Tecnologia contra Covid-19: Sensorweb desenvolve higienizador para hospitais com leitura biométrica

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Tecnologia contra Covid-19: Sensorweb desenvolve higienizador para hospitais com leitura biométrica

Sistema digital da empresa catarinense deve ser disponibilizado em breve a unidades de saúde e pretende reduzir transmissão do vírus.

Sistema digital desenvolvido pela empresa catarinense deve ser disponibilizado em breve a unidades de saúde e pretende reduzir transmissão do vírus. Imagem: Divulgação Sensorweb


[FLORIANÓPOLIS, 12.05.2021]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa

Um sistema inteligente de higienização de mãos com potencial de reduzir o número de infecções hospitalares e surtos por bactérias ou vírus, como a Covid-19, em ambientes hospitalares. Esta é a novidade que a startup catarinense Sensorweb, de Florianópolis, está desenvolvendo e que deve começar a ser produzida em escala industrial nos próximos meses. 

“As mãos estão entre os principais vetores de transmissão de agentes infecciosos em hospitais, clínicas e centros cirúrgicos, por isso, é importante fazer a higienização em momentos específicos como no começo do procedimento médico, antes de tocar no paciente ou após manipular equipamentos”, comenta o CTO  Victor Rocha Pusch. 

A partir disso, a ideia é conceber um sistema que permite rastrear de maneira confiável o horário de uso e a quantidade de vezes que cada profissional utiliza o higienizador, “registrando essas informações em uma plataforma de inteligência que vai identificar as áreas com maior aderência e onde é preciso reforçar a orientação de higienizar as mãos, permitindo a gestão dos programas de combate de infecção hospitalar”, destaca o diretor de tecnologia da startup.

A primeira versão do dispositivo conta com uma unidade óptica de biometria para leitura de palma de mão acoplado mecanicamente a um dispenser comum, de marcas já existentes no mercado. Também foi desenvolvido um software com uso de Inteligência Artificial para reconhecimentos de padrões que consegue uma taxa próxima de 100% na identificação da pessoa que utilizou o sistema por meio das mãos — ele funciona como uma espécie de impressão digital e faz a leitura sem toque por meio de processamento de imagem que consegue identificar as veias da palma da mão, únicas para cada pessoa cadastrada no sistema.

O resultado está sendo apresentado a instituições pioneiras (hospitais públicos e particulares de médio e grande porte) a fim de avaliar o retorno sobre a utilidade do sistema. 

IDEIA NASCEU EM PARCERIA COM OUTRA STARTUP DE SC

Segundo o CTO da Sensorweb, a intenção de criar o produto surgiu há cerca de quatro anos, em parceria com a Neoprospecta, também de Florianópolis (SC), que faz sequenciamento genético de agentes de infecção em hospitais, indústrias alimentícias e edifícios de grande porte, e já observava o problema do controle de higienização de mãos. Iniciou-se então um projeto conjunto de pesquisa e desenvolvimento completo, com a parte óptica, eletrônica, de Inteligência Artificial e a criação do software gerencial do sistema, o que originou o produto funcional.

A espera pelo investimento adicional para desenvolvimento da solução em massa veio pelo edital FINEP Covid, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Na ocasião, a Financiadora selecionou iniciativas de todo o país que pudessem contribuir no combate à pandemia de Covid-19. O higienizador de mãos foi aprovado pelo edital com R$ 833,8 mil em recursos vindos da estatal e contrapartida de R$127,7 mil da Sensorweb.

“Houve uma coincidência interessante entre a gente ter o projeto sendo desenvolvido, a necessidade de levá-lo para a etapa de industrialização, e o fomento público para acelerar esse projeto em virtude da pandemia de Covid-19”, destaca Douglas Pesavento, CEO da Sensorweb.

“Profissionais de saúde adquirem a doença em seus ambientes de trabalho e pacientes internados por outros motivos estão sujeitos a contaminação em ambiente hospitalar. Então, a partir do momento que conseguimos determinar e controlar em determinada unidade de saúde as boas práticas de higienização de mãos são cumpridas e havendo um programa contínuo de controle de infecção aliado a uma tecnologia que suporta isso, acreditamos que na instituição monitorada a transmissão viral será reduzida”, diz o CEO.

Em abril passado, o monitoramento Farol Tech listou, em primeira mão, todos os projetos de empresas catarinenses aprovados pelo edital voltado a inovações contra a Covid-19.

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