A 4Vision deixou o mercado mobile de lado para desenvolver tecnologias voltadas à Indústria 4.0

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A 4Vision deixou o mercado mobile de lado para desenvolver tecnologias voltadas à Indústria 4.0

Startup fundada por colegas que trabalhavam em laboratório da UFSC muda foco de negócios e aposta agora em visão computacional para o futuro da manufatura.

Startup fundada por colegas que trabalhavam em laboratório da UFSC – entre eles o CEO Eros Comunello (foto) – muda foco de negócios e aposta agora em visão computacional para o futuro da manufatura.

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Pesquisar, desenvolver e oferecer soluções em processamento digital de imagens e reconhecimento de padrões por meio de inovações tecnológicas. Em resumo, este é o propósito da
4Vision, startup com sede em Florianópolis que, após começar no mercado de aplicativos mobile, passou a desenvolver novos serviços para a indústria e o varejo nacional com base em novas tecnologias de visão computacional.

A trajetória da empresa que tem na operação os sócios fundadores Eros Comunello (CEO), Adiel Mittmann (diretor de Tecnologia) e Leandro Cose (diretor Financeiro), além de uma equipe de desenvolvimento, passa pela experiência profissional e amizade que vem dos tempos de trabalho na Universidade Federal de Santa Catarina e algumas mudanças no modelo de negócio.

Depois de abandonar o mercado de aplicativos, os três sócios e os cinco colaboradores hoje se dedicam totalmente à área de visão computacional. As perspectivas são boas: além de participar da Vertical Manufatura da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), começam a surgir novas demandas e contratos, especialmente na área de indústria.

A 4Vision tem como ponto de partida o Instituto Nacional para Convergência Digital, laboratório da UFSC ligado ao departamento de Informática e Estatística, onde os sócios fundadores trabalhavam até meados da década. Durante anos eles fizeram diversas pesquisas e compartilhavam o desejo de levar ao mercado e testar na prática o conhecimento e algumas ações desenvolvidas na universidade.

Equipe na sede da empresa, no bairro da Trindade, em Florianópolis. Ainda próximos da UFSC e das origens no laboratório.  

A startup foi oficialmente criada em 2012, mas começou a operar no ano seguinte. Inicialmente, a ideia era atuar em dois segmentos, aproveitando os conhecimentos específicos dos fundadores: a área de visão computacional (reconhecimento de padrões e imagens, que era o “berço” da empresa, como lembra Eros) e desenvolvimento de softwares mobile, já que havia uma grande demanda do mercado.

“Nós sempre tivemos o desejo de desenvolver produtos próprios com foco em visão computacional. Mas como o mercado acabou inicialmente ditando como iríamos sobreviver, abraçamos muitos projetos na área de aplicativos mobile. Em paralelo, continuávamos pesquisando mercado e produtos na outra área que queríamos”, explica o CEO.

Há pouco mais de um ano, quando Eros estava envolvido em um programa de capacitação oferecido pelo Sebrae/SC para o desenvolvimento de novas empresas do polo de inovação e tecnologia da Grande Florianópolis, a startup “pivotou”: “fortalecemos a veia da visão computacional e encerramos os serviços mobile”, lembra o empreendedor.

Primeiro eles começaram experimentando soluções de visão computacional para dois mercados, varejo e indústria. No roadmap inicialmente previsto, a prioridade em 2018 seria o varejo, deixando a indústria para o ano seguinte. Mas se o varejo não se mostrou de portas tão abertas para esta tecnologia, no ambiente da indústria a receptividade – e a possibilidade de gestão de valor – foi bem diferente.

A startup já participava da Vertical Manufatura, um grupo da Acate que reúne cerca de 50 empresas com soluções para a indústria, e começaram a pesquisar a aplicação da tecnologia neste segmento. E deu um primeiro match: a solução de visão computacional ajudaria, por exemplo, a identificar produtos em uma esteira e passava informações para a operação de um braço robótico que faria a retirada destes produtos. Foi o ponto de partida de um protótipo que a 4Vision apresentou em um evento em Joinville no final de maio deste ano voltado a novas tecnologias para a indústria 4.0 (conceito que une conectividade e informações em tempo real para gestão da manufatura).

Como explica Eros: “a visão computacional se encaixa bem com os propósitos da indústria 4.0. Pode contabilizar diversos produtos ao mesmo tempo, fazer o monitoramento da produção, além de integrar a outras soluções da indústria, gerando informações”.

Confira o case completo na área de Economia Digital do Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae/SC

Reportagem: Fabrício Rodrigues, scinova@scinova.com.br