[OPINIÃO] A jornada do branding ao market fit

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[OPINIÃO] A jornada do branding ao market fit

“O investimento em inovação que mais gera resultado nas empresas não é o de produto e nem de processo, mas no modelo de negócio.”

O investimento em inovação que mais gera resultado nas empresas não é o de produto e nem de processo, mas no modelo de negócio.” / Foto: Startaê Team (Unsplash)

[20.09.2022]


Por Iuri Forte, CEO da Dakeny 

Branding não é apenas uma logo e uma frase de propósito. Reduzi-lo a isso é empobrecer o que de fato o branding é, e até onde ele pode chegar. Mais que criar uma estética agradável seguida de citações de impacto para apresentar um negócio, o branding precisa ser visceral, porque é a expressão da essência da empresa buscando criar conexões reais com clientes, parceiros e mercado. 

Das 205 empresas que figuraram no ranking 2022 das Empresas em Expansão no Brasil da revista Exame, eu pude acompanhar, em três catarinenses, o processo de branding estendido ao resultado: Codirect (listada na categoria R$ 2 a R$ 5 milhões de faturamento), a Checklist (categoria R$5 a R$30 milhões), e a Projuris (categoria R$30 a R$50 milhões) chegaram lá. Como? Elas viraram a página 2 do branding.

O branding precisa gerar respostas às necessidades do consumidor, permitindo que ele olhe pra a marca e identifique uma capacidade da entrega que supre sua necessidade e desperte desejo real de conexão. Tudo gira em torno da solução de problemas com o mercado e com o consumidor, e uma logomarca não alcança todos os pontos de contato para comunicar sobre o propósito da marca. 

Ela comunica o símbolo, enquanto a verdadeira essência, o DNA da instituição, o branding faz reverberar até a tomada de decisões que trarão crescimento. Sendo importante deixar claro que toda iniciativa estratégica de branding olha tanto para fora, – como sugere Steve Blank com seu “vá para rua” – quanto para dentro. E esta imersão precisa partir da própria empresa que vai oferecer o serviço de posicionamento. Repensar visões viciadas ou dogmas estabelecidos, por exemplo, foram o alicerce do trabalho que desenvolvemos.  

Vejamos o caso da Projuris, uma empresa sólida no mercado e com um produto de qualidade, mas que sentia capacidade de ir mais longe e ser mais do que apresentava. Seu reposicionamento possibilitou apresentar ao mercado seu diferencial, superior ao dos concorrentes, e atingir o máximo do seu potencial. Recentemente figurou no ranking da revista Exame das 205 Empresas em Expansão no Brasil, e sua compra foi anunciada pela Softplan no início deste ano. 

Este exemplo representa diversas instituições, cada uma com a sua peculiaridade, que poderiam tem um novo rumo no mercado caso optem por redesenhar não só a marca. Segundo dados do Boston Consulting Group, o investimento em inovação que mais gera resultado nas empresas não é o de produto e nem de processo, mas justamente a inovação em modelo de negócio. E é a partir daí que entra a aplicação do market fit na busca por aderência ao mercado para sua prosperidade.

Entenda, o produto do branding não precisa ser extremamente disruptivo, ele precisa resolver necessidades ou desejos dos clientes na ordem prática. Este elo entre branding, modelo de negócios e marketing fit é fundamental e, num caminho sem desvios, conecta de forma sincronizada empresa, mercado e consumidor.