O momento é de investir no exterior. Mas como selecionar os melhores ativos?

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O momento é de investir no exterior. Mas como selecionar os melhores ativos?

“O mercado de tecnologia é um caminho, mas exige atenção e especialização, principalmente em negócios que podem mudar de estratégia

“O mercado de tecnologia é um caminho, mas exige atenção e conhecimento especializado, principalmente em negócios que podem mudar de estratégia e apresentar variações de consumo e geração de caixa com relativa frequência”. / Foto: Nicholas Cappello (Unsplash)


[23.09.2021]


Por Thiago Lobão, CEO e gestor do Newton Tech Fund*

Com o Ibovespa apresentando um resultado desastroso de rentabilidade ao longo de 2021, pipocam análises e memes sobre investimentos no exterior. A dúvida é onde investir lá fora – renda fixa, renda variável, ações tradicionais, ações em tecnologia, índices, para onde seguir?

Investir no exterior é algo cada vez mais necessário em qualquer estratégia de diversificação de investimentos. Talvez a resposta envolva montar posições em todas as alternativas citadas no parágrafo anterior, podendo variar muito conforme objetivo e perfil de risco de cada investidor.

Particularmente, defendemos fortemente a alocação em ações globais de empresas de base tecnológica. Tratam-se de ativos que transformam mercados e geram valor em velocidade exponencial, quebrando paradigmas sobre quanto o preço de uma ação pode evoluir ao longo do tempo.

Numa visão de alocação de médio a longo prazo, ter exposição à tecnologia é mais do que necessário, não somente em ativos já conhecidos do grande público (como as FAAMGs – Facebook, Apple, Amazon, Microsoft e Google), mas também em empresas que estão atualmente na iminência de alcançar novos patamares de crescimento.

São inúmeras as verticais tecnológicas que merecem atenção, muitas delas exigentes de um bom nível de conhecimento técnico para investir (especialmente quando falamos de temas como Semicondutores, Segurança Cibernética, Infraestrutura em Nuvem, como exemplos). O investidor tende a se sentir afastado pela complexidade de alguns dos ativos em questão (empresas como ASML, LAM Research, Okta, Crowdstrike, SentinelOne, Datadog, entre outros).

Diante de um cenário de complexidade, destacam-se dois principais caminhos a seguir: (i) a estratégia passiva, de se posicionar em um índice de referência, analisando rentabilidade e volatilidade histórica (os conhecidos ETFs); (ii) a estratégia ativa, de compor um portfólio de techs próprio ou buscar um fundo com equipe especializada para seleção dinâmica dos melhores ativos para investir.

Acreditamos que uma combinação de estratégias, contando com uma alocação em gestor especializado, pode gerar grande valor ao investidor em tecnologia, trazendo consciência sobre o que efetivamente está ocorrendo no mercado e seus ativos.

Não adianta investir num índice tech e não acompanhar ativamente as evoluções de negócio de suas alocações – o mercado de tecnologia exige atenção e conhecimento especializado, principalmente em negócios muito dinâmicos, que podem mudar de estratégia e apresentar variações de consumo e geração de caixa com relativa frequência.

A IMPORTÂNCIA DE DEMOCRATIZAR O ACESSO A AÇÕES TECH

Contar com o apoio de alguém técnico pode ser muito bem-vindo. Além de metas de desempenho expressivas, acima da grande maioria dos ETFs de mercado, é fundamental prover informações e análises detalhadas ao investidor, mantendo a preocupação de simplificar o complexo em toda a nossa comunicação.

Não é tarefa fácil, mas é recompensador romper o paradigma de democratizar o acesso a ações tech no mercado nacional – não apenas estimulando a escolha de papéis mais tradicionais, mas trazendo conhecimento sobre empresas que estão gradativamente se transformando nas empresas de trilhão do futuro.

E como identificar essas empresas? Além de rodar um modelo fundamentalista de análise, gostamos de mapear empresas de base tecnológica que estão na iminência de começar a gerar caixa operacional. Muitas techs na bolsa ainda são consumidoras de caixa em suas operações (o que chamamos internamente de Hopes).

Gostamos também de olhar ativos nos quais historicamente o consumo de caixa diminui trimestre a trimestre e decidimos aprofundar análise e montar posições de investimento em momentos antes de uma inflexão para resultados superavitários de caixa. Na prática, não fazemos isso “no olho”, mas sim por meio de um algoritmo interno de varredura de ações potencialmente geradoras de caixa, que cobre todo o conjunto de ações tech da Nasdaq e NYSE.

Ao identificar empresas com o comportamento rumo à geração de caixa, nosso algoritmo (carinhosamente apelidado de Arquimedes) indica à equipe de gestão os papéis com maior potencial de rentabilidade, que são analisados em modelo fundamentalista. E assim começa o jogo de montar um portfólio de Tech Stocks, e um dos fundos mais rentáveis dentre todas as alternativas de investimento possíveis.


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