Ainda há quem se sinta fora da conversa sobre inovação. Ainda há empresas que não sabem por onde começar. / Foto: Robert Boyer (Unsplash)
[11.07.2025]
Por Maria Regina Runze, presidente do Núcleo de Tecnologia e Inovação da ACIJ e CEO da WeShine Consulting
Quanto mais a gente fala sobre inovação, mais me dou conta de quantas pessoas ainda se sentem de fora desse universo. A linguagem, os jargões, os rótulos — tudo isso pode afastar justamente quem mais precisa se aproximar.
Recentemente, assumi a presidência do Núcleo de Tecnologia e Inovação (NIT) da Associação Comercial e Industrial de Joinville (ACIJ). E, para mim, essa responsabilidade carrega um propósito muito claro: construir pontes entre mundos que ainda não se falam com naturalidade.
É sobre traduzir a inovação para quem está na linha de frente da economia tradicional — indústrias, comércios, prestadores de serviço, turismo, saúde — e que muitas vezes acham que “isso não é pra eles”.
Mas é. E precisa ser.
Joinville já avançou muito nesse tema. Somos reconhecidos nacionalmente pelo nosso ecossistema forte, por cases incríveis, por iniciativas que nasceram da união entre empresas, universidades, setor público e sociedade civil. Muita coisa boa já foi construída — e é com respeito a esse caminho que seguimos em frente. Ainda assim, há espaço para evoluir. Ainda há quem se sinta fora da conversa sobre inovação. Ainda há empresas que não sabem por onde começar.
Com as mudanças aceleradas que estamos vivendo, inovação deixou de ser um diferencial para se tornar uma necessidade. E não estamos falando só de tecnologia de ponta ou disrupção. Estamos falando de fazer diferente, com estratégia, escuta e intenção. Estamos falando de melhorar processos, mudar mentalidades, criar novas formas de gerar valor.
Hoje, já existem ferramentas acessíveis, tecnologias disponíveis e caminhos possíveis para tornar negócios mais competitivos — mesmo com estruturas enxutas. O que falta, muitas vezes, é o primeiro passo. É o convite certo. É a ponte.
É isso que queremos fazer no NTI nessa nova gestão: democratizar o acesso à inovação e gerar impacto coletivo, conectando quem está pronto pra se reinventar com quem pode ajudar nesse processo. Fazer parte do núcleo é estar em uma rede que compartilha tendências, abre portas, troca aprendizados e resolve problemas juntos. É ter com quem contar quando o desafio chega. É poder contribuir quando a solução está na sua mão. É espírito de colaboração, de ganha-ganha, de evolução conjunta.
Porque no fim das contas, inovar não é sobre ter todas as respostas — é sobre fazer as perguntas certas, com coragem, com propósito e com gente boa ao redor para construir junto.
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