Projeto catarinense apoiado por universidade dos EUA busca novas rotas tecnológicas para valorização do fruto amazônico, aliando ciência, impacto social e economia circular. / Foto: Canva
[FLORIANÓPOLIS, 13.05.2025]
Redação SC Inova, com informações do SENAI
Um projeto de pesquisa liderado pelo Instituto SENAI de Tecnologia Ambiental, em Santa Catarina, está desenvolvendo rotas tecnológicas para transformar os resíduos do açaí em produtos de alto valor agregado. A iniciativa conta com aporte de US$ 18 mil do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e aposta em soluções sustentáveis com impacto social e econômico para a região amazônica.
Apesar da popularidade do açaí, apenas 30% do fruto é aproveitado como polpa — os outros 70%, compostos majoritariamente por sementes, são descartados. “Nosso projeto representa um modelo de cooperação internacional que une ciência aplicada, inovação sustentável e valorização das comunidades locais. O objetivo é gerar soluções com impacto real, potencial de escalabilidade e formação de talentos com experiência prática”, afirma Fabrízio Pereira, diretor-regional do SENAI/SC.
Ao longo de quatro fases — diagnóstico, ideação, prototipagem e validação — a pesquisa pretende desenvolver produtos como carvão ativado, materiais de construção e outros subprodutos a partir do bagaço do açaí. A Cooperativa Amazonbai, sediada na Ilha do Marajó, será a fornecedora da matéria-prima.
“Do ponto de vista ambiental, promovemos o aproveitamento de resíduos e combatemos o descarte inadequado na cadeia do açaí. No aspecto social, fortalecemos as comunidades locais com geração de renda e acesso à capacitação”, explica Jocinei Dognini, pesquisador do Instituto SENAI de Tecnologia Ambiental.
Além do viés ambiental e social, o projeto busca também impacto econômico por meio de soluções escaláveis com potencial de retorno financeiro. “Tudo isso se conecta com o desenvolvimento científico e educacional, ao integrar pesquisa aplicada, inovação e parcerias internacionais”, complementa Dognini.
Além do Instituto SENAI de Tecnologia Ambiental, participam do projeto o UniSENAI Blumenau, a Cooperativa Amazonbai, a Universidade Federal do Pará, o Instituto Tecnológico da Vale e o Departamento de Bioengenharia do MIT.
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