Instituição criada em 1984 teve papel fundamental no desenvolvimento de tecnologias e empresas do setor – e deve bater recorde de negócios neste ano, comenta o superintendente Erich Muschellack. Fotos: Divulgação/CERTI
[FLORIANÓPOLIS, 01.11.2022]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa
A Fundação CERTI, instituição criada em 1984 e que teve papel fundamental para o desenvolvimento do setor de tecnologia em Santa Catarina, completou nesta segunda (31) 38 anos de atividade anunciando um recorde de faturamento neste ano, com receita prevista de R$ 112 milhões.
Com cerca de 100 projetos em atividade e 400 funcionários diretos, a entidade com sede na Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, opera como uma organização de pesquisa, desenvolvimento e serviços tecnológicos especializados para governo, iniciativa privada e terceiro setor sem fins lucrativos. Entre os clientes estão Petrobras, Embraer, Siemens, WEG, Celesc, ENEL, Lenovo e SEBRAE.
A CERTI tem atuado em projetos de importância estratégica para a economia nacional, como o processo de testes para implantação da tecnologia 5G e os projetos de desenvolvimento de energias renováveis e mobilidade elétrica, como o SC Inova destacou recentemente.
No ambiente de startups e empreendedorismo digital, a CERTI criou neste ano o programa Arena CELTA, que promove uma aceleração ao longo de sete semanas: com quatro ‘rounds’ sequenciais de mentorias com especialistas do ecossistema de Florianópolis e processos de capacitação, as startups são desafiadas na busca por inovação, expansão e crescimento. Outras iniciativas concebidas pela CERTI são o Sinapse da Inovação, programa de apoio a novos empreendedores; a CVentures, braço de investimentos; e os projetos de desenvolvimento de startups Centelha e Inovativa Brasil (este, em conjunto com Ministério da Economia e o SEBRAE).
Em 1986, criou a primeira incubadora de empresas no Brasil: o CELTA, que já graduou 118 startups que estão no mercado. Viabilizou o primeiro parque tecnológico Brasileiro: o Parque Tecnológico Alpha, que serviu de inspiração para a CERTI desenvolver o projeto e apoiar a estruturação do Sapiens Parque.
“O propósito da CERTI é contribuir de forma relevante para a competitividade das empresas e para o desenvolvimento sustentável do Brasil, por meio de um consistente e dinâmico ecossistema de inovação, tecnologia e empreendedorismo”, comenta o superintendente Erich Muschellack, que assumiu a gestão da Fundação no início de 2020, sucedendo nomes históricos como Carlos Alberto Schneider (que ficou à frente da instituição por 31 anos) e José Eduardo Fiates, atual diretor de Inovação na Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC).
Muschellak, engenheiro eletrônico que fundou a Procomp na década de 1980, ajudou a desenvolver disruptivos em sua época, como os terminais bancários automatizados (caixas eletrônicos) e as urnas eletrônicas utilizadas nas eleições brasileiras desde o final dos anos 1990. Ele foi conduzido à superintendência da CERTI com o propósito de dar uma “guinada ao mercado privado”, como ele explicou ao SC Inova. “A ideia é trabalhar com um modelo de negócios mais focado a produtos e serviços para desenvolver dois pontos: a inovação tecnológica em áreas estratégicas, como indústria 4.0 e o potencial do 5G”, disse, à época.
Desde 2014, a CERTI é uma unidade EMBRAPII credenciada para atuar na área de competência de Sistemas Inteligentes e mais três subáreas: Sistemas Mecatrônicos, Software para Sistemas Inteligentes e Sistemas de Manufatura, possibilitando que, ao realizar projetos de inovação para empresas, o orçamento tenha até um terço do valor subvencionado financeiramente. A CERTI opera, ainda, em Florianópolis, o LABFaber, um laboratório-fábrica referência na utilização de tecnologias da indústria 4.0, focado na redução de custos e aumento da qualidade e produtividade.
Um legado que ajuda a explicar a relevância das inovações catarinenses que ganharam mercado e ajudaram a desenvolver a economia nacional nas últimas quatro décadas.
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