Easy Tour, incubada na Udesc Esag, quer o cliente que busca pacotes de viagens

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Easy Tour, incubada na Udesc Esag, quer o cliente que busca pacotes de viagens

Depois de cuidar do marketing digital da empresa de turismo da família, o estudante Gabriel Fontanella criou um modelo de negócio a partir do Google – e que pretende transformar em marketplace.

Depois de cuidar do marketing digital da empresa de turismo da família, o estudante Gabriel Fontanella criou um modelo de negócio a partir do Google – e que pretende transformar em marketplace. / Foto: Carlito Costa (Udesc/Esag)


[FLORIANÓPOLIS, 17.12.2024]
Redação SC Inova, com informações da Udesc/Esag

O estudante de Administração da Udesc Gabriel Fontanella  entrou no mercado ainda durante o curso de graduação, trabalhando com o pai. Nativo digital numa empresa com 30 anos de atuação no mercado de fretamento de ônibus e vans, Gabriel passou a cuidar do marketing digital da Fontanella Turismo. Usando ferramentas como o Google Ads para anunciar a empresa do pai nos resultados de buscas de internet, ele teve uma ideia de negócio inovador.

O que a startup Easy Tour faz só é possível graças à complexidade dos algoritmos do Google, que consegue direcionar um conteúdo da web para um tipo específico de usuário. 

A partir daí, a ideia de negócio criada por Gabriel é simples: publicar vários sites (em formato de landing page), cada um com a oferta de um serviço específico na área de turismo receptivo. Usando ferramentas, como o Uber Sugest ou o próprio Google Ads, a Easy Tour faz em seguida o link destes sites aparecerem no topo dos resultados de busca no momento em que o usuário está pronto para comprar exatamente o tipo de serviço que ela oferece.

Mesmo tocando sozinho a startup no momento, as vendas estão indo bem. “Em média, estamos fechando 20 pacotes por mês”, afirma Gabriel. E isso porque o atendimento em si ainda é pouco automatizado. Se as funcionalidades do poderoso motor de busca do Google são fundamentais para encontrar os clientes, a compra mesmo é fechada no contato pessoal, por telefone, e-mail ou mensagem de WhatsApp.

“Quando o cliente clica no link no resultado de busca, vai para a landing page com a oferta do serviço específico que ele está procurando, por exemplo, transfer ou passeios turísticos”, explica. Ali o cliente encontra todas as informações que precisa, mas ainda não consegue fechar o negócio pelo site. “A página traz nossos contatos e o cliente conversa conosco e fecha a compra por telefone ou mensagem”.

PRÓXIMO PASSO É DESENVOLVER UM MARKETPLACE

Isso deve mudar em breve. A estratégia de direcionar o cliente para uma landing específica com oferta do pacote buscado deve ser substituída em breve por um marketplace. As ofertas estarão então todas reunidas no mesmo site, onde os clientes também poderão fechar a compra on-line. “Com isso nós pretendemos escalar as vendas e diversificar os pacotes e destinos oferecidos”, diz Gabriel.

Por enquanto, os serviços vendidos pela Easy Tour são todos fornecidos por operadores de turismo parceiros em Santa Catarina. Pacotes com passeios pelo Vale Europeu, na região de Blumenau, ou para os parques Beto Carrero (Penha) e Unipraias (Balneário Camboriú), estão entre as opções. “A ideia era começar a expandir a oferta para pacotes no Rio Grande do Sul, mas a enchente por lá neste ano adiou os planos”, conta Gabriel.

Com a gradativa recuperação do estado vizinho após a calamidade das chuvas de abril e maio, a perspectiva de retomar os planos de diversificação da oferta de pacotes em direção ao sul voltou ao horizonte da Easy Tour. Depois do Rio Grande do Sul, o próximo passo deve ser a inclusão de pacotes de turismo para o estado de São Paulo.

Criada em 2022, a Easy Tour teve a proposta selecionada no ano seguinte para o projeto de aceleração de ideias de negócios do programa Esag Ventures. O programa da Udesc apoia ideias de negócios apresentadas por estudantes do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) um dos centros da universidade em Florianópolis.

“Esse suporte está sendo fundamental neste momento, não só por oferecer um local onde podemos trabalhar com mais tranquilidade, sem ter que investir por ora no aluguel de uma sala, mas também pela troca de experiências com os outros empreendedores que participam do programa”, ressalta Gabriel.