[OPINIÃO] Egressos da UFSC e UDESC inovam no mercado de capitais

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[OPINIÃO] Egressos da UFSC e UDESC inovam no mercado de capitais

Conhecidos como “tinder do mercado financeiro”, realizaram 16 transações atraindo R$ 315 milhões nos últimos 18 meses.

Conhecidos como “tinder do mercado financeiro”, realizaram 16 transações atraindo R$ 315 milhões nos últimos 18 meses. Na foto, Gualtiero Schlichting (CBO da Stark) e José Nauro Selbach Junior (CEO da Selbetti) discutindo a estratégia de crescimento inorgânico da Selbetti. / Foto: Divulgação


[11.11.2022]

Por Gualtiero Schlichting é CBO da Stark, Conselheiro da Lincros e diretor de M&A na ADVB/SC 

Somente no primeiro semestre de 2022 foram realizadas no Brasil, 1.659 operações de fusões e aquisições, 135% a mais do que os 706 negócios fechados no mesmo período em 2021. O setor de tecnologia lidera o ranking de operações e mesmo assim tudo é feito de forma analógica e artesanal até resolvermos aproveitar a pandemia para mudar essa realidade. 

Em média, o processo de venda ou atração de capital dura 18 meses. Essa condução é feita por especialistas, os chamados advisors de M&A (Mergers & Acquisitions, do inglês, Fusões e Aquisições) que trabalham em investment banks, comumente chamados de IBs ou boutiques de M&A – casas independentes com profissionais egressos na sua maioria desses IBs e que atuam como assessores financeiros. São profissionais ultra especializados, com relacionamento com investidores e profundo conhecimento de finanças empresariais, estrutura de transações, estratégia e técnicas de negociação. 

O foco das operações em geral é atrair capital para expansão ou venda total, embora haja uma infinidade de formatos, sendo a maioria ainda desconhecida pelos empresários de médio porte. Tudo isso ainda é feito de forma muito artesanal, lenta e analógica. Isso sem falar no investimento necessário, que ao final fica na faixa de 8% do volume captado, quando somado todos os custos envolvidos, tais como assessores financeiros, advogados, auditores, tributaristas e contadores. Um verdadeiro desestímulo para quem busca capital e conhece apenas os produtos oferecidos pelos bancos de varejo. 

A maioria dos empresários que iniciaram um processo de M&A e acabaram não evoluindo é justamente pela falta de compatibilidade com o investidor ou até mesmo por não ter encontrado um investidor. Há muitos vendedores de valuation sem relacionamento efetivo com o mercado e isso acaba criando um desestímulo, bem como, uma visão distorcida do que realmente pode ser feito no mercado de capitais. 

Agora, imagina saber em tempo real o número de investidores compatíveis com a sua empresa ou saber quanto ela vale comparando-a com empresas similares já transacionadas. Isso já é possível através da tecnologia criada na Stark, primeiro Investment banking digital do país e que orquestrou todos esses processos em uma plataforma com 1.800 investidores. 

Fundada em 2016, como um boutique tradicional, hoje possui 40 pessoas com unidades em São Paulo, Campinas, Londrina, Maringá e Florianópolis. Nos últimos 18 meses, realizamos mais de 16 transações que juntas somam R$ 315 milhões, incluindo operações de venda total para grandes grupos como Boticário, Climatempo, Nexxera e Sequóia Logística.

Boa parte do time trabalha a partir de Florianópolis no bairro Campeche e possui fundadores e executivos que estudaram em solo catarinense (como nas universidades Federal, UFSC, e Estadual, UDESC). Seguimos convidando o time, ainda espalhado pelo Brasil, a viverem com qualidade de vida, invertendo o paradigma de uma das indústrias mais estressantes que existe.

TECNOLOGIA ACELERA “MATCH”

A plataforma foi lançada em maio de 2020 e permite mostrar, em tempo real, o score das empresas no mercado financeiro, bem como, os investidores compatíveis para crédito, compra total ou até mesmo fazer uma rodada de investimento. A proposta de valor permite sermos 10 vezes mais rápidos no match, ou seja, conseguimos conectar a empresa com investidores compatíveis já na primeira semana após nossa contratação. 

Outro pilar importante é a educação. Em 2020 foi criada a Stark Academy, com foco em capacitar sua rede de agentes, que são as pessoas que indicam clientes e cadastram as empresas que buscam capital na plataforma. A iniciativa nasceu dentro da FGV-SP, através de um curso presencial no formato de imersão para 40 empresários e agentes Stark. Atualmente, possui diversos módulos on-line e realiza anualmente cursos presenciais, com edições realizadas em Blumenau, Campinas e Joinville. Para 2023 já está prevista uma edição em Curitiba. 

A estratégia educacional pode ser também considerada uma estratégia de marketing e vendas, pois a cada curso são fechados novos contratos e essa espiral é definitivamente positiva. Os empresários investem nos cursos da Academy e tornam-se clientes ampliando nosso ecossistema a cada curso. Desde então, foram 200 participantes das iniciativas educacionais que geraram nos últimos dois anos mais de R$ 8 milhões de receita potencial para a startup, somente nessa iniciativa.


*A Associação de Dirigentes de Marketing e Vendas de Santa Catarina é parceira editorial do SC Inova do canal Inovação & Gestão, com artigos publicados quinzenalmente pelos diretores da entidades.


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