Demanda por profissionais de TI em empresas “não tech” cresce 17%, aponta Tech Report SC

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Demanda por profissionais de TI em empresas “não tech” cresce 17%, aponta Tech Report SC

Dados são referentes a 2018, mas contextos atuais – como a explosão do e-commerce e a transformação digital – só reforçam a “invasão” da tecnologia em empresas de outros segmentos. Na catarinense Supero (acima), que aloca profissionais de TI, demanda cresceu 45%. / Foto: Paulinho Sefton


[FLORIANÓPOLIS, 15.01.2021]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa

Depois de quatro anos de estabilidade, o número de profissionais de tecnologia que atuam em empresas que não têm como foco produtos ou serviços de tecnologia, chamados In House, voltou a crescer no Brasil. O movimento foi captado pelo Tech Report 2020 – estudo realizado pelo Observatório da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) e pela Neoway, com apoio da Finep – e reflete um maior investimento do setor produtivo na digitalização de processos. 

Entre 2014 e 2017, esse grupo era composto por cerca de 310 mil profissionais em todo o país. Em 2018 saltou para 365 mil, uma alta de 17%. O panorama segue impulsionado até pela atual crise econômica causada pela pandemia de coronavírus. 

“A transformação digital tem papel fundamental no desenvolvimento da economia. Movimenta negócios, gera meios para a redução de custos, maximiza receitas e contribui para o desenvolvimento de novos projetos. Profissionais ligados à área de tecnologia estão se estabelecendo cada vez mais nas instituições e em todos os setores da economia”, observa Iomani Engelmann, presidente da ACATE. 

Em 2019, a catarinense Supero Tecnologia, que entre seus serviços está a alocação de profissionais especializados para auxiliar empresas no processo de digitalização, registrou alta de 45%, em relação a 2018, no número de pessoal alocado em clientes cuja atividade fim não está relacionada à tecnologia. Segundo o gerente comercial Adriano Kasburg, 2020 deve fechar com um crescimento em torno de  20%. 

A pandemia freou, mas não interrompeu esta tendência. Pelo contrário.

“Numa crise, seja ela econômica ou pandêmica como a que estamos passando, as empresas precisam fundamentalmente preservar caixa, priorizando investimentos na transformação digital para criar valor. Elas precisam se adaptar, rever processos, investir em Business Intelligence e Data Science para tomar decisões e vender numa realidade em que cada vez menos as pessoas sairão de casa”, argumenta o gerente.

A Supero, que atua no mercado há 17 anos, tem unidades em Florianópolis, Blumenau e Joinville e conta com 185 funcionários.

Muitas empresas optam por contratar serviços de alocação de profissionais, em vez de investir em departamentos próprios de TI, para acelerar a execução de projetos – há aporte de expertise tecnológica imediata, sem curva de aprendizagem. A gestão das pessoas e dos projetos, que normalmente são pontos sensíveis, ficam sob responsabilidade da empresa prestadora do serviço.  

Adriano Kasburg, da Supero: na crise, empresas seguram caixa para investimento em transformação digital. / Foto: Paulinho Sefton

PIX E OPEN BANKING IMPULSIONAM CONTRATAÇÕES

Este crescimento também vem sendo acelerado por questões regulatórias, que têm exigido maior investimento em digitalização dos setores financeiro e de energia, por exemplo. O primeiro, em razão da implementação do Pix (novo sistema de pagamento digital do Banco Central) e do Open Banking (plataforma que promete mudar a forma como o mercado financeiro funciona). Na área de energia, as mudanças estão na forma de captação e venda. 

Segundo o Tech Report da ACATE, os profissionais que compõem o grupo de especialistas em tecnologia considerados pelo estudo exercem as funções de diretores de serviços de informática, analistas de sistemas computacionais, gerentes de tecnologia da informação, técnicos em programação, engenheiros em computação, técnicos em operação e monitoração de computadores e especialistas em informática.

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