Como empresas de TI estão criando políticas de RH para mães em SC

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Como empresas de TI estão criando políticas de RH para mães em SC

De horários flexíveis a home office até o primeiro ano de vida dos bebês, departamentos de Pessoal de startups catarinenses buscam formas de adaptar o trabalho à rotina das mamães.

De horários flexíveis a home office até o primeiro ano de vida dos bebês, departamentos de Pessoal de startups catarinenses buscam formas de adaptar o trabalho à rotina das mamães. / Foto: Facebook Involves

 

Pesquisa recente feita pelo Google sobre o perfil das mulheres do século XXI identificou que 30% das entrevistadas eram mães solteiras e que a atividade a que elas mais dedicam tempo no dia a dia é o trabalho fora do lar. Proporcionar uma política de Recursos Humanos mais flexível, especialmente no caso de colaboradoras que tenham filhos, tem sido uma das diretrizes dos departamentos de pessoal no setor de tecnologia em Santa Catarina.

“Desenvolver uma boa saúde corporativa é essencial para proporcionar qualidade de vida no trabalho”, alerta Bruno Rodrigues, CEO e fundador da Go Good, empresa digital de saúde corporativa. “Entender como é possível ajudar um colaborar a crescer, e a lidar com os desafios pessoais, sejam eles a maternidade, problemas de saúde, ou outras questões familiares, irá garantir um funcionário mais motivado e produtivo para a empresa”.

Krislaine Kuchenbecker, cofundadora da Codenation: rotina de home office foi adaptada para as mães que acabaram de ter filhos. / Foto: Divulgação Codenation

HOME OFFICE ATÉ O PRIMEIRO ANO DO BEBÊ

A Codenation — startup que oferece programas de capacitação em tecnologia para estudantes e profissionais da área de ciências exatas — criou uma política para mães de recém nascidos quando a co-fundadora e CMO da empresa, Krislaine Kuchenbecker, engravidou. A rotina de home office foi adaptada para as mães que acabaram de ter filhos: até a criança completar um ano de idade, elas podem trabalhar de casa.

A questão da licença maternidade, o afastamento por tanto tempo do dia a dia da empresa, foi algo que deixou Krislaine muito ansiosa ao final da gravidez. “Como voltar ao mesmo ritmo depois de tantos meses? Eu ainda seria relevante para a empresa? Se essas questões me preocupavam, sendo uma co-fundadora, imagina o que passaria pela cabeça de funcionárias? Então achamos melhor deixar essa regra mais definida, para que nenhuma mulher se sinta insegura em utilizar desse benefício”, explica Krislaine.

CARGA HORÁRIA PROGRESSIVA

A Involves, que desenvolve um software de gestão de trade marketing, adotou outra estratégia: logo que retornam do período de licença, as mães podem trabalhar apenas 4 horas por dia no primeiro mês, 6h por dia no segundo e é somente no terceiro mês que a jornada volta ao normal. “As mulheres podem optar, também, por juntar todas essas horas e voltar ao trabalho só depois”, explica Thuany Schutz, gerente de Pessoas.

Para as mães com crianças em idade escolar, a empresa oferece a flexibilização da jornada de trabalho no período de adaptação da criança à escola. “A todas as mães que precisam levar seus filhos ao médico, independente da idade, é abonado meio período de trabalho. Entendemos que uma criança doente demanda mais tempo do que apenas os minutos da consulta, sem contar com deslocamento e outros fatores”, comenta Thuany.

E por que não levar os pequenos para o trabalho?

“Entendemos que às vezes o home office não supre a demanda que temos no escritório”, explica Olívia Pacheco, responsável pela área de RH da Cheesecake Labs, desenvolvedora de aplicativos web e mobile com sede em Florianópolis. “Por isso, damos às nossas figuras maternas liberdade de escolha sobre como querem continuar exercendo suas funções. Elas podem optar pelo modelo com o qual se sentem mais à vontade para estar com suas crianças e trabalhar”.