[DIÁRIOS DA IA] A Transformação da IA na Saúde, Geopolítica e nos Modelos Econômicos

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[DIÁRIOS DA IA] A Transformação da IA na Saúde, Geopolítica e nos Modelos Econômicos

Nações menores com avanços significativos em IA podem ter uma influência desproporcional, moldando políticas e estratégias globais.

No aspecto das Relações Internacionais, nações menores com avanços significativos em IA podem ter uma influência desproporcional, moldando políticas e estratégias globais. / Foto: SC Inova/DALL-E


[06.08.2024]

Por Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli Imóveis e um dos responsáveis pelo Conselho Mudando o Jogo (CMJ) em SC e RS. Escreve sobre inteligência artificial no ambiente corporativo na série “Diários de IA”

Em uma era em que a inteligência artificial (IA) está redefinindo o tecido das nossas sociedades, é imperativo explorar as profundas implicações que essa tecnologia tem em diversos domínios. Como Elon Musk frequentemente enfatiza, o poder transformador da IA é comparável à revolução industrial, mas em uma escala exponencialmente mais significativa. 

Este artigo explora as interseções da IA com a saúde, a distribuição geopolítica e os modelos econômicos, destacando as mudanças sísmicas que estão por vir.

IA E O FUTURO DA SAÚDE

O impacto da IA na saúde é nada menos que revolucionário. Com a capacidade de analisar vastos conjuntos de dados e reconhecer padrões além da capacidade humana, a IA está pronta para melhorar a precisão dos diagnósticos, otimizar planos de tratamento e melhorar os resultados dos pacientes. 

Por exemplo, diagnósticos impulsionados pela IA podem prever doenças antes que se manifestem, possibilitando cuidados preventivos que reduzem significativamente os custos de saúde e melhoram a qualidade de vida. Imagine pode escanear o corpo por completo para detectar câncer em estágios iniciais o que eleva e muito a probabilidade de cura? É assim que a Prenuvo vem fazendo com a utilização de IA.

No entanto, essa transformação traz desafios. Considerações éticas, privacidade de dados e o potencial da IA para substituir empregos na saúde são preocupações significativas. O equilíbrio entre aproveitar a IA para melhorar a saúde e abordar esses desafios moldará o futuro do campo médico.

MUDANÇAS GEOPOLÍTICAS: A NOVA ORDEM MUNDIAL

A influência da IA se estende além das fronteiras, remodelando os cenários geopolíticos. Nações que utilizam a IA de maneira eficaz ganharão vantagens competitivas sem precedentes, levando a mudanças nas dinâmicas de poder global. Países como China e EUA já estão investindo fortemente em pesquisa e desenvolvimento de IA, reconhecendo seu potencial para fortalecer suas capacidades econômicas e militares.

Essa competitividade impulsionada pela IA redefinirá as relações internacionais. Alianças serão formadas com base na proeza tecnológica, em vez de considerações geopolíticas tradicionais. Nações menores com avanços significativos em IA podem ter uma influência desproporcional, moldando políticas e estratégias globais.

DESAFIOS PARA AS NAÇÕES EMERGENTES

Infelizmente, essa revolução não será igual para todos. As nações emergentes, que já enfrentam dificuldades para acompanhar o ritmo das nações desenvolvidas, encontrarão ainda mais barreiras. A lacuna tecnológica se ampliará, dificultando que essas nações possam competir em pé de igualdade. A infraestrutura tecnológica limitada, a falta de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, e a escassez de profissionais qualificados são obstáculos significativos.

Essa disparidade tecnológica pode levar a um ciclo de dependência, onde as nações emergentes se tornam cada vez mais dependentes das tecnologias desenvolvidas por países mais avançados. Além disso, a concentração de poder tecnológico nas mãos de poucas nações pode exacerbar as desigualdades globais, criando um cenário onde o progresso é monopolizado e o desenvolvimento global é desequilibrado.

MODELOS ECONÔMICOS NA ERA DA IA 

As implicações econômicas da IA são profundas. Funções tradicionais estão sendo cada vez mais automatizadas, levantando questões sobre o futuro do trabalho e da tributação. À medida que a IA assume mais tarefas, a base de nossos sistemas tributários, que se baseia no trabalho humano, precisará ser repensada.

Uma solução potencial é a implementação de uma Renda Básica Universal (RBU), financiada por impostos sobre IA e automação. Isso garantiria que, mesmo com o desaparecimento de empregos, as pessoas tenham meios de viver e contribuir para a economia. Além disso, a IA poderia levar a uma economia deflacionária, onde o custo de bens e serviços cai significativamente devido à automação e à maior eficiência.

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ALTERANDO O PATAMAR DA RECEITA MARGINAL 

Independentemente do nível de desenvolvimento de um país, todas as nações compartilham necessidades básicas atendidas por serviços e indústrias variadas. Contudo, nos países desenvolvidos, o patamar da receita marginal é substancialmente superior ao dos países subdesenvolvidos. Isso se deve à maior eficiência, inovação e capacidade de escalar serviços e produtos de alto valor agregado.

A IA tem o potencial de contribuir significativamente para a mudança desse patamar de receita marginal nos países subdesenvolvidos, automatizando processos, otimizando a utilização de recursos e gerando novas oportunidades de negócios. Ao reduzir custos operacionais e aumentar a produtividade, a IA pode ajudar esses países a competir em um nível mais alto, criando um ambiente onde a inovação pode prosperar e impulsionar o crescimento econômico.

NAVEGANDO NO FUTURO IMPULSIONADO PELA IA 

A revolução da IA é inevitável, e seu impacto na saúde, geopolítica e modelos econômicos será profundo. À medida que nos encontramos à beira dessa nova era, é crucial engajarmos em discussões reflexivas e planejamento proativo. 

Em conclusão, a revolução da IA oferece oportunidades e desafios incomparáveis. Ao entender e abordar as implicações da IA, podemos moldar um futuro que seja equitativo, próspero e sustentável. Não se trata apenas de sobreviver à revolução da IA, mas de prosperar nela, garantindo que a humanidade atinja novos patamares de inovação e realização.

Referências Bibliográficas:

  • Gada, Kartik. “AI Geopolitical View”. AI StartSe Lesson 3: Geopolitics, April 11, 2024.
  • Brynjolfsson, Erik, and McAfee, Andrew. “The Second Machine Age: Work, Progress, and Prosperity in a Time of Brilliant Technologies.” W.W. Norton & Company, 2014.
  • Musk, Elon. “Artificial Intelligence: The Future of Humanity.” TED Talk, 2017.
  • Schwab, Klaus. “The Fourth Industrial Revolution.” World Economic Forum, 2016.
  • Ford, Martin. “Rise of the Robots: Technology and the Threat of a Jobless Future.” Basic Books, 2015.

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