Nanotecnologia versus Covid-19: empresa de SC cria produto que elimina vírus de roupas e superfícies

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Nanotecnologia versus Covid-19: empresa de SC cria produto que elimina vírus de roupas e superfícies

Lançada há dois meses, inovação tem garantido 30 novos negócios por semana para a TNS, de Florianópolis, que ampliou o faturamento em 50% no período.

Lançada há dois meses, inovação tem garantido 30 novos negócios por semana para a TNS, de Florianópolis, que ampliou o faturamento em 50% no período. Foto: Divulgação


[FLORIANÓPOLIS, 06.05.2020]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa 

Em hospitais, as máscaras, jalecos, lençóis e qualquer outro tecido ou superfície são potenciais propagadores de vírus como o SARS-COV-2, causador da Covid-19. Para impedir a propagação nestes ambientes, a TNS Nanotecnologia, empresa de Florianópolis incubada no CELTA, desenvolveu um produto virucida e antimicrobiano contra vírus envelopados (como o novo coronavírus) e não-envelopados, com eficácia de até 99,999%.

Especializada em soluções utilizando a nanotecnologia, a empresa desenvolveu o Protec-20 a partir de tecnologia de nanopartícula de prata para eliminar a propagação de diferentes vírus em diversos meios. Os testes foram realizados em laboratório especializado e se basearam na norma ISO 18184, que dispõe sobre antiviral para produtos têxteis. 

Em apenas quatro semanas a empresa fez a evolução necessária do produto para crescer  a produção em escala – em duas semanas semanas chegou à marca de três toneladas do produto concentrado e hoje a capacidade de produção diária é de cerca de 1,5 tonelada. Desde o lançamento, há dois meses, a empresa tem fechado em média 30 novos negócios por semana e, neste período, o faturamento cresceu 50%.

A grande procura pelo produto vem principalmente da indústria têxtil – cerca de 40% da venda. O Protec-20 pode ser usado na fiação ou no tingimento da roupa e, dependendo do processo, pode perdurar na roupa de 20 até 70 lavagens.O produto, porém, não é comercializado diretamente para o público, ressalta Gabriel Nunes, diretor geral da TNS.

“Estamos priorizando atender as demandas para aplicações que sejam de interesse da saúde pública”, diz Gabriel Nunes, diretor da TNS.

Ele explica que o produto leva à inativação do vírus, além de auxiliar na inibição e replicação de bactérias que podem ser possíveis células hospedeiras. Segundo Nunes, a procura pelo produto tem sido alta também em outros segmentos, como fabricação de filtros de ar, máscaras, aventais médicos, panos de limpeza, tintas, polímeros diversos (desde escova de dente até esponjas para higienização). 

Recentemente até mesmo uma empresa que fabrica sacos para embalar cadáveres procurou a empresa para adquirir o produto. “Estamos priorizando atender as demandas para aplicações que sejam de interesse da saúde pública, mas o produto pode ser usado em qualquer segmento, até mesmo doméstico”, explica Nunes.

A TNS está instalada na incubadora CELTA desde sua participação no Programa Sinapse da Inovação, da Fundação CERTI. Desde o início, a proposta era desenvolver produtos nanotecnológicos para combater microrganismos em superfícies têxteis – e conquistou mercados internacionais. Clientes da TNS na Austrália, Colômbia e Chile já importaram amostras do Protec-20 para aplicações. 


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