Resultado divulgado pela Fapesc mostra um crescimento três vezes maior do que foi aplicado no ano anterior. Foto: Divulgação/Fapesc
[FLORIANÓPOLIS, 05.01.2022]
Redação SC Inova, com informações da Fapesc
A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc) empenhou em 2021 um total de R$ 153.467.400,00 em editais lançados e que serão executados nos próximos anos. O valor representa três vezes os recursos destinados pela entidade à promoção do ambiente de tecnologia e inovação no estado em 2020 (ver tabela abaixo).
Segundo o presidente Fabio Zabot Holthausen, é o maior investimento já feito pela entidade em um único ano: “(este resultado) mostra a relação que o governo do estado e a Fundação estão criando com as universidades, empresas e o setor produtivo”. Outro destaque de 2021 foi o número de editais, que também bateu recorde: foram 49 chamadas públicas até o começo de dezembro. Em 2020, foram 34, o maior número até então já realizado pela fundação.
Em entrevista ao SC Inova durante o terceiro Encontro dos Centros de Inovação, realizado em Joinville, Holthausen afirmou que no início de 2021, o orçamento previsto era quatro vezes menor, mas foi ganhando corpo a partir de recursos de outras secretarias de estado e parcerias com entidades (como a Fiesc e o Sebrae) e universidades. “É um avanço significativo, pois este é o maior investimento feito pelo estado em CTI. Em média, tínhamos oito a nove editais de fomento à pesquisa e inovação por ano”, disse.
A Gerência de Eventos em CTI, também responsável por bolsas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico e de inovação, lançou 20 editais ao longo do ano, resultando em um investimento de R$ 104.424.400,00. O valor é 850% superior ao que foi aplicado em 2020. Até então, o valor médio de investimento em bolsas ficava em torno de R$ 10 milhões por ano, com um pico de R$ 30 milhões em 2017.
Com relação a novos programas na área de inovação, foram disponibilizados R$ 27,3 milhões em 10 editais – um deles é o Empreendedorismo Universitário Inovador, voltado à transformação de trabalhos de conclusão de curso em novas empresas, produtos ou serviços. O investimento previsto para este projeto é de R$ 9,5 milhões.
Considerada um desafio para Santa Catarina, a formação de novos desenvolvedores terá à disposição R$ 4 milhões para abertura de 1,2 mil vagas em cursos de qualificação para a área de tecnologia da informação. Dentro de alguns meses, esses novos profissionais já estarão atuando no mercado.
Programas de empreendedorismo inovador que já vinham sendo realizados nos últimos anos, como, o Nascer, realizado em parceria com o Sebrae e que chegou à segunda edição em 2021 com mais de 500 projetos pré-incubados, também complementam o ról de investimentos da entidade. E para o Centelha 2, programa em parceria com o governo federal, serão investidos R$ 3 milhões para a abertura de novos negócios: 50 empresas selecionadas vão receber aporte de R$ 60 mil (cada) e mais R$ 32 mil para custear um bolsista. As inscrições foram prorrogadas até o dia 23 de fevereiro e podem ser feitas no site do programa.
Além desses programas, a Fapesc também apoiou a operacionalização dos Centros de Inovação pelo estado, com aporte de R$ 3,6 milhões. Atualmente, a rede conta com nove empreendimentos (nas cidades de Florianópolis, Joinville, Lages, Jaraguá do Sul, Blumenau, Chapecó, Videira, Caçador e Joaçaba), dos quais cinco foram desenvolvidos com recursos do estado e prefeituras e outros quatro são investimentos privados e conveniados. Outros devem ser inaugurados nos próximos anos em cidades como Itajaí, Tubarão, Criciúma, Brusque, Rio do Sul e São Bento do Sul.
“Os Centros de Inovação se tornaram referência, é onde hoje são feitas as conexões nas cidades entre universitários, órgãos públicos e empresários. Muitos prédios foram inaugurados em 2020 e agora temos a capacidade de fazer uma articulação em rede”, disse o presidente.
Prestes a completar 25 anos, a Fapesc também investiu em gerar indicadores do impacto dos investimentos feitos ao longo destes anos em ciência, tecnologia e inovação. Para isso, lançou um edital para mapeamento do ecossistema de CTI. Serão publicados 25 livros que abordarão aspectos distintos, incluindo o trabalho realizado pela própria fundação.
LEIA TAMBÉM:
SIGA NOSSAS REDES