Insights do Web Summit 2023: as perspectivas do Venture Capital e do investimento de empresas estabelecidas

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Insights do Web Summit 2023: as perspectivas do Venture Capital e do investimento de empresas estabelecidas

Os mecanismos de VC estão abandonando a busca por múltiplos ganhos rápidos, voltando-se para negócios mais sólidos e resilientes

Como destacou o analista do PitchBook, Dylan Cox, “os mecanismos de VC estão abandonando a busca por múltiplos ganhos rápidos, voltando-se para negócios mais sólidos e resilientes”. 


[16.11.2023]


Redação SC Inova, com informações de Marcus Rocha, gerente de Startups do Sebrae/SC e colunista do SC Inova, direto de Lisboa 

Depois do “inverno das startups”, qual é o futuro do venture capital para apoiar o desenvolvimento de novas tecnologias? O tema esteve no centro de alguns paineis e debates nos primeiros dias do Web Summit, que acontece nessa semana em Lisboa (Portugal). Como destacou Dylan Cox, analista da plataforma PitchBook, testemunhamos entre 2021 e 2023 uma queda significativa na atividade de VC, atingindo 70% do volume global disponível para esses mecanismos – uma realidade que desafia até mesmo os investidores mais experientes.

A conjuntura se acentua com as taxas de juros das principais economias atingindo os maiores patamares desde a crise de 2008/2009, uma resposta ao temor da crescente inflação. Esse ambiente adverso reflete diretamente na captação de investidores pelos mecanismos de venture capital, que atravessam um período desafiador.

Uma mudança de paradigma é evidente, segundo ele: os mecanismos de VC estão abandonando a busca por múltiplos ganhos rápidos, voltando-se para negócios mais sólidos e resilientes. A consequência direta é uma redução nos IPOs de startups, especialmente após a divulgação de resultados desanimadores e, em alguns casos, empresas em recuperação judicial ou falência.

A escassez de capital atinge em cheio as startups em estágio de estabilidade, quando o valuation atinge seu ápice. No entanto, esse desafio também cria oportunidades: diante da falta de capital, as startups tornam-se mais flexíveis nas negociações, proporcionando aos investidores condições para acordos vantajosos.

Surpreendentemente, ecossistemas menores emergem como protagonistas desse cenário desafiador, registrando crescimento expressivo em termos de VC. Uma tendência intrigante que merece atenção, pois pode revelar-se uma resposta inovadora aos desafios impostos pelo atual momento de incerteza.

STARTUPS E EMPRESAS ESTABELECIDAS NA TRILHA DA INOVAÇÃO 

Em um painel com participação brasileira – Artur Faria, CEO da Oxigea Ventures, e moderação do jornalista Gustavo Brigatto (Startups.com), além de Justin Jackson, da Pegasus Tech Ventures, a discussão se voltou para os investimentos em startups por empresas estabelecidas.

Artur enfatizou a importância de fortalecer o intercâmbio com ecossistemas de startups para identificar oportunidades desde os estágios iniciais, destacando a relação custo-benefício dessa abordagem. A Oxigea investe em startups de todos os estágios, inclusive pré-seed, adotando uma tese de investimento transversal.

Desafios surgem ao unir Corporate Venture Capital (CVC) com inovação aberta, especialmente quando há conflitos de propriedade intelectual em jogo. A Oxigea, ao manifestar interesse em uma startup, busca alinhar suas “listas de desejos” com a Braskem, garantindo convergência de interesses e recursos.

Justin, por sua vez, ressaltou a complexidade de gerenciar 39 fundos com diferentes investidores corporativos, alguns até competidores. Para ele, o cenário ideal seria ter empresas não concorrentes, mas da mesma cadeia produtiva, em um fundo. Além disso, ele enfatizou que ser um CVC vai além de investir — é necessário ser um acelerador e viabilizador de negócios. A cultura de domínio corporativo pode levar a ofertas hostis de compra quando uma startup tem sucesso, mas também pode criar novas unidades estratégicas de negócios com valores de mercado equivalentes a unicórnios.

Em meio a desafios e complexidades, fica evidente que os CVCs precisam buscar negócios relevantes para as corporações investidoras, construindo pontes sólidas entre a inovação e o sucesso corporativo.

*PS: este artigo teve a assistência de edição do ChatGPT, com edição final da equipe SC Inova

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