O salto da CoBlue: ao atender grandes empresas, a importância de uma infraestrutura resiliente e segura para crescer

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O salto da CoBlue: ao atender grandes empresas, a importância de uma infraestrutura resiliente e segura para crescer

Projeto de modernização e reestruturação da arquitetura cloud teve impacto significativo na oferta de serviços e expansão da startup catarinense.

Projeto de modernização e reestruturação da arquitetura cloud teve impacto significativo na oferta de serviços e potencial de expansão da startup catarinense, pioneira na metodologia de OKRs no país. / Foto: CoBlue


[BALNEÁRIO CAMBORIÚ/BLUMENAU, 29.07.2020]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br 

A CoBlue, startup especialista em gestão contínua e que desenvolve uma plataforma para empresas que buscam alta performance, surgiu em 2014 com uma proposta de valor inovadora: levar uma cultura de gerenciamento às empresas baseada na metodologia de Objectives and Key Results (OKR), ou seja, a definição de um objetivo/meta a ser atingida e a análise dos resultados-chave que indicam sucesso ou não da estratégia, com medições de curto prazo.

Mas a metodologia, sucesso no Vale do Silício desde a década de 1990, ainda era uma completa desconhecida no Brasil, apesar de já ter adeptos entre empreendedores e algumas startups. “Fomos a primeira solução do país em OKRs, e não havia cultura desse modelo pelo menos até 2018”, lembra George Eich, CEO e cofundador da CoBlue. Nestes primeiros anos, a empresa fez uma fusão com a paulista 2trues e hoje conta com escritórios em São Paulo e no estado onde tudo começou, Santa Catarina.  

Um ponto-chave que ajudou a disseminar a cultura de OKRs e gestão ágil foi o case de implantação do serviço – fornecido por meio da plataforma online – na telecom Nextel, para 1,2 mil funcionários. A partir dali, o perfil de clientes da CoBlue mudou, passando de empresas de pequeno e médio porte – em geral do setor de tecnologia, mais aderentes a novas ferramentas de gestão – para grandes companhias, como a Kroton (atual Cogna Educacional).

A mudança significativa no mercado nos últimos meses levou a um crescimento acelerado da empresa: hoje são 38 colaboradores, com perspectiva de chegar a 50 nos próximos meses. Ao mesmo tempo, a ampliação do volume de usuários obrigou uma readequação da infraestrutura de serviços em nuvem

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“Com esse crescimento, chegamos a quadruplicar o número de máquinas em uso para suportar o sistema, o que gerou custos elevados. Vimos que, estrategicamente, era hora de melhorar a qualidade e reduzir custos, então passamos por um processo de modernização da nossa infraestrutura de cloud”, lembra George.

O projeto de modernização e reestruturação da arquitetura, conduzido pela DATI Soluções em TI, teve impacto significativo na oferta de serviços e perspectiva de crescimento da CoBlue. Se no início o carro-chefe eram os OKRs, agora a empresa desenvolve outras soluções utilizadas em larga escala pelas corporações, como avaliação de desempenho, planos de desenvolvimento individual e feedbacks.  

“Antes, tínhamos em média 20 a 100 usuários por cliente e, quando passamos a atender grandes empresas, contas enterprise, passamos a atender mais de 10 mil usuários por cliente. As empresas menores usavam OKRs, enquanto as maiores buscavam avaliações de desempenho, que geralmente são feitas num mesmo período, gerando picos de acesso simultâneo. Antes a gente precisava monitorar ‘na mão’ e sentíamos uma dificuldade maior na performance”, lembra Hubert Streich Filho, diretor de tecnologia na CoBlue.

Com um melhor uso da nuvem AWS, utilizando de recursos escaláveis, o sistema hoje acaba consumindo menos recursos computacionais em grande parte do tempo, gerando um custo menor, e aumentando automaticamente durante os horários de pico. “Também temos ambientes distintos para teste e produção, isso foi bem importante para o nosso time de TI. Ainda temos algumas ferramentas para analisar e outras a serem implementadas, mas agora estamos mais confiantes. Mesmo tendo um sistema robusto e completo, percebemos uma grande melhoria de performance” completa o CTO.

Para Diego Alexandre, CEO da DATI, responsável pelo projeto, “o desafio da CoBlue de ganhar escala é similar à maioria das startups. É normal que se crie um produto voltado às necessidades do cliente, entregue valor, faça muitas vendas, a empresa ganha corpo e comece a escalar o número de usuários. É nesse momento que o uso de melhores práticas na infraestrutura de cloud começa a fazer total sentido e é nesse momento que os clientes nos procuram”.

Equipe da DATI: melhores práticas na construção da infraestrutura cloud é fundamental para suportar crescimento da demanda. / Foto: Josie Cenci

“Quando sentamos para entender a demanda da CoBlue, nos foi solicitado alguns pontos-chave, entre eles a questão de passagem de conhecimento. E é isso que viemos fazendo até então. Acreditamos que não existe ganho de longo prazo se retermos informação e conhecimento, o cliente precisa se sentir confortável com a plataforma de cloud utilizada, saber operar os recursos e a todo momento entender os passos que estamos dando na construção do ambiente”, reforça.

NECESSIDADE DE NOVA CULTURA DE GESTÃO PÓS-PANDEMIA

A CoBlue conta atualmente com mais de 100 mil pessoas cadastradas em sua plataforma de gestão e a perspectiva é que este número cresça de maneira ainda mais acelerada no pós-pandemia. “De maneira geral, o que nos propomos a fazer é ajudar as empresas a entender que o mundo mudou, mas a gestão não percebeu e não se adaptou às mudanças, manteve aquela visão de comando/controle, de fazer um planejamento anual. A pandemia mostrou o poder da imprevisibilidade, de ter que parar e renegociar. Muitos clientes que atendemos hoje já mudaram para uma mentalidade mais ágil, de revisão trimestral do planejamento”, resume George.

“A pandemia mostrou o poder da imprevisibilidade, de ter que parar e renegociar”, George Eich, CEO da CoBlue

Como resultado, a empresa espera dobrar de tamanho em 2020 frente ao ano passado – os resultados de 2019 já devem ser superados agora no mês de julho, antecipa o CEO, que usa a experiência de piloto de kart como recomendação às empresas afetadas pela Covid-19:

Gerenciamento na crise é como pilotar: quanto mais rápido você entra numa curva, mais velocidade vai perder. A saída é saber como entrar, pisar fundo no meio dela para sair de maneira mais rápida”.

“Nesse momento de crise, nossa missão é estar mais perto dos nossos clientes e apoiá-los na redução de custos de infraestrutura em função do menor volume de acessos e redução de jornada.  E isso também só está sendo possível por conta da possibilidade de ligar e desligar recursos na nuvem e pagar somente pelo uso. Nestes momentos de menor demanda, o custo também cai no final do mês”, comenta Diego, da DATI.

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