→ Empresas de TI e instituições de ensino apostam em parcerias para estimular alunos a empreender
→ Pesquisa da ClearSale aponta menor taxa de fraudes no comércio eletrônico da região Sul
Em alguns dos principais polos de inovação do planeta – como em várias regiões dos Estados Unidos, Europa, Israel e Ásia – as universidades têm papel fundamental não só na área de pesquisa mas também como fonte de novos empreendedores. No Brasil, porém, nota-se um certo distanciamento entre as instituições de ensino superior e o apoio a programas de fomento ao empreendedorismo.
Uma pesquisa divulgada em 2016 pela Endeavor em parceria com o Sebrae, na qual foram entrevistados 2.230 alunos e 680 professores de mais de 70 universidades, mostrou que apenas 36% dos alunos ouvidos estavam satisfeitos com as iniciativas de empreendedorismo de seus cursos. Ainda que as instituições tenham em sua grade matérias com este tema, mais da metade delas (54%) apenas inspiram os alunos a empreender, sem se aprofundar em aprendizados mais práticos.
Em Santa Catarina, empresas e instituições de ensino começam a fazer parcerias para ajudar os alunos em colocar a mão na massa e desenvolver novos negócios ainda durante os anos de formação universitária. É o caso da Softplan, que renovou recentemente um acordo com a Federação de Empresas Juniores do Estado de Santa Catarina (Fejesc) com o objetivo de auxiliar o desenvolvimento de projetos de inovação e aproximar estudantes do mercado, por meio de eventos de empreendedorismo. Atualmente, mais de dez universitários de várias áreas, ligados à empresas juniores em universidades catarinenses, vivenciam atividades de imersão na empresa.
No segundo semestre, Fejesc e Softplan irão promover algumas atividades. O evento “Se joga na rede” reunirá 500 pessoas de empresas juniores na organização, para conhecer os projetos de inovação em andamento. Outra iniciativa é a experiência de “sombra”, em que um grupo de até 30 universitários de empresas juniores vão acompanhar um profissional que atua na organização, observando suas atividades.
Outra iniciativa é o programa “Solution Up”, parceria entre a incubadora MIDITEC e o curso de Administração da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no qual os alunos podem conhecer os problemas das empresas incubadas e oferecer apoio e novas sugestões de implementação. Além deste projeto, a incubadora também promove eventos, palestras e visitas técnicas para os universitários conhecerem a rotina no ambiente de tecnologia e inovação, uma maneira prática de estimular novos empreendedores.
COMÉRCIO ELETRÔNICO DO SUL É O MAIS SEGURO
De cada R$ 100 movimentados no comércio eletrônico da Região Sul em 2018, R$ 1,69 foram alvo de tentativa de fraude. É o menor índice entre as cinco regiões do Brasil – no país, a média é de R$ 3,53 a cada R$ 100 em compras. Santa Catarina é o segundo estado mais seguro, com taxa de tentativa de fraude de 1,78% – a primeira posição é dos gaúchos, índice 1,33%. No Paraná, a taxa é de 2,02%, segundo dados apurados pela ClearSale, empresa de soluções antifraude.
As causas do bom desempenho da região não são claras, segundo especialistas em comércio eletrônico. “A região Sul possui pólos de tecnologia importantes. É possível que, por isso, a população esteja mais acostumada a realizar compras pela internet e a proteger seus dados”, diz André Olivato, analista de suporte avançado da HostGator, provedora mundial de hospedagem de sites. No Brasil, houve um aumento de cerca de 9% nas tentativas de fraude entre 2017 e 2018. O uso de redes sociais é uma das situações que aumenta a exposição dos internautas às ações maliciosas.
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