Inovação para fomentar o desenvolvimento

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Inovação para fomentar o desenvolvimento

Por meio do associativismo e da colaboração, as empresas podem aprender e inovar, desenvolvendo seus negócios ao passo que melhoram o meio social que estão inseridas

Por Ingrid Cirio*

A capacidade de inovar é  considerada atualmente uma das mais importantes características de organizações competitivas. Essa competitividade não engloba somente a excelência de desempenhos ou eficiência técnica das empresas ou produtos, como também a capacidade de desenvolver processos que tenham como objetivo a busca por novas oportunidades e a superação de obstáculos, tanto técnicos quanto organizacionais, através da aplicação do conhecimento.

O setor de tecnologia, por ser um meio para que outros setores atendam problemas e demandas sociais latentes e complexas, traz consigo, quase que naturalmente, a  necessidade de pensar em inovação a todo tempo. Em Santa Catarina este setor tem como forte representante a Associação Catarinense de Tecnologia e seus polos parceiros, os quais já entenderam que o tema Inovação deve estar presente no dia a dia de seus associados. Por conta disso, a associação, por meio de seus programas estratégicos, desenvolve ações arrojadas, contribuindo significativamente para o crescimento competitivo do setor.

Um de seus programas consiste em trabalhar não somente o desenvolvimento competitivo das empresas, mas principalmente a colaboração entre empresários de cada mercado, justamente por acreditar que o desenvolvimento e a inovação acontecem a partir de interações e conexões. Trata-se das Verticais de Negócios, grupos de empresários associados, criados com o objetivo de aproximar empresas que atuam em mercados semelhantes e complementares, a fim de estimular o associativismo, o networking, a cooperação em projetos e a geração negócios.

A Vertical de Agronegócio, por exemplo desenvolveu com parceiros um cluster  focado em levar inovação para a agricultura familiar, chamado Núcleo de Inovação Tecnológica da Agricultura Familiar (NITA). Seu objetivo principal é a promoção e articulação sinérgica de ações e atividades com vistas a ampliar a oferta e adoção de tecnologias e inovações nas atividades desenvolvidas pelos agricultores familiares e pescadores artesanais. A partir das ações do NITA, os empresários agem sobre as suas soluções já existentes e pensam em novos projetos, dado o contato direto com os produtores e a visualização de novas oportunidades de negócios baseadas nas demandas identificadas.

Por meio do associativismo e da colaboração, as empresas podem aprender e inovar, desenvolvendo seus negócios ao passo que melhoram o meio social que estão inseridas

Outro projeto que tem a inovação como essência é o Laboratório de Inovação Urbana que está sendo implementado no centro de Florianópolis. O projeto piloto iniciado em outubro de 2017 conta com a parceria entre a ACATE, a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) e a Prefeitura Municipal. O projeto surge a partir da visão de um grupo de empresários de Florianópolis que verificaram a necessidade de aproximar a tecnologia do dia a dia das pessoas. Para tanto, a rua Vidal Ramos, no Centro da capital catarinense, será transformada em uma rua inteligente, inicialmente com a instalação de roteadores de Wi-Fi e câmeras inteligentes, que poderão ser acessadas pelos comerciantes e órgãos de segurança pública. Posteriormente, serão colocadas a teste do público outras soluções que possam trazer melhorias gerais ao seu cotidiano.

A escolha da Vidal Ramos se deve por ser uma rua muito movimentada, perfeita para a validação de novas tecnologias tanto para as startups quanto para as grandes empresas que estão aprimorando ou redirecionando seus serviços. Por enquanto, a ACATE é neste caso representada pelos empresários das verticais de Segurança, Conectividade, Cloud Computing (Computação na Nuvem) e IoT (Internet das Coisas). Temos o objetivo de integrar mais verticais e promover parcerias entre as empresas.

As Verticais de Negócios são um exemplo claro de que a partir do associativismo e da colaboração, as empresas podem aprender e inovar cada dia mais, desenvolvendo seus negócios ao passo que melhoram o meio social que estão inseridas.

Ingrid Cirio é gestora das Verticais de Negócios
da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE)