Knewin, de Florianópolis, capta R$ 40 milhões e quer se fortalecer como plataforma de business intelligence

Mediatech fundada pelo CEO Lucas Nazario (foto), desenvolveu algoritmo de inteligência artificial que monitora mais de 1,2 milhão de fontes de informação e espera faturar R$ 70 milhões em 2021.

[FLORIANÓPOLIS, 05.01.2021]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br 

A Knewin, uma mediatech fundada em Florianópolis, mal esperou 2021 começar para anunciar um aporte de R$ 40 milhões da gestora Oria Capital, que já investiu em outras startups catarinenses como a Pixeon e a Chaordic (adquirida pela Linx em 2015). Criada há quase uma década na Capital pelos cientistas da computação Lucas Nazário e Fabiano Beppler, a Knewin desenvolveu um algoritmo de inteligência artificial que monitora 1,2 milhão de fontes de informação – de sites e jornais impressos (com captura de páginas via bots) a rádios, TVs e redes sociais – gerando mais de 10 terabytes de dados em um só dia.

No ano passado, a empresa faturou R$ 30 milhões e espera chegar aos R$ 70 milhões em 2021, como informou o CEO Lucas ao Brazil Journal. A estratégia é a mesma que fez a startup se consolidar como um dos maiores players deste mercado nos últimos anos na América Latina: indo às compras. 

Ao todo, a Knewin já adquiriu onze empresas – em função de soluções complementares e também novas tecnologias – como a Zubit, Oficina Brasileira de Clipping, Myclipp, Informa Brasil e DataClip, abrindo filiais em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Cidade do México e, desde 2019, nos Estados Unidos. Em março daquele ano, a empresa comprou a agência Editorial Link, com sede em Miami. 

Uma das últimas aquisições, a da consultoria de TI para inteligência de mercado Plugar, em novembro de 2020, abriu um novo horizonte para a Knewin: o de business intelligence. 

“O preparo das empresas para lidarem com dados é uma necessidade urgente. O cenário atípico que vivemos, com a pandemia, tornou isso ainda mais evidente. A capacidade de aplicar inteligência ao monitoramento e à análise dos cenários é pré-requisito para lidar com a incerteza” afirmou Lucas à época. A Plugar

E este é o caminho que a startup pretende seguir a partir do aporte da Oria – até então, a empresa havia captado R$ 19,9 milhões com fundos como KPTL (ex-Inseed) e Invisto. Outra frente de desenvolvimento são os serviços de newsroom (plataformas abertas para publicação de textos e vídeos) e distribuição de informações a jornalistas.   

Em 2021, a empresa deve avançar com ações comerciais na Espanha e em Portugal, além de contratar representantes para outros países latinos – segundo o Neo Feed. Atualmente, são cerca de 200 colaboradores na equipe.