Gigante do e-commerce na América Latina tem conexão com o estado desde a aquisição da Axado, em 2016 – e conta com unidade de desenvolvimento de tecnologia na Capital (acima, foto do escritório local).
[FLORIANÓPOLIS, 12.11.2020]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br
Nesta quinta (12.10), o Mercado Livre anunciou que a cidade de Governador Celso Ramos – a 54 km de Florianópolis – receberá um dos cinco novos centros de distribuição da empresa no país. Os demais ficam nos estados de São Paulo (3) e Minas Gerais.
O investimento amplia as relações comerciais entre a gigante latinoamericana de e-commerce e o mercado catarinense – especialmente na área logística.
Em 2016, a empresa comprou por R$ 26 milhões a startup Axado, que desenvolveu uma plataforma de gestão de fretes para varejistas e passou a fazer parte da Mercado Envios, braço de logística da empresa. Desde então, a companhia ampliou a presença no ecossistema de tecnologia de Florianópolis, com a inauguração em 2018 de uma nova sede com 1,1 mil m2 e capacidade para até 150 colaboradores na Capital catarinense.
Além da localização estratégica do novo centro de distribuição, próximo a portos e aeroportos e localizado no corredor rodoviário da BR-101, o vice-presidente da Mercado Envios, Leandro Bassoi, afirmou que “identificamos boa disponibilidade de serviços e colaboradores qualificados. O ambiente regulatório do Estado permitirá operarmos em regime fiscal muito favorável aos vendedores, com reflexos positivos para os consumidores da região”.
A unidade terá inicialmente 32 mil m2, com capacidade de expansão para até 71 mil m2. A previsão é que o centro de distribuição fique pronto em meados de 2021, ms em janeiro já será realizada uma operação temporária no município para atender as demandas do Sul do país.
Havia uma disputa em Santa Catarina pelo novo centro de distribuição. Municípios como Araranguá e Içara, tentaram levar a empresa para o Sul do estado, especialmente após o Mercado Livre anunciar que não iria para o Rio Grande do Sul, onde o CD estava previsto.
De qualquer maneira, a nova conexão de Santa Catarina com uma gigante tech pode ser benéfica para o ambiente de startups. O Mercado Livre tem um fundo de venture capital, Meli Fund, que já participou de grandes rodadas como nas fintechs Warren (R$ 120 milhões) e BizCapital (R$ 65 milhões) e busca oportunidades em áreas complementares ao seu core business: logística, varejo e fintechs.
Quem se interessa pela história e a estratégia do Mercado Livre pode acompanhar o painel com o cofundador e CEO Stelleo Tolda, no CASE Startup Summit 2020, evento promovido em parceria pela ABStartups, Sebrae e Acate em Outubro deste ano.
Confira:
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