Com nova proposta de valor para o ecossistema, incubadora Softville abre inscrições para capacitar startups

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Com nova proposta de valor para o ecossistema, incubadora Softville abre inscrições para capacitar startups

Entidade se reposiciona como hub de inovação aberta para projetos “early stage” em Joinville. Desde o início do ano, também passa a ser oficialmente o Polo Regional Acate.

Entidade se reposiciona como hub de inovação aberta para projetos “early stage” em Joinville. Desde o início do ano, também passa a ser oficialmente o Polo Regional Acate.


[JOINVILLE, 01.05.2020]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br

Após mais de duas décadas atuando como uma incubadora de projetos de base tecnológica no Norte de Santa Catarina, a Softville ajusta sua rota neste turbulento 2020: a partir de agora, a entidade passa a estimular a criação de startups orientadas aos desafios do mercado regional, uma espécie de hub de inovação early stage. A ideia é utilizar sua expertise e legado de formação empreendedora para fomentar oportunidades de negócio em um ecossistema que se tornou mais diversificado nos últimos anos. Para as startups interessadas e que tem este perfil, a Softville está com inscrições abertas para selecionar a nova turma de empreendedores.

“A inovação está em alta mas o modelo de negócio tradicional de uma incubadora está ultrapassado. A entidade teve um papel importante na criação e desenvolvimento de novas empresas nas últimas décadas mas, na realidade de 2020, este modelo dá sinais de que se esgotou”, detalha Pedro Shioga, coordenador de programas de inovação na Prefeitura de Joinville e que participa da equipe de desenvolvimento deste novo modelo de atuação da Softville.

Antes, comenta, “as empresas iniciantes precisavam de um local e uma estrutura que não poderiam bancar, mas hoje com as facilidades de ter uma infraestrutura básica, as incubadoras precisam oferecer uma outra proposta de valor, atuando como um hub de conexão no ecossistema“. Com o reposicionamento, a Softville quer atrair além das startups early stage, empresas mantenedoras que buscam conexão com o ambiente de tecnologia e inovação, além de  universidades, interessadas na capacitação de seus talentos para o mercado.  

“Estamos trazendo grandes empresas, que têm desafios em seus mercados, para se conectar com startups nesta fase inicial”, antecipa Shioga. Nesta semana, a Ciser – maior fabricante de fixadores da América Latina – e o Porto de Itapoá, no norte catarinense, lançaram seus “Desafios”, no qual estimula empreendedores a desenvolver soluções específicas, como gestão de demanda, atendimento digital, simplificação de processos e integração de cadeia, por exemplo. 

Para participar é preciso se inscrever no processo de seleção da incubadora. Caso houver o match, a empresa que apresentou o desafio (“corporate”) patrocina o custo de incubação realizado pela Softville.  

Uma das novidades é o modelo “incubação corporate”, para ajudar times de inovação ligados às empresas consolidadas a darem seus primeiros passos no empreendedorismo inovador.

O modelo de apoio em fases iniciais pode ajudar também a levar as startups para outros ciclos de desenvolvimento no ecossistema local, como o LinkLab, programa de inovação aberta da Acate que opera em Joinville no Ágora Tech Park. “O perfil do LinkLab é contar com startups que já tem faturamento e modelo de negócio mais estruturado, então podemos ajudar a desenvolver futuras empresas com esse perfil”, destaca Shioga.

Para as empresas interessadas em serem mantenedoras, a entidade oferece os modelos de apoiador, para ajudar no desenvolvimento deste novo modelo de atuação da Softville, e de incubação corporate – que tem o propósito de ajudar os times de inovação, ligados às empresas consolidadas, a darem seus primeiros passos na área do empreendedorismo inovador.

Um desses passos é o programa Mindset, que tem metodologia desenvolvida pela Softville e inicia a primeira turma no dia 11 de maio. O curso prático é voltado para o início da jornada empreendedora, que dura três meses e tem encontros semanais de duas horas. Entre os temas, desenvolvimento de clientes, análise de mercado, concorrência, apresentação (pitch), protótipo (MVP), equipes e vendas. Após este cronograma de conteúdos, acontecem sessões de mentoria por mais três meses.


DE VOLTA À ORIGEM COMO POLO REGIONAL

No início de 2020, a Softville foi credenciada como o Polo Regional em Joinville da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), o que permite estender às empresas associadas o mesmo portfólio de serviços e benefícios fornecido pela entidade estadual.

Trata-se de uma volta às origens da entidade, criada na década de 1990 para ser um elo entre os empreendedores de TI em Joinville e região. Mas hoje o cenário é outro: a cidade conta com um centro de inovação regional (Ágora Tech Park), programas de apoio a empreendedores de tecnologia que nasceram no setor público (como a Jornada de Empreendedorismo, Desenvolvimento e Inovação), ações articuladas entre a “quádrupla hélice” (caso do Pacto pela Inovação, que envolve empresas, governo, universidades e sociedade) e um legado de startups e scale-ups que se tornaram referências no ecossistema, como a ContaAzul, Mercos, Asaas e outras.   

Na década de 1990, a Softville foi a primeira provedora de internet da cidade e também a primeira incubadora, de onde saíram importantes empresas de tecnologia. “O momento agora é de reinvenção e a entidade volta a ter um papel de protagonismo na articulação do ecossistema, que hoje é muito mais amplo, no sentido associativista”, comenta Shioga.


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