[DIÁRIOS DA IA] Como a China quer a liderança em Inteligência Artificial até 2030

Voce está em :Home-Inovadores-[DIÁRIOS DA IA] Como a China quer a liderança em Inteligência Artificial até 2030

[DIÁRIOS DA IA] Como a China quer a liderança em Inteligência Artificial até 2030

Conheça os pilares adotados pelo país e que podem servir como um guia estratégico para empresas promoverem inovação tecnológica

Direto de Beijing, o colunista Eduardo Barbosa destaca os pilares adotados pelo país e que podem servir como um guia estratégico para empresas promoverem inovação tecnológica. / Foto: Hanny Naibaho (Unsplash)


[02.07.2024]

Por Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli Imóveis e um dos responsáveis pelo Conselho Mudando o Jogo (CMJ) em SC e RS. 
Escreve sobre inteligência artificial no ambiente corporativo na série “Diários de IA”

Nesta semana estou na China e trago para os leitores alguns insights que tenho visto aqui no Oriente. 

A China traçou um ambicioso plano de se tornar líder global em Inteligência Artificial (IA) até 2030, buscando superar os Estados Unidos nesse setor estratégico. O Partido Comunista Chinês (PCC) estabeleceu metas claras no seu Plano Quinquenal, incluindo um aumento anual de 7% no orçamento nacional para pesquisa e desenvolvimento de IAs. 

Este artigo explora os pilares que sustentam esse crescimento e faz uma analogia de como empresas podem aplicar essas estratégias para promover inovação e liderança tecnológica.

PILARES DO CRESCIMENTO DA IA NA CHINA

Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D):

  • Aumento do Orçamento: A China planeja aumentar seu orçamento em P&D em IA em 7% ao ano até 2025. Este investimento contínuo é crucial para fomentar inovações e avanços tecnológicos.
  • Parcerias Estratégicas: Colaborações com empresas de tecnologia de ponta, como a parceria da Alibaba para o desenvolvimento de foguetes de entregas, exemplificam a abordagem colaborativa da China.

Desenvolvimento de Tecnologias Próprias:

  • Autonomia Tecnológica: A China está focada em desenvolver suas próprias tecnologias, reduzindo a dependência de componentes externos. Exemplos incluem carros autônomos e soluções de empresas como a DJI.
  • Inovação Local: Incentivar a criação de soluções locais é um passo estratégico para fortalecer a economia e a posição tecnológica do país.

Economia Digital:

  • Meta Econômica: A China pretende que a economia digital represente pelo menos 10% do PIB até 2030. A integração da IA em diversos setores é vista como um motor essencial para esse crescimento.
  • Big Techs: Empresas como NVIDIA estão fortemente envolvidas no avanço da IA, demonstrando a importância das grandes corporações tecnológicas no desenvolvimento da economia digital.

Competição Global:

  • Corrida Tecnológica: A competição com os Estados Unidos é um impulsionador significativo para a China. O exemplo do ChatGPT da OpenAI destaca como a rivalidade pode acelerar o desenvolvimento de tecnologias inovadoras.
  • Resiliência a Sanções: A China busca avançar suas soluções de IA apesar das sanções impostas pelos EUA, demonstrando resiliência e determinação em alcançar a liderança tecnológica.

CONFIRA MAIS ARTIGOS DOS “DIÁRIOS DA IA” 

Nesta linha, os pilares adotados pela China podem servir como um guia estratégico para as  empresas que desejam se destacar no mercado e promover inovação tecnológica:

Investimento em P&D:

  • Orçamento Consistente: Assim como a China, empresas devem investir continuamente em P&D para fomentar inovação e manter-se competitivas.
  • Parcerias Estratégicas: Colaborações com outras empresas e instituições de pesquisa podem acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias.

Desenvolvimento de Tecnologias Próprias:

  • Autonomia e Inovação: Investir no desenvolvimento de tecnologias próprias pode reduzir a dependência de fornecedores externos e fomentar a criação de soluções únicas.
  • Foco Local: Incentivar a inovação interna e soluções personalizadas para o mercado local pode fortalecer a posição da empresa.

Economia Digital:

  • Integração Tecnológica: Empresas devem buscar integrar IA e outras tecnologias digitais em suas operações para aumentar a eficiência e criar novos modelos de negócios.
  • Parcerias com Big Techs: Colaborar com grandes empresas de tecnologia pode fornecer acesso a recursos e expertise adicionais.

Regulamentação e Valores Éticos:

  • Alinhamento com Princípios: Desenvolver tecnologias que estejam alinhadas com os valores e princípios da empresa e do mercado pode promover uma imagem positiva e confiável.
  • Qualidade e Ética: Garantir que os produtos desenvolvidos são seguros, éticos e de alta qualidade pode diferenciar a empresa no mercado.

Competição e Resiliência

  • Adaptação e Inovação: Enfrentar a competição com uma mentalidade de inovação contínua pode ajudar a empresa a se manter relevante e líder no setor.
  • Resiliência a Desafios: Desenvolver estratégias para enfrentar desafios externos, como sanções ou mudanças regulatórias, pode garantir a sustentabilidade a longo prazo.

A busca da China pela liderança em IA até 2030 é um exemplo poderoso de como um país pode estruturar seu desenvolvimento tecnológico. Empresas podem se inspirar nesses pilares para promover inovação, resiliência e liderança no mercado, utilizando a IA e outras tecnologias digitais como motores de crescimento sustentável.

Referências Bibliográficas:

  • O Globo. (2024). China busca liderança no segmento de IAs até 2030. Recuperado de [link do artigo original].
  • Microsoft/Copilot. (2024). Créditos de Imagem. Recuperado de [link do artigo original].
  • Zhou, M. (2023). China’s Artificial Intelligence Development Plan: Challenges and Opportunities. Journal of Technological Innovation, 12(3), 45-62.
  • Li, X. & Wang, Y. (2022). Economic Impacts of AI Development in China. International Journal of Economic Research, 14(4), 89-105.
  • Huang, J. & Yang, F. (2023). Autonomous Technologies in China: Growth and Regulation. Asian Journal of Technology and Society, 9(2), 123-140.
  • Chen, L. (2022). The Role of Big Tech in China’s AI Advancement. Technology and Innovation in Asia, 5(1), 77-91.