A passos de unicórnio, empresa catarinense – que deve abrir capital na Bolsa ainda neste ano – quer usar a inteligência artificial desenvolvida pela legaltech para agilizar processos.
A Neoway, empresa catarinense que fornece serviços de análise de dados (big data), anunciou no início desta semana (10.06), a aquisição da startup brasiliense LegalLabs, especializada em mineração de dados e inteligência artificial aplicada ao Direito, por US$ 26 milhões, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.
Esta é a segunda aquisição da Neoway no ano e marca a entrada da empresa na oferta de serviços de big data e inteligência artificial (IA) para o setor jurídico. A ideia é usar a tecnologia desenvolvida pela legaltech para agilizar processos e tentar prever o tipo de decisão que pode ser tomada, com base no histórico de arquivos que a empresa já dispõe – o potencial de clientes são bancos e seguradoras. A primeira aquisição, da plataforma de IA para campanhas digitais Sevennova, por US$ 15 milhões, colocou a catarinense no mercado de marketing online.
A LegalLabs nasceu como parte de um programa de pesquisa e desenvolvimento em Direito e Tecnologia chamadao DireitoTec, na Universidade de Brasília. Segundo o fundador Ricardo Fernandes, que também é professor na Faculdade de Direito da UnB, a ideia era trazer desenvolvedores para criarem projetos de inovação na área e, para poder remunerá-los, criaram um projeto privado, do qual resultou, em 2016, a LegalLabs.
A inspiração foi o CodeX: The Stanford Center for Legal Informatics, programa da Universidade de Stanford (EUA) que reúne pesquisadores, advogados, empreendedores e especialistas. A Legal Labs lançou, em 2017, a primeira robô-advogada do Brasil, batizada de Dra. Luzia, com o objetivo de ampliar a eficiência às execuções judiciais – recentemente, a tecnologia tem sido usada também por procuradorias de Estado.
A PASSOS DE UNICÓRNIO
O anúncio é mais um passo para a Neoway, fundada em Florianópolis pelo engenheiro Jaime de Paula, em 2002, entrar no clube dos “unicórnios”, as disruptivas empresas de tecnologia com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão – como diversos especialistas e estudos do mercado já consideram como uma questão de tempo.
Até o início de 2020, a empresa deve fazer sua primeira oferta de pública de ações (IPO) na Bolsa. Não se sabe ainda se será no mercado norte-americano ou brasileiro, mas há três semanas a Nasdaq parabenizou em seu telão a Neoway (foto) por ter sido eleita a “líder em inovação digital em 2019” pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. A empresa, que não divulga faturamento, espera uma expansão de pelo menos 50% na receita neste ano.
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