Com faturamento de R$ 4,7 milhões, startup de Joinville espera repetir os resultados em 2021 e busca novos investidores para o próximo ano, comenta o CEO Guilherme Verdasca (à direita na foto).
[JOINVILLE, 13.10.2021]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br
A fintech Transfeera, uma das referências do ecossistema de startups de Joinville, teve um 2020 acelerado. Eleita pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups) como “Startup Destaque” do ano, a empresa cresceu 235% (tem faturamento de R$ 4,7 milhões) e recebeu um aporte de R$ 3 milhões liderado pela GooDz Capital – em conjunto com a BossaNova Investimentos, Honey Island Capital e Curitiba Angels. Neste ano, pretende repetir o crescimento registrado em 2020.
Fundada pelos sócios Guilherme Verdasca, Rafael Negherbon e Fernando Nunes em 2017, a Transfeera surgiu como uma solução para intermediar transações reduzindo o valor das transferências para clientes corporativos (B2B). Para dar sequência ao crescimento exponencial, a fintech inaugurou em agosto passado sua nova sede, no Ágora MOB, segundo dos três prédios que compõem o Ágora Tech Park, inaugurado em março de 2021 – e que já conta com ocupação quase total.
“Nascemos dentro do ecossistema de Joinville e com a consciência de que estar próximo de outras iniciativas disruptivas, empreendedores e empreendedoras é a resposta para o crescimento”, conta o CEO e cofundador Guilherme Verdasca.
SC INOVA – Como tem sido o desenvolvimento da Transfeera nos últimos anos? E quais as perspectivas em termos de negócios e desenvolvimento de produtos?
Guilherme Verdasca – No ano passado, mais do que dobramos de tamanho — crescemos 235% e faturamos R$ 4,7 milhões —, nossa perspectiva é de crescer o mesmo em 2021. Recebemos um aporte expressivo, investimos em tecnologia e na experiência da plataforma.
Neste ano, lançamos a ContaPix Transfeera, nela, além de realizar pagamentos, nossos clientes podem fazer cobranças por meio do Pix. Contamos com 60 colaboradores e colaboradoras, mais de 300 clientes em todo o Brasil, já realizamos mais de 6 milhões de pagamentos com sucesso e validamos mais de 18 milhões de contas bancárias. E, para seguir expandindo, vislumbramos uma nova rodada de investimentos em 2022.
SC INOVA – O que fez a Transfeera optar pelo Ágora Tech Park como nova sede? Quais as expectativas e oportunidades em meio a diversos players do ecossistema local?
Guilherme Verdasca: A decisão de buscar espaço no Ágora Tech Park está ligada ao desenvolvimento da empresa e ao fato de que queremos continuar próximos das entidades e empresas do setor. A Transfeera nasceu dentro do ecossistema de Joinville e com a consciência de que estar próximo de outras iniciativas disruptivas, empreendedores e empreendedoras é a resposta para o crescimento.
Também temos como missão adicional ajudar a fomentar o ecossistema da cidade, que ainda está em desenvolvimento, compartilhando nossos conhecimentos, e, nada melhor do que um parque tecnológico para iniciar conexões. Acreditamos muito no potencial de conexão que o Ágora vai nos proporcionar, vemos uma grande possibilidade de encontrar novos parceiros e clientes.
Para o novo escritório, nos baseamos em um modelo de coworking em que ninguém tem uma posição fixa. Temos a intenção de continuar com um modelo de trabalho híbrido, isso porque acreditamos que as pessoas precisam ter a flexibilidade necessária para sua melhor performance.
Conhecendo o comprometimento do time, o escritório foi montado para que as pessoas consigam entregar seu potencial máximo, com alguns espaços para interações e outros para foco, além de cabines individuais para vídeo chamadas. Também pensamos em um local para apresentações dos times e troca de conhecimento. A ideia é que a sede reflita a cultura da empresa e seja um espaço para convivência, e não somente para trabalho.
SC INOVA – Como Joinville está se inserindo no ecossistema regional e nacional de tecnologia? O que a região tem de especial e o que falta para acelerar o desenvolvimento?
Guilherme Verdasca: Joinville é e sempre foi um grande e importante polo de inovação: tivemos a Datasul abrindo os caminhos nos anos 1990, a Informant Tecnologia em 2000, que gerou a onda das startups que foi liderada pela ContaAzul. O celeiro de pessoas realmente dispostas a resolver problemas e a empreender é um fator-chave, alinhado com qualidade e custo de vida adequados.
O que faltava à cidade, e está sendo promovido, no Ágora Tech Park, é o investimento em espaços para inovação e integração das empresas. Além disso, boa parte da nossa construção de ideias inovadoras vem da colaboração entre diferentes atores do ecossistema. A Softville, incubadora parceira da Transfeera, por exemplo, promove eventos com o objetivo de conectar as iniciativas, fortalecendo a parceria entre startups, empreendedores, empreendedoras e estudantes.
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