LIFE, novo laboratório da UFSC em Joinville, amplia fronteiras da inovação em engenharia e energias renováveis

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LIFE, novo laboratório da UFSC em Joinville, amplia fronteiras da inovação em engenharia e energias renováveis

Com infraestrutura de ponta e vocação para pesquisa aplicada, laboratório deve impulsionar projetos em parceria com empresas da região

Com infraestrutura de ponta e vocação para pesquisa aplicada, Laboratório de Interação Fluido-Estrutura (LIFE) deve impulsionar projetos em parceria com empresas da região e fortalecer a posição de Joinville como polo de tecnologia e inovação. / Foto: Divulgação


[JOINVILLE, 06.05.2025]
Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br

Joinville acaba de ganhar um novo ativo estratégico para seu polo de ciência aplicada e inovação tecnológica. É no campus da UFSC, dentro do Perini Business Park — maior parque empresarial multissetorial da América Latina — que entra em operação o Laboratório de Interação Fluido-Estrutura (LIFE), uma das estruturas mais avançadas do Brasil para pesquisas em engenharia experimental, simulações de escoamentos e desenvolvimento de soluções para os setores automotivo, naval, offshore, aeroespacial e de energias renováveis. 

A inauguração será nesta quarta (07.05), durante o colóquio “Avanços na Produção de Energia Offshore: Desafios e Inovações”, no Ágora Tech Park – inscrições neste link.

Com 650 metros quadrados e uma infraestrutura de excelência — incluindo túneis de vento, canais de água circulante, sensores de precisão, sistemas de rastreamento e uma estação de fabricação de modelos — o LIFE se posiciona como um centro de testes e validações de alta complexidade, apto a atender demandas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em diferentes níveis de maturidade tecnológica. O projeto recebeu investimento da Fapesc por meio do programa MultiLab SC e entra agora em sua fase plena de operação.

Segundo o professor e coordenador do laboratório, André Fujarra, a estrutura foi pensada para ser aberta ao ecossistema. “O LIFE nasce com vocação para cooperação. Está pronto para receber não apenas pesquisadores da UFSC, mas também empresas, startups, universidades parceiras e instituições nacionais e internacionais interessadas em desenvolver soluções de alto impacto”, afirma. “Estamos falando de tecnologias aplicadas à geração de energia limpa, ao controle de ruídos e emissões, à segurança estrutural de grandes obras civis, ao desempenho de veículos e plataformas offshore.”

INOVAÇÃO APLICADA COM IMPACTO NOS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Além da vocação acadêmica, o LIFE se conecta a uma ampla rede de empresas do Norte de Santa Catarina, reforçando o papel estratégico do campus Joinville como elo entre conhecimento científico e inovação industrial. Entre os parceiros em potencial e interlocutores próximos estão nomes como FRAS-LE, FREMAX, WEG, BMW, GM, NAVSHIP e Brasil Sul — empresas que encontram no laboratório a possibilidade de validar inovações, simular cenários críticos e desenvolver novas tecnologias com segurança e precisão.

Projetos já em andamento abordam desafios com forte viés de sustentabilidade e impacto social, como o desenvolvimento de turbinas eólicas flutuantes (Floating Offshore Wind Turbines – FOWT), a redução de partículas finas emitidas durante a frenagem de veículos, o controle de ruídos em trilhos ferroviários e o estudo do comportamento dinâmico de linhas offshore. “Com esses trabalhos, contribuímos para diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, incluindo energia acessível e limpa, saúde e bem-estar, indústria responsável e proteção dos ecossistemas marinhos”, destaca Fujarra.

Ao reunir capacidades experimentais raras no país e ao se articular com outros laboratórios do campus — como o de Acústica e Vibrações (LAV) e o de Tecnologia Subaquática (LASUB) — o LIFE simboliza uma nova etapa para a UFSC Joinville e para o ecossistema regional de inovação: “o laboratório foi pensado para atuar na fronteira do conhecimento, unindo ciência, tecnologia e inovação”, resume o professor. “Nossa missão é desenvolver conhecimento e soluções que possam ser rapidamente transferidos para a sociedade, sobretudo por meio da colaboração com empresas, startups e centros de pesquisa nacionais e internacionais.”