Moda phygital: alunos da Udesc apresentam coleção em 3D em evento para novos talentos

Projeto foi executado pela empresa Lightcave e será apresentado na 12a. edição do Observatório de Culturas e Tendências Antecipadas, que abre no dia 06.12 em Florianópolis. / Imagem: Divulgação  

[FLORIANÓPOLIS, 01.12.2023]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa

O Octa Fashion – Observatório de Culturas e Tendências Antecipadas, evento que serve como vitrine para novos talentos na cena da moda catarinense, chega à 12ª edição com uma exposição phygital de 50 coleções dos formandos em Moda do Centro de Artes, Design e Moda (Ceart) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). A exposição abre ao público no Museu da Escola Catarinense (Mesc) no dia 6 de dezembro e pode ser visitada até o dia 27 de janeiro.

O destaque fica com as coleções digitais apresentadas em formato digital 3D. Os projetos foram executados pela Lightcave, produtora de mídias interativas e coletivo de designers, desenvolvedores, criativos e nerds de São Paulo, especializada em realidade virtual, realidade aumentada, vídeos 360 e games. Já a edição de vídeo 3D foi realizada pela Sielski Studio.

“Foi nosso primeiro trabalho na moda e convidamos Monique Mikus, especialista no software CLO 3D, para este projeto. Foram 50 alunos, é como se fossem 50 clientes únicos. O maior desafio foi interpretar os projetos dos alunos e entender como aquilo ia funcionar na prática. Foi super bacana”, comenta Alex Sartorio Coelho, fundador da LightCave, que já fez projetos para empresas como  Bradesco, Toyota, Heineken, Volkswagem, ESPN, Hyundai, Kidde e outras.

Para a Designer de Moda 3D freelancer Monique Mikus, de Camboriú (SC), a ferramenta é importante porque permite que o profissional visualize como uma roupa irá vestir no manequim com as medidas reais, e já fazer ajustes necessários. “Em 2020, vi um vídeo em que um manequim desfilava um modelo em 3D e fiquei muito curiosa para ver como aquilo era feito. Foi assim que comecei a estudar e fazer cursos para usar essa nova tecnologia. Esse período de pandemia trouxe novas possibilidades nesse segmento, como a atualização do e-commerce com o surgimento de provadores virtuais”, relembra.

Com a constante evolução tecnológica, a indústria da moda está passando por uma transformação significativa, criando diversas possibilidades para quem deseja ingressar nesse segmento. 

“Para quem está saindo da universidade eu indico muito que já busque cursos complementares em softwares de moda 3D, pois vai se destacar e virar um diferencial para o mercado”, completa.

TECNOLOGIA ATRAI FORMANDOS 

Na Udesc, o tema já desperta interesse nos alunos que estão perto de sair da universidade, como Carlos Ali, que assina a OCTAfloat, passarela 3D flutuante do Octa Fashion. Ele utilizou inteligência artificial na criação de sua coleção, A3k – ALI3000, que desvenda um cenário inexplorável no ano 3000, representando uma visão pós-distópica e revelando uma simbiose única entre humanos, tecnologia e insetos, que resulta em uma criatura inovadora desenvolvida de forma artificial.

Entusiasta da tecnologia na moda, ele defende a inovação e a sustentabilidade, pois o software permite que seja possível visualizar caimentos, texturas e mais detalhes do tecido em diferentes tipos de corpos, evitando desperdício de tecidos e, consequentemente, de recursos naturais. “Com a tecnologia, possibilidades são vistas, erros corrigidos e várias partes do processo são melhoradas ou evitadas. Tecnologia é usar tudo que está a nosso favor de diversas formas para resolver problemas diferentes “, finaliza Carlos Ali. 

A tecnologia também está presente nas tags de impressão 3D que fazem parte das coleções – uma parceria com alunos de design da própria Universidade. As 50 coleções autorais foram inspiradas pela temática “Inefável”, que serviu como ponto de partida para os criadores explorarem novas fronteiras da moda, desafiando os limites da criatividade e expressão artística. “O Octa Fashion gera uma oportunidade aos formandos de se aproximar da realidade do mercado e aprimorar competências e habilidades além da execução da peça”, conta Amanda Queiroz Campos, coordenadora geral do evento.