Joinville: os próximos passos para o desenvolvimento do ecossistema local

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Joinville: os próximos passos para o desenvolvimento do ecossistema local

“As lacunas da carência de parques tecnológicos começam a ser preenchidas. Agora as metas devem ser atração de capital e formação maciça de mão de obra”, afirma o diretor presidente do Instituto Join.valle, Dionei Domingos

“As lacunas da carência de parques tecnológicos começam a ser preenchidas. Agora as metas devem ser atração de capital e formação maciça de mão de obra”.

 

Por Dionei Domingos*

O movimento nos setores de empreendedorismo, tecnologia e inovação em Joinville acompanha o momento positivo das demais regiões de Santa Catarina, com algumas exceções em função das incertezas político-econômicas que ainda imperam no Brasil.

Temos na cidade muitas empresas tradicionais buscando caminhos para inovações, reinvenções, se aproximando de um vibrante ecossistema, e também um bom número de startups obtendo excelentes resultados. Joinville torce e conta o tempo para ter seu primeiro “unicórnio”, provavelmente a Conta Azul.

As lacunas representadas pela carência de parques tecnológicos começam a ser preenchidas – entendemos que neste momento a cidade está bem servida quanto à espaço físico: Ágora Tech Park, Instituto Senai de Inovação, Softville, Inovaparq, coworkings e condomínios de empresas de TI e vários outros espaços e iniciativas nas universidades locais. Em paralelo a isto, está se consolidando uma robusta rede de especialistas e mentores em diversas áreas oriundos de universidades, incubadoras e empresas da cidade.

Pra completar o ciclo, penso que as metas de agora devem ser a atração de capital (fundo de investimento local, aceleradora estabelecida na cidade etc.) e a formação maciça de mão de obra. Existem movimentos nestes dois sentidos, mas ainda não muito articulados e sincronizados com o ecossistema de Joinville.

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A prefeitura e o Instituto Join.valle estão liderando projetos com o foco de criar novos e disruptivos negócios, por meio dos programas como a Jornada de Empreendedorismo, Desenvolvimento e Inovação (JEDI). Isso se deve à identificação, por parte da Secretaria de Planejamento Urbano e Desenvolvimento (SEPUD) de um baixo índice de criação de novas startups por ano na cidade.

O ecossistema atual,  acrescido de disponibilidade de mão de obra e capital de risco, pode gerar resultados excepcionais, se conseguirmos encurtar a distância com as indústrias tradicionais da região. Muito mais que clientes, estas indústrias podem ser também laboratórios de desenvolvimento. Esta é uma razões que acredito muito no sucesso do Ágora Tech Park.

*Dionei Domingos é diretor-presidente do Instituto Join.valle