizada em breve em uma das principais redes de supermercados de Santa Catarina – e deve expandir pelo país com o novo investimento. / Foto: Divulgação Payface

Fundada em 2018, a Payface surgiu com o objetivo de reduzir as filas nos estabelecimentos e acelerar o processo de compra. Percebendo a demora para se finalizar o pagamento nos varejos, os cofundadores Eládio Isoppo e Ricardo Fritsche decidiram transformar esse processo de alguma forma, proporcionando uma experiência de compra diferente. A ideia de utilizar biometria e reconhecimento facial para esse fim veio de Fritsche, graduado em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

Em pouco mais de um ano de atuação, a startup já realizou mais de 100 mil transações com rosto. Após validação em pequenos comércios de Florianópolis, a solução irá estrear no segundo semestre em uma unidade da rede de supermercados Angeloni, no centro da capital catarinense. 

Ambos os fundadores já empreenderam antes: Eládio cofundou a Aquarela, de big data analytics, em 2012, e criou a startup H2App em 2014, um aplicativo para compra de galões de água sem sair de casa, que foi vendida para os acionistas de uma indústria de água mineral do Sul do país. Ricardo por sua vez foi um dos fundadores da Meritt em 2009, empresa de tecnologia para educação que usa inteligência de dados para melhorar o processo de ensino e aprendizado dos alunos.

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