[Cultura Digital] O renascimento do website | Parte 1

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[Cultura Digital] O renascimento do website | Parte 1

Relegado à margem do marketing digital, o website renasceu como uma das ferramentas mais importantes na presença digital durante a pandemia.

Relegado à margem do marketing digital durante algum tempo, o website renasceu como uma das ferramentas mais importantes na presença digital durante a pandemia.


[12.11.2021]


Por Alexandre Adoglio, CMO na Sonica e empreendedor digital.
Escreve quinzenalmente sobre
Cultura Digital para o SC Inova  


Sir Tim Berners-Lee é um cientista da computação britânico que desde muito cedo se interessou por eletrônica, seja desmontando trenzinhos elétricos na infância ou mesmo montando um computador a partir de uma televisão velha na faculdade. Mas foi logo depois desta fase em Oxford que Berners-Lee, como é conhecido, fez história enquanto trabalhava como engenheiro de software no CERN, o laboratório de física de grandes partículas perto de Genebra, na Suíça.

Naquele tempo cientistas vinham de todo o mundo para usar os aceleradores do laboratório, mas não conseguiam compartilhar suas informações de pesquisa em tempo real. Havia informações diferentes em computadores diferentes, e era preciso fazer logon em todos estes para acessá-las, sendo que às vezes cada computador tinha um programa diferente do outro. Desta forma, os cientistas do CERN preferiam levar suas anotações para o café do laboratório a fim de trocar informações em tempo real com os colegas. 

Observando uma tecnologia em ascensão, a internet, Berners-Lee buscou entender como podia resolver esta dor dos colegas de laboratório através dos milhões de computadores que já estavam conectados, encontrando no hipertexto a tecnologia que podia apoiar sua intenção. Em março de 1989, Tim expôs sua visão do que viria a ser a web em um documento denominado “Gestão da Informação: Uma Proposta”. A mesma não foi aceita imediatamente, já que a web nunca foi um projeto oficial do CERN, mas o chefe de Tim ficou impressionado com o projeto e deixou-o trabalhar no conceito, usando o NeXT, um dos primeiros produtos de Steve Jobs.

Nascia ali o padrão de tudo o que utilizamos sobre internet hoje:

  • HTML: linguagem de marcação/formatação da web, o hipertexto.
  • URI: Identificador Uniforme de Recursos. Uma espécie de “endereço” único e utilizado para identificar cada recurso na web. Também é comumente chamado de URL.
  • HTTP: Protocolo de transferência de hipertexto. Permite a recuperação de recursos vinculados de toda a web.
  • WorldWideWeb.app: o primeiro editor / navegador da página da web

A primeira página Web foi veiculada na Internet aberta em 1991, e pessoas de fora do CERN foram convidadas a ingressar nessa nova comunidade da Web. Os sites da primeira geração já publicados eram HTML (linguagem baseada em texto que foi nomeada como padrão pelo World Wide Web Consortium) páginas de coluna única sem imagens. Isso foi durante os dias em que UX e UI eram tudo o que menos importava a Berners-Lee.

Relegado à margem do marketing digital durante algum tempo, o website renasceu no último ano como uma das ferramentas mais importantes na presença digital, por sua natureza confiável e perene. Com o avanço da presença online no mundo dos negócios, tornou-se extremamente importante a integração das mais variadas ferramentas online à estratégia de marketing e comercial das empresas.

USABILIDADE E INTERFACE 

Uma cópia do primeiro website feito por Tim Berners-Lee em 1992 pode ser acessado aqui, que parece até meio errado mas não, são apenas alguns links e cabeçalhos em negrito, sendo esta primeira incursão na publicação online e no compartilhamento de informações que a tecnologia nos proporcionou naquela época para construir um site, e que dava um trabalho imenso para ser feito. O público em geral, aqueles com qualquer tipo de computador, rapidamente se adaptaram à rolagem vertical e que o sublinhado em azul eram hipertextos com links.

Dos primeiros navegadores, Gopher pra tudo e Mosaic pros Macs, que começaram a permitir textos e gráficos, até a integração visual permitida pelos atuais Firefox e onipresente Chrome, a evolução da interface permitiu que desenvolvedores e criadores, vulgo webmasters na época, pudessem conceber critérios de usabilidade e jornada do usuário em seus websites. Derivados em seguida pela GUI (Graphical User Interface), que permitia a utilização de imagens e ícones nos sites, além de textos e links com os quais os usuários já estavam familiarizados, os sites foram inundados com contadores de visitas de página, botões de bolha, texto animado (graças ao Adobe Flash) e nossos gifs dançantes favoritos. 

Com a evolução da linguagem de programação, a popularização do PHP no final dos anos 90, assim como o Flash que alterou drasticamente a maneira como os sites são projetados, construídos e navegados, os usuários de computador se tornaram mais sofisticados em sua compreensão do site, não precisando mais do texto sublinhado em azul óbvio para dizer onde os links foram colocados. 

No início dos anos 2000 recebemos o CSS, que embora já estivesse disponível antes do boom das pontocom começou a ser mais amplamente usado, pois além de suportado por todos os navegadores apresentou uma integração mais eficaz devido o surgimento das mídias sociais. Visualmente os sites começaram a parecer mais criativos, pois o conteúdo e os elementos de design puderam ser separados, o que também tornou os sites mais fáceis de manter. Sua facilidade de uso também resultou em crescente número de pessoas comuns que configuram seus próprios sites, que em grande parte não tinham uma ótima aparência ou não funcionavam tão bem.

Os sites projetados em CSS são geralmente menores do que os baseados em tabelas, portanto, embora a velocidade de carregamento na primeira vez que você visualizou aquela página da web possa ter levado alguns segundos extras, as visitas seguintes carregaram imediatamente graças ao cache padrão do navegador. Com o lançamento do YouTube em 2005 a forma como a internet estava sendo usada mudou totalmente, promovendo a invenção do jQuery, uma biblioteca de elementos do código JavaScript (framework) que melhorou a capacidade de resposta dos sites para permitir que estes mantivessem mídia para os usuários assistirem ou ouvirem.

A partir de 2010, começamos a perceber o nascimento do responsivo, com seu estilo de design de página única e plana (que lembra as primeiras páginas da web) permitindo que as páginas se adaptassem a diferentes telas, facilitando e incentivando ativamente o uso da interação em vários dispositivos. Esse movimento é necessário por trás de vários smartphones e tablets disponíveis, que agora estão sendo usados ​​exclusivamente para suas capacidades de navegação na Internet e websites.

Os usuários percebem quando um site parece desproporcional ou não funciona em determinados dispositivos ou navegadores e esperam o melhor neste sentido. As marcas perdem milhões com sites que funcionam mal, e é por isso que gastam milhões tentando corrigir esses problemas.

A ideia central do design responsivo, e o motivo pelo qual ele é bem-sucedido, é que todos os usuários tenham a mesma experiência. Portanto, a utilização de designs 2D minimalistas que têm um estilo contemporâneo, mas também funcionam de forma eficaz, é uma constante para aqueles que precisam de um website poderoso e que converta.

E pensando em toda esta temática, a Sonica convidou o especialista em tecnologia para o PME, Max Jefferson para um bate papo sobre como integrar websites em estratégias de marketing digital, auxiliando agências, eugências e profissionais a ampliarem seus serviços. Webinário completo aqui: https://youtu.be/UuOZY1DlaX4

(continua na pxima semana)

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