Na falta dos devs, empresas abrem espaço para profissionais de TI com menos experiência

Pesquisa da startup catarinense Geekhunter mostra que a busca por desenvolvedores com dois a seis anos de carreira aumentou 344% neste ano. Mas há outra ocupação ainda mais procurada: a de profissionais de Ciência de Dados. Imagem: Patrick Amoy / Unsplash

[FLORIANÓPOLIS, 09.09.2021]
Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa

Pesquisa realizada pela GeekHunter, marketplace especializado no recrutamento de profissionais de TI, mostra que houve um aumento de 344% nas oportunidades para profissionais pleno, com dois a seis anos de carreira, e 173% para júnior, com até dois anos. As vagas para desenvolvedores mais experientes, com mais de seis anos de carreira e que eram o maior foco na plataforma em 2020, tiveram um aumento menor em 2021, de 131%.

A pesquisa, feita com mais de 400 empresas que estão ativas contratando pela plataforma da GeekHunter, de um total de 10 mil cadastradas, aponta que o mercado de tecnologia continua à frente de outros setores na oferta de empregos no Brasil. O crescimento na abertura de vagas no primeiro semestre de 2021 foi de 185%, em comparação ao mesmo período do ano passado. 

O maior aumento, contudo, foi na área de Data Science, que teve alta de 500% no número de vagas. O profissional, responsável por interpretar e analisar dados, está cada vez mais demandado pelas companhias.

Com esta disputa, uma das estratégias adotadas pelas companhias é abrir vagas para quem tem pouca experiência. “O desafio pela contratação do profissional pleno e sênior é extremamente elevado e os RHs, muitas vezes, não conseguem encontrar o profissional no nível de qualificação que precisam no tempo que esperam. A consequência disso é que ficam vagas abertas e projetos demorando para serem entregues. Mas cada vez mais as empresas estão mudando a forma de agir quanto à contratação, percebendo qual profissional está aberto para as oportunidades e direcionando os esforços para ajudá-lo no desenvolvimento”, diz Tomás Ferrari, CEO e fundador da GeekHunter. 

Atualmente, a plataforma disponibiliza mais de 1 mil vagas abertas e, entre as áreas de atuação de desenvolvimento de software e aplicações. A maior quantidade de oportunidades é com foco em Back-end (com quase metade das posições), Full Stack e Front-end. Criada em Florianópolis em 2014, a startup captou em 2019 investimento de R$ 2 milhões da 42K Investimentos, com participação do grupo Gávea Angels, Bossa Nova e Hangar 8. Em 2016, foi uma das primeiras a receber aporte da Rede de Investidores Anjo de Santa Catarina (RIA SC). 

Sobre a modalidade de trabalho, a GeekHunter fechou o semestre com 88% das oportunidades aceitando trabalho remoto, contra 33% no primeiro semestre de 2020. “Mesmo com o avanço da vacinação, a modalidade de trabalho remoto e híbrido veio para ficar. Agora não se trata mais de contratação local, mas global”, avalia.

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