A transformação do RH pós-pandemia e o uso de tecnologia na gestão de equipes

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A transformação do RH pós-pandemia e o uso de tecnologia na gestão de equipes

Investimento em ações de cuidado com corpo e mente, aprendizado contínuo e ferramentas que auxiliem a produtividade estão entre as tendências apresentadas por empreendedores e especialistas

Investimento em ações de cuidado com corpo e mente, aprendizado contínuo e ferramentas que auxiliem a produtividade estão entre as tendências apresentadas por empreendedores e especialistas em série de eventos sobre Recursos Humanos. 


[FLORIANÓPOLIS, 29.06.2020]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa

As “HR Techs”, empresas de tecnologia com soluções voltadas ao setor de Recursos Humanos, terão um papel cada vez mais relevante no apoio à gestão de pessoas em tempos pós-pandemia – especialmente pelo potencial de levantar informações e dados sobre a satisfação dos colaboradores, engajamento e produtividade.  De acordo com levantamento do Distrito Dataminer, o país conta hoje com 373 empresas voltadas para a área de recursos humanos – destas, 85,2% surgiram há menos de 10 anos.

O papel destas empresas no mundo afetado pela Covid-19 foi tema de debates na última semana durante o Ahgora Talks, evento online que reuniu CEOs e grandes líderes de empresas com foco em tecnologias para RH em Santa Catarina e que trouxe uma série de  insights sobre a revolução na maneira de gerenciar pessoas e equipes. 

Atualmente, em função da crise de saúde pública, o principal questionamento é: qual é o papel da empresa no bem-estar físico e mental dos colaboradores? “Felicidade e saúde mental são os fatores primordiais para a produtividade dos colaboradores, e isso vem sendo impactado pela quarentena. Engajar as pessoas à distância e em um cenário de crise se torna ainda mais desafiador”, afirma Bruno Rodrigues, CEO da startup GoGood, especializada em tecnologia e bem-estar corporativo. Uma pesquisa desenvolvida pela empresa detectou um aumento da ansiedade e da infelicidade entre os colaboradores nos últimos meses, o que gerou pessoas com síndrome de burnout e depressão e, consequentemente, perda de produtividade e engajamento. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 47% das pessoas são sedentárias, 25% tem algum transtorno mental e 77% se alimentam mal. “Isso, com a pandemia, tende a aumentar. Por isso é preciso investir em ações que estimulem um cuidado ainda maior com o corpo e a mente antes que possíveis doenças se desenvolvam”, destacou Bruno. 

Estudos da Willis Towers Watson revelam que, até 2030, o custo de saúde corporativa no Brasil vai aumentar 2,5 vezes. “Ter somente o plano de saúde no pacote de benefícios oferecidos pela empresa não será mais o suficiente. Se a empresa não cuidar do bem-estar do colaborador terá prejuízos altos”, explica.

INVESTIMENTO EM APRENDIZADO: MOTIVAÇÃO E ENGAJAMENTO 

Uma vez que a saúde do colaborador está garantida, é a vez de olhar para o processo de aprendizado, utilizando o avanço da tecnologia. Na opinião de Camilla Zerlotti, gerente de Desenvolvimento de Negócios na Enlizt, e Ana Elisa Althoff, especialista em experiência do usuário DOT Digital Group, o conhecimento é uma via de mão dupla. “Não só as empresas devem estimular e investir no aprimoramento de conhecimento de seus profissionais, mas estes também devem focar em como podem oferecer um valor diferenciado para seus  empregadores. Diferente do passado, hoje o foco é no conceito de “lifelong learning”, no qual trabalhamos para aprender inúmeras habilidades e seguir diversas carreiras”, afirma Camila.  

“Trabalhadores de todos os setores precisam descobrir como podem se adaptar às mudanças rápidas das condições de trabalho, e as empresas precisam aprender a associar esses trabalhadores a novos papéis e atividades”, reforça Ana Althoff. 

“Para ter um time engajado é preciso deixar pra trás processos antigos, como reuniões que poderiam ser e-mails, ou e-mails que poderiam ser um bate-papo via chat” – Bruno Soares, CEO da Feedz

É consenso que todos esses investimentos vão gerar mais motivação, engajamento e, consequentemente, melhorar o desempenho e o resultado dos colaboradores. Segundo João Romão, CEO da Mobiliza, especializada em treinamento online, um dos fatores essenciais e que influenciam para que a aprendizagem gere transformação é se a pessoa tem a competência e as ferramentas necessárias para alcançar determinado objetivo. O outro é se a pessoa quer trilhar esse caminho. “Precisa haver um motivo para a ação e persistência, pois a aprendizagem não ocorre em um evento único. Requer recorrência e intensidade“, explica Romão.

Para Bruno Soares, CEO da Feedz, plataforma voltada para o  engajamento de colaboradores, o desempenho nada mais é do que uma equação entre motivação versus habilidade, dividido pela interferência, ou tudo aquilo que não gera valor para o negócio. “Para ter um time engajado é preciso deixar pra trás processos antigos, como reuniões que poderiam ser e-mails, ou e-mails que poderiam ser um bate-papo via chat.  É preciso que todos saibam e se encantem com o seu propósito, que saibam o porquê do que estão fazendo”, pontua.

Na visão de Lázaro Malta, CEO da Ahgora, o evento trouxe um ponto principal de reflexão – é preciso olhar e ouvir o colaborador, suas necessidades, anseios, e investir no seu desenvolvimento. “O ‘novo normal’ requer que todos estejam em sintonia com seus objetivos e metas. Somente assim as engrenagens de qualquer empresa vão funcionar com a agilidade e rapidez que o momento necessita”, finaliza.

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