Startup criada em Joinville (SC), e liderada por Ricardo Almeida (foto), redesenhou modelo de negócios para atender demandas dos autores independentes e teve aumento de exemplares vendidos (40%) e novos escritores (30%). Foto: Divulgação
[FLORIANÓPOLIS, 27.07.2020]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa
Uma plataforma de autopublicação de livros, que foi responsável por 23% dos títulos lançados no Brasil no ano passado, encerrou o primeiro semestre de 2020, o ano da pandemia, crescendo em vendas e faturamento – um resultado bem diferente da trajetória do mercado editorial brasileiro ao longo da última década.
O Clube de Autores, criado em Joinville em 2009 por três sócios – Indio Brasileiro Guerra Neto, Ricardo Almeida e Anderson de Andrade – anunciou um aumento de 40% no volume de exemplares vendidos (cerca de 1,2 mil por mês), e de 35% no faturamento total (não divulgado), entre janeiro e junho deste ano. Os números vão na contramão do mercado “tradicional”, que registrou queda de 5,4% nas receitas entre 2017 e 2018, segundo a pesquisa “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro“, realizada até o ano passado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Segundo Ricardo Almeida, CEO do Clube de Autores, a pandemia certamente foi mais um desafio para o mercado livreiro, mas quem se transformou, investiu em e-commerce, automatizou o negócio e ainda quebrou os paradigmas do mercado, conseguiu ótimos resultados: “conseguimos crescer mesmo diante deste cenário de incertezas”.
Logo no início do ano, a plataforma ampliou seu modelo de negócios e redesenhou o site para um novo perfil de demanda dos autores independentes. Se antes as impressões eram feitas exemplar por exemplar, conforme venda realizada, passaram a atender também a pedidos com um número maior e oferecer preços mais atrativos.
Durante o isolamento social, o Clube de Autores ofereceu descontos aos clientes e criou um concurso para estimular a adesão de novos escritores.
Houve também neste período um salto no número de livros publicados, 25% a mais que em 2019, e de novos autores (30%). “Esses dados mostram não apenas um crescimento presente da operação, mas também uma tendência de expansão futura”, conclui Ricardo.
Atualmente, os autores podem vender os livros editados pelo Clube em formato eletrônico ou impresso, disponibilizando também em lojas parceiras como Livraria Cultura, Estante Virtual, Amazon, Google Play e AgBook. Em 2013, se tornou a primeira plataforma self publishing do país a receber investimento de venture capital, com o aporte de R$ 1,8 milhão do Fundo SC, gerido pela BZplan FIR Capital (atual Invisto).
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