Novidade desenvolvida pela IPM Sistemas foi apresentada nesta quarta-feira (27) no COMAC, Congresso de Municípios promovido pela FECAM, em São José (SC). / Foto: Divulgação
[FLORIANÓPOLIS, 27.09.2023]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa
Uma plataforma que utiliza o volume de dados pelas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), postos de saúde e hospitais para antecipar em meses a informação de que um indivíduo está propenso a ter um infarto ou um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Esta é uma das funcionalidades da tecnologia apresentada pela govtech catarinense IPM Sistemas nesta quarta (27), durante a abertura do Congresso de Municípios, Associações e Consórcios, promovido pela Federação Catarinense de Municípios (FECAM), em São José (SC).
O sistema analisa milhões de parâmetros do sistema público de saúde para identificar padrões e situações invisíveis aos olhos humanos, e fornecer ao médico, responsável final pelas decisões de cada caso, subsídios para a definição de um plano de tratamento ou prevenção individualizado para cada paciente.
“O desenvolvimento da tecnologia é fruto de diversos anos de trabalho de um time multidisciplinar de engenheiros, biomédicos, médicos e gestores públicos, e utiliza machine learning e redes neurais profundas para trazer novas informações e previsões ao trabalho no setor público”, diz Ana Mees, Engenheira Biomédica pela Duke University.
Esta é uma nova funcionalidade do sistema de inteligência artificial proprietário da empresa, chamado Dara, lançado em maio e que também dá apoio ao planejamento da infraestrutura das cidades, antecipando a identificação de demandas por serviços públicos em áreas como saúde e educação, e em decisões de construção, definição de equipes, e alocação de atendimentos. Agora, seis meses após o lançamento ao mercado, a IA ganhou novas funcionalidades e “aprendeu” a conversar e atender às demandas da população por meio de mensagens de texto ou voz via chat ou WhatsApp.
A plataforma está treinada para responder a mais de 100 mil perguntas e solicitações – o que pode ir desde o pedido de um carnê de IPTU até o encaminhamento de processo de abertura de uma empresa, entre outras demandas.
Na prática, a Dara interpreta grande volume de dados de diferentes bases com informações individuais – de atendimentos e exames de rotina, como um check-up, por exemplo – e apresenta ao médico um “alerta” para cada indivíduo. Cabe ao profissional de saúde, a partir daí, decidir o que fazer. “Nossa premissa básica é entender que o médico conhece melhor do que ninguém o paciente e as questões de saúde. A Inteligência Artificial é apenas uma ferramenta a mais para o trabalho dele, focada em otimizar a rotina do médico e melhorar a qualidade de vida da população”, diz Ana.
No evento, a solução foi apresentada pela Gerente de Inovação e Engenheira Eletrônica e da Computação pela Duke University, Lúcia Mees. “Sabemos que ainda são muitos os desafios a serem superados na área pública, e vemos na inteligência artificial o potencial de mudar isso. Foram anos de pesquisa, desenvolvimento, e investimentos na criação dessas tecnologias, sempre com a visão de elevar o padrão dos serviços públicos, otimizar gastos, e melhorar a qualidade de vida da população”, diz Lúcia.
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