Estudo realizado com 1180 empresas mostra que 77% das respondentes tiveram queda de receitas nos últimos meses, enquanto 13% ampliaram negócios. Iniciativa é da Resultados Digitais, Endeavor e PEGN.
[FLORIANÓPOLIS, 17.06.2020]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br
A pandemia da Covid-19 gerou uma mudança drástica na economia global e no ambiente de negócios. Em muitos casos – como no setor de serviços, comércio e turismo – os impactos foram imediatos e brutais, enquanto outras áreas acabaram tendo alguma sobrevida maior nestes primeiros meses e alguns até foram beneficiados em função da natureza de serviços.
Uma pesquisa com 1180 empresas divulgada nesta quarta (17.06) pela Resultados Digitais – líder em software para marketing digital no país – a ONG de empreendedorismo Endeavor, com apoio da revista PEGN, mostra que 77% dos entrevistados tiveram queda nas receitas nos últimos meses – sendo que 39% reportaram perdas entre 40% e 100% do faturamento no período. Apenas 13% das empresas disseram que as receitas cresceram desde o início da pandemia.
A maioria dos participantes da pesquisa são pequenas e médias empresas (54,5%), seguido por microempresas (31%) e empreendedores individuais (12,5%) – principalmente das regiões Sudeste (59,7%) e Sul (26,6%).
Os setores mais afetados foram Turismo & Lazer (-80,8%), Eventos (-67,4%), Varejo e Pequenos Comércios (-47,2%). Já que apresentaram os menores impactos foram E-commerce (-5,8%), Financeiro, Jurídico e serviços relacionados (-14,8%) e empresas de Software e Cloud (-17,2%). As empresas que vendem serviços para o mercado corporativo (B2B) tiveram uma queda de faturamento menor (-29,3%) do que as tem como público-alvo o consumidor final (B2C), com impacto de -46%.
Mais da metade das empresas que participaram do levantamento (52,4%) disseram ter disponibilidade de caixa para seis meses a partir do início da crise – o que pode levar ao fechamento de muitos negócios caso a situação se prolongue pelo segundo semestre deste ano.
Já as scale-ups, empresas que crescem pelo menos 20% ao ano por um período de três anos consecutivos, os impactos foram 11,5% menores do que a média geral e 17,1% das respondentes tiveram crescimento na receita. Metade delas afirmou ter um pouco mais de fôlego de caixa do que nas PMEs (até 9 meses).
PLANOS DE CONTINGÊNCIA E O FUTURO DO HOME OFFICE
Em função da necessidade de isolamento social, 3 em cada 4 empresas passaram a usar o trabalho remoto e horários flexíveis desde o início da pandemia – e quase 30% dos respondentes indicaram que esta modalidade de trabalho será mantida permanentemente a partir de agora. Outro ponto relevante do estudo é que, quanto mais funcionários, maior a adoção do trabalho remoto nas empresas: 92,2% das que tem mais de 200 colaboradores aderiram a este modelo.
Com relação aos planos de contingência que foram adotados como resposta à crise, os mais comuns foram o desenvolvimento e lançamento de novos produtos e serviços (52,9%) e a migração do modelo de vendas e atendimento para online ou delivery (36,5%). Entre as principais preocupação do momento, estão a melhoria do marketing e vendas (70,9%) e o fluxo de caixa (66,4%).
O que ficou claro para a grande maioria das empresas (85%) é a necessidade de testar novas estratégias para o negócio, seja mudando o portfólio de produtos, os canais de venda e a forma de relacionamento com os clientes – tudo isso em um ambiente cada vez mais digital, segundo responderam 77,9% dos empresários, diretores e gestores.
Para acessar a pesquisa completa, clique aqui.
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