Mapa de Construtechs e Proptechs aponta 839 startups que atuam neste mercado no país, 62% destas concentrados nos três estados. Número de empresas cresceu 19% desde o ano passado, a menor expansão dos últimos anos – os investimentos, porém, seguem em expansão.
[FLORIANÓPOLIS, 07.05.2021]
Por Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa
O volume de startups com tecnologias voltadas aos setores de construção e mercado imobiliário cresceu 19,5% em relação a 2020. Ao todo, são 839 negócios com este perfil no país, a grande maioria concentrada em três estados: São Paulo (41%), Santa Catarina (11,4%) e Paraná (10,4%).
É o que aponta a quinta edição do Mapa das Construtechs e Proptechs, lançado pela empresa de venture capital Terracotta Ventures, com sede em Florianópolis.
Em termos absolutos, a expansão observada em 2020 foi a menor desde que o estudo começou a ser feito, há quatro anos. Na última edição, o crescimento de negócios foi de 27% frente a 2019. Por outro lado, o volume de investimentos no setor tem crescido como nunca.
“O mercado está deixando de ser dominado por investimentos-anjo, com volumes baixos, e agora conta também com aportes maiores em startups mais robustas e estruturadas”, destaca Marcus Vinicius Anselmo, managing partner da Terracotta Ventures, que anunciou no começo deste ano um fundo de capital de risco com R$ 100 milhões para investimentos em até 20 construtechs e proptechs. Atualmente, já conta com quatro empresas no portfólio: Emcasa, Instacasa, Rede Vistorias e Orcafascio
“Entre 2018 e 2019, ao longo de 24 meses, foram 61 rodadas de investimento em startups desses setores. Já o acumulado de janeiro de 2020 a março de 2021 (15 meses) soma 67 rodadas”, calcula Marcus.
O Mapa demonstrou que 31,8% das Construtechs e Proptechs brasileiras estão voltadas à jornada de Aquisição; 34,6% voltadas a propriedades em uso; 26% destinadas ao ambiente de obra e 7,6% são usadas na fase de projetos e viabilidade.
SURGEM NOVOS NICHOS: CONDOTECHS E REAL ESTATE FINTECHS
O resultado deste ano traz uma novidade: pela primeira vez há mais startups atuando em torno do imóvel já em uso. Isso reforça o fortalecimento de alguns movimentos como as “Condotechs”, tecnologias voltadas ao mercado de condomínios. É o caso da CondoConta, de Florianópolis, que fornece garantia de pagamento aos condomínios, “zerando” a inadimplência. Fundada há dois anos, a empresa anunciou em março um robusto investimento seed no total de R$ 6,6 milhões, liderado pela Redpoint eventures e participação da catarinense Darwin Startups.
Em 2020, a Terracotta Ventures também realizou em parceria com a Deloitte a primeira pesquisa sobre o panorama de inovação no mercado de construção e setor imobiliário, coletando resultados de mais de 200 empresas. Também no ano passado, lançou um estudo sobre Construção Modular Off Site, que destacou como o segmento tem movimentado o ecossistema de inovação.
CONHEÇA O NOSSO CANAL DE CONSTRUTECHS E PROPTECHS
No Brasil, a tese também vem ganhando força: foram mapeadas 55 startups e duas delas estão entre as 20 que mais receberam investimentos. Em Santa Catarina, um dos destaques é a Brasil ao Cubo, de Tubarão, que ergue prédios em módulos individuais pré-fabricados e depois montados no canteiro de obras. Em dezembro passado, a empresa anunciou a venda de 33% das ações para a Gerdau, por um valor de R$ 60 milhões.
Segundo ele, ainda há espaços não explorados que podem alavancar o crescimento do setor nos próximos anos, além da expansão de outros nichos que impactam diretamente o mercado da construção, como é o caso das Real Estates Fintechs.
“Prevemos boas sinergias para alavancar soluções no mercado de pagamento, além do surgimento de modelos de negócios que explorem novos formatos de interação com o ambiente de trabalho e, claro, contando com a diminuição das taxas de juros que devem continuar incentivando o crescimento do mercado imobiliário e da construção nos próximos anos”, ressalta.
LEIA TAMBÉM:
SIGA NOSSAS REDES