Somente em abril, foram gerados 1.249 empregos com carteira assinada em empresas de TI no estado. Dados do Observatório Acate mostram retomada em comparação com o primeiro quadrimestre de 2020, marcado pelo início da pandemia, que teve saldo negativo de 248 vagas de trabalho.
[FLORIANÓPOLIS, 24.06.2021]
Redação SC Inova, com informações da ACATE
O setor de tecnologia em Santa Catarina fechou o primeiro quadrimestre de 2021 com saldo positivo na geração de empregos: ao todo, foram criadas 4.117 vagas de trabalho formal (CLT) entre janeiro e abril. O melhor resultado foi no mês de abril, com 1.249 novos postos, o que coloca Santa Catarina em segundo lugar no país, atrás apenas de São Paulo, que registrou 3.309 novos empregos no setor – Minas Gerais criou 1.002 vagas, enquanto Paraná e Rio de Janeiro tiveram pouco mais de 700 contratações em TI.
Os dados são do Observatório da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério da Economia.
O resultado demonstra a rápida retomada do segmento após os impactos, principalmente, no início da pandemia. Nos primeiros quatro meses de 2020, Santa Catarina acumulou saldo negativo de 248 postos. Só em abril do ano passado, por exemplo, foram fechadas mais de mil vagas de emprego em SC.
“As empresas foram provocadas a produzir tecnologia e inovação desde o início da pandemia”, comenta o presidente da ACATE, Iomani Engelmann. “Agora, o segmento em Santa Catarina avança rapidamente para atender a essa demanda reprimida e as empresas, entidades e demais atores estão preparados para isso”.
Os dados mensais da geração de empregos em tecnologia no estado mostram que houve um período de oscilação desde o início da pandemia (ver quadro abaixo). Após três meses de queda, entre março e maio/20, o resultado foi positivo até o final do ano, quando foram registradas variações negativas entre novembro (-92 vagas) e dezembro (-366).
A percepção do setor é que, passado o impacto da pandemia, as atenções voltem à necessidade de formação técnica e profissionalizante. “Santa Catarina, assim como o restante do país e mundo, enfrenta um grande desafio no setor de tecnologia da informação, que é a busca por profissionais capacitados para suprir uma demanda maior do que a oferta”, diz Moacir Marafon, vice-presidente de Talentos da Acate. “É algo a ser enfrentado de forma coletiva, num esforço conjunto entre instituições de ensino, empresas e associações. Afinal, também é uma oportunidade para a inclusão social de novos talentos”.
Uma das iniciativas recentes para qualificar essa mão de obra é o programa DEVinHouse, parceria entre Senai, Acate e empresas associadas, que começou em novembro de 2020 com 40 alunos e duração de nove meses. Ao final do curso, uma parte deles será contratada pela empresa patrocinadora. Em maio, foram abertas novas inscrições para o DEVinHouse. Para 2021, estão previstas mais quatro turmas, com perspectiva de formação de pelo menos 225 desenvolvedores neste ano.
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